Blog voltado ao ensino do jornalismo científico e à reflexão sobre a popularização da ciência.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Epidemia de meningite requer maior vigilância, alerta FiOCruz
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Gripe Suína foi prevista há seis anos
Segundo ele, o H5N1, como é definido o vírus suíno, " é uma ameaça de desconhecida magnitude. Parece menos letal que a Síndrome Respiratória Aguda Grave de 2003 (Sars, sigla em inglês), mas, como gripe, pode ser mais durável que a Sars. Dado que as gripes sazonais domesticadas de tipo-A matam cerca de um milhão de pessoas por ano, mesmo um modesto aumento da virulência, especialmente se combinado com alta incidência, poderia produzir uma carnificina equivalente a uma grande guerra".
A informação é complementada pela advertência feita há seis anos pela revista Science que dedicou um artigo principal à evidência de que "depois de seis anos de estabilidade, o vírus da gripe suína norte-americana saltou para uma auto-estrada evolutiva".
A gripe suína (H1N1) foi identificada pela primeira vez durante a Grande Depressão, e de lá para cá, apenas se desviou ligeiramente do seu genoma original. "No entanto, em 1998 uma estirpe altamente patogénica começou a dizimar porcas numa fazenda da Carolina do Norte, e novas e mais virulentas versões começaram a aparecer quase anualmente, incluindo uma variante do H1N1 que continha os genes internos do H3N2 (o outro tipo de gripe tipo-A que circula entre os humanos) ", relata Davis. A preocupação dos virologistas entrevistados pela revista era de que um desses híbridos viessem a tornarem-se uma gripe humana. Eles acreditam que " o sistema agrícola intensivo da China meridional é a principal fábrica de mutação da gripe: tanto os "desvios" sazonais quanto os "desvios" genómicos. Mas a industrialização da criação de gado rompeu o monopólio natural da China sobre a evolução da gripe. A pecuária, em décadas recentes, tem-se transformado em algo que mais se parece à indústria petroquímica do que a feliz fazenda familiar descrita nos livros escolares. Em 1965, por exemplo, havia 53 milhões de porcos em mais de 1 milhão de fazendas; hoje, 65 milhões de porcos estão concentrados em 65 mil instalações. Foi a transição dos antiquados redis de porcos para vastos infernos de excrementos, contendo dezenas de milhares de animais com sistemas imunitários enfraquecidos". A mesma equipe de investigadores advertiu que o uso promíscuo de antibióticos nas suiniculturas estava a incentivar o crescimento de infecções de estafilococos resistentes, ao mesmo tempo, que os derramamentos de esgotos produziam erupções de E coli e de pfiesteria.
Davis aponta ainda a crítica feita pelos virologistas ao poder dos conglomerados de gado como as Smithfield Farms (porco e vaca) e a Tyson (frangos) empenhados não apenas na obstrução sistemática das investigação como ameaças de reter financiamentos aos investigadores.
"Isto não quer dizer que nunca se encontrem provas flagrantes: já há bisbilhotices na imprensa mexicana sobre um epicentro de gripe em torno de uma grande subsidiária da Smithfield no estado de Veracruz. Mas o que mais importa (especialmente dada a contínua ameaça do H5N1) é a maior configuração: a fracassada estratégia pandémica da OMS , o maior declínio da saúde pública mundial, a camisa de forças da indústria farmacêutica sobre os medicamentos essenciais, e a catástrofe planetária da produção de gado industrializada e ecologicamente demente."
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terça-feira, 28 de abril de 2009
Saramago e a memória
domingo, 26 de abril de 2009
Informação sem fronteiras

O surgimento da Biblioteca Mundial Digital e da Europeana são iniciativas que vêem justamente para estabelecer uma nova forma de disponibilizar o acesso à informação. Os dois sites reúnem documentos e imagens que antes não eram passíveis de serem encontradas em um mesmo local, o que facilita ao usuário interessado aprofundar o conhecimento que está buscando, além de oferecer complementações e canais alternativos, como vídeos e arquivos de áudio.Embora a diversidade do material disponibilizado não seja muito ampla, os sites, que ainda estão dando seus primeiros passos, são promissores. Agora é torcer que a ideia tenha um boom em sua disseminação e na adesão de instituições e entidades dispostas a colaborarem e compartilharem seus arquivos, pois a história é um patrimônio da humanidade, e nada mais justo que esta possa ter acesso à isso tudo sem precisar criar um login e senha.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Navegando na Biblioteca Digital Mundial

O projeto é espetacular, simplesmente pelo fato de que qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta, desde que conectado a rede mundial de computadores, tem acesso à documentos que até então não dispunham de tal alcance. Dê uma espiada.
Por Neli Mombelli
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Nova fonte de buscas culturais
A Biblioteca Digital Mundial está disponível em sete idiomas diferentes, e oferece aos visitantes fotos antigas, mapas, desenhos, vídeos e conteúdos, reunidos em um só lugar. O Site oferece ainda uma visualização diferenciada de suas imagens e fotos, com um sistema de zoom que facilita a visualização dos mínimos detalhes.
O conteúdo histórico da nova biblioteca é rico, e traz imagens raras e complicadas de se achar em outros sistemas de buscas como o Google Imagens. Estas imagens, desenhos, mapas, manuscritos e fotos que estão agora digitalizados e reunidos na Biblioteca são de livre acesso a qualquer usuário que utilize a internet. O conteúdo de vídeos ainda é fraco, e o forte do site é a ferramenta de buscas e fotos.
O sistema de buscas do site é simples e eficiente. Os usuários podem procurar por palavras exatas ou refinar a pesquisa utilizando localidade, período, instituição, entre outros. Dentre os objetivos da Biblioteca estão expandir o volume e a variedade de conteúdo cultural na internet e fornecer recursos para educadores, acadêmicos e para o público em geral.
Com a crise na mira

Segundo a matéria, o investimento aproximado de 150 a 200 milhões de euros vai ser injetado na indústria Helibras, empresa formada por capital misto entre o governo de Minas Gerais e o grupo francês Eurocopter.
Por Carlos Eduardo, Flávia Alli e Juliano Pires
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Unesco lança Biblioteca Digital Mundial

A iniciativa da Organização ganhou a parceria de 32 instituições pertencentes a países como como China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, México, Rússia, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão. A previsão é de até o final do ano, 60 institituições estarem integrando a Biblioteca.
As instituições atuaram na digitalização e tradução para diversas línguas de dezenas de milhares de livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações de bibliotecas em todo o mundo. A abiblioteca virtual terá sistemas de navegação e busca de documentos em sete línguas, entre elas o português. Ela também oferece obras em várias outras línguas.
Da redação
Técnica permite reprodução entre gays
A possibilidade de casais homossexuais terem filhos biológicos através de reprodução assistida está em discussão. A pesquisa veiculada no G1, baseia-se na descoberta de que células do tipo iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”) são idênticas às células tronco embrionárias, só que podem ser coletadas quando adultas e de qualquer parte do corpo humano. Em laboratório, as células iPS são manipuladas de modo a voltar ao estado embrionário, sendo capazes de dar origem a todos os tecidos do corpo humano, inclusive a óvulos e espermatozóides.Tal descoberta pode vir a possibilitar a indução de reprodução entre homossexuais, processo que irá alterar de forma significativa as questões relacionadas a reprodução humana.
Pela relevância, a notícia teve repercussão em sites e blogs direcionados para esse público específico. A sessão de comentários desses sites tornou-se palco de um debate sobre os prós e contras desses procedimentos, e de suas possíveis conseqüências. Além disso, o texto original do portal G1 foi veiculado, com os devidos créditos em outros sites, entre eles: Universo Mix, Jornal de Londrina e Gazeta News.
A técnica ainda não foi realizada e não é certa sua eficácia, mas, existem alternativas que a ciência tem utilizado para possibilitar a reprodução entre casais homossexuais. A reprodução assistida entre mulheres já é uma realidade. Nesse caso, uma das futuras mães doará o óvulo que será fecundado por um esperma colhido em um banco de sêmen, e a outra, o útero onde será implantado o embrião resultante da fecundação.
O procedimento está sendo realizado por um casal de brasileiras, e foi retratado pela revista Época em março. A publicação aborda a história delas, o processo para realizar a inseminação, a legalização da maternidade, outros exemplos de famílias homossexuais com filhos e ilustrações que explicam o processo científico de forma simplificada. Além da simples personificação do assunto, a revista procurou outros viéses e conseguiu explicar de forma objetiva o processo científico comentado.
A polêmica em torno da questão rendeu entre os dias 13 de março e 20 de abril, 447 páginas de comentários na página da revista. O blog Na Ponta dos Dedos reproduziu a reportagem da revista, gerando no site uma série de opiniões sobre o tema.
O site Um outro Olhar divulgou neste mês, a notícia sobre um casal de espanholas que conseguiu na justiça o direito de registrar conjuntamente o bebê nascido através desse mesmo processo que está sendo repetido pelas brasileiras.
Outra possibilidade de reprodução que obteve êxito e foi noticiada no portal G1, é o “bebê com três mães”. O fato ocorreu com três irmãs britânicas. Uma delas era impossibilitada de ter filhos, a outra doou o óvulo, a terceira, o útero e o marido de uma delas o espermatozóide para a fecundação. O procedimento realizado em 2005 deu tão certo, que foi repetido com a mesma família. O segundo bebê gerado sob tal técnica já está na décima quinta semana de vida.
Percebe-se, em especial, que as notícias sobre reprodução humana entre homossexuais tiveram repercussão onde foram divulgadas, incluindo os segmentos a que são dirigidas, mantendo um debate com a sociedade. Toda a repercussão gerada pela notícia demonstra que a sociedade está refletindo sobre questões relacionadas à bioética e a manipulação da reprodução humana.
Por Bruno Barichello, Rejane Fiorenza e Mariana Silveira
SOB MEDIDA
Já havia sido divulgadas notícias a respeito da manipulação e seleção de embriões, com o intuito de serem geneticamente escolhidos sem pré-disposição a determinadas doenças ou compatíveis com familiares que necessitassem de algum tipo de transplante.
Essa mesma técnica permite que médicos e cientistas tenham noções estéticas do futuro feto, conhecendo características como a cor dos olhos, da pele e dos cabelos. No entanto, utilizar tais processos para escolher as peculiaridades estéticas do bebê era uma prática que se mantinha fora do “circuito comercial” das clínicas de fertilização assistida. No último mês, foi divulgada uma clínica norte-americana que já permite que os pais optem entre os embriões, de acordo com suas características físicas, mediante a escolha de um determinado embrião em detrimento de todos os outros.
Do ponto de vista ético, parece diferente optar entre um embrião menos suscetível a doenças e outro louro de olhos azuis. Se essa prática passar a ser adotada a longo prazo e se popularizar, será possível escolher um futuro feto pela cor dos cabelos, mais ou menos da mesma maneira como escolhemos um frasco de tinta.
O questionamento que persiste é: se cada vez mais os grupos segregados tentam se unir ao que chamamos de sociedade “normal”, lutando por um viés de inclusão, onde esse conceito terá espaço numa sociedade em que, determinados grupos sociais terão a chance simplesmente de excluir, desde o princípio aqueles que sejam portadores de necessidades especiais, que tenham alguma doença pré-disposta, que sejam, brancos, pretos ou pardos, hetero ou homossexuais (partindo-se da teoria científica de que a homossexualidade é determinada geneticamente).
Estaremos nós embarcando de forma “lenta” e silenciosa no Admirável Mundo Novo criado por Aldous Huxley?
Por Mariana Silveira
A ERA DA MANIPULAÇÃO GENÉTICA E O PAPEL DO JORNALISMO DE CIÊNCIA
Perder um filho, um marido ou alguém muito próximo de forma abrupta não é uma tarefa fácil de lidar. Do mesmo modo, saber agir diante de uma perspectiva difícil como uma doença que pode comprometer de forma definitiva a vida de um indivíduo ou levá-lo à morte, também não é.
Por mais conhecido que seja o ciclo da vida, as pessoas não estão prontas para perderem aqueles que as cercam e muito menos prontos simplesmente para morrer, deixar de existir. Quando o ser humano se vê sob uma dessas perspectivas, logo tenta contornar a situação. E com a evolução científica e tecnológica que vem se instaurando de forma cada vez mais rápida e dando ênfase a esses aspectos, a ciência tornou-se aliada nesse processo.
Hoje é possível - se um indivíduo é diagnosticado com alguma doença que interfira em seu ciclo reprodutivo, ou que vá ser submetido a tratamentos como quimioterapias ou radioterapias-, congelar espermatozóides ou óvulos para uma futura reprodução assistida. Essa técnica também tem sido aliada de casais que planejam primeiro sua carreira profissional e uma possível estabilidade para depois aumentarem a família. A nova tendência social tende a fazer com que as mulheres optem por ter filhos cada vez mais tarde, o que torna o procedimento mais arriscado. Com o congelamento do material genético, é possível alcançar uma gravidez segura mesmo em idade mais avançada, já que o material coletado mantém-se com a idade que tinha quando foi reservado.
Um episódio que vem sendo divulgado é o da menina norte-americana, nascida partir de um sêmen congelado há 22 anos atrás. O pai, submetido a um tratamento de radioterapia quando jovem coletou o material genético antes de se submeter ao tratamento, visando à possibilidade de ter filhos futuramente.
Também tem se tornado cada vez mais comum a utilização de sêmen de homens já falecidos. É o caso do juiz norte-americano que concedeu o direito a uma mãe, de congelar o sêmen do filho morto em uma briga. A mãe alegou que o sonho do filho era ter três filhos e que faria o possível para realizá-lo. A notícia ganhou as páginas dos jornais internacionais.No Brasil, em especial, os meios de comunicação on-line divulgaram notícias praticamente idênticas, e tiveram como fonte a agência brasileira BBC. Portais como UOL, GLOBO.COM, TERRA e FOLHA ON-LINE publicaram os mesmos conteúdos. Sites menores, como a GAZETA DO POVO e o JORNAL PEQUENO, também publicaram essa mesma versão dos fatos.
Embora seja uma notícia de âmbito internacional, onde a infra-estrutura impossibilita uma cobertura direta, é possível haver desdobramentos dessa temática, procurando fontes nacionais sobre o assunto, questionando os métodos e a ética envolvida, enfim, analisando aquilo que é noticiado.
Na edição de 14 de fevereiro, o jornal ZERO HORA, publicou uma reportagem sobre essa temática, focando no planejamento da fertilização. Além de citar diversos cases com histórias de pessoas que se utilizaram dessa evolução da ciência médica, a edição também explicou os procedimentos e apresentou tabelas com dados relevantes.
Comunicação e o Jornalismo de Ciência
Outro caso registrado pela mídia foi o de uma mãe que deu a luz a um bebê através de um espermatozóide de seu marido falecido há sete anos. Vítima de uma doença grave, o marido permitiu a coleta e posterior utilização do material. Sete anos após o incidente, sua esposa resolveu utilizá-lo.
Na era da manipulação genética de embriões humanos em que bebês são concebidos para doarem material genético compatível com parentes que sofrem de alguma enfermidade, ou que podem ser gerados depois da morte ou da infertilização de um dos genitores, os meios de comunicação mantém sua função primordial: informar a sociedade sobre fatos, de alguma óptica, abrangentes. Os jornalistas são o elo entre a informação bruta e a sociedade e cabe a eles lapidar e conectar tais conhecimentos, até que estejam adequados para divulgação.
A manipulação genética como técnica é uma ferramenta capaz de mudar os rumos da evolução humana e, como temática, deve ser trabalhada de forma ampla, sendo levada ao conhecimento do público que está distante de questões como ciência e tecnologia, uma vez que se trata de um assunto comum a todos e de extrema relevância.
Todos esses exemplos não deixam de refletir a tendência dos meios de comunicação de se focarem na personificação dos casos, abstendo-se do processo de obtenção de tal êxito e mais do que isso, não parando para refletir e questionar sobre aquilo que é veiculado. Mesmo no caso específico do jornalismo científico, há essa personificação, claramente disposta por dois fatores: melhor ilustrar uma temática que ainda não é muito conhecida pelo grande público, criando um elo de identificação, e o próprio despreparo e falta de conhecimento dos profissionais responsáveis por essa área, que ao desconhecer os processos envolvidos e relacionados a reprodução humana, acabam ficando presos ao modelo de personificação em que um caso específico ganha muito mais destaque do que o contexto que o gerou.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Os cuidados com os suplementos alimentares

Além de alertar para estes perigos, a matéria orienta que os consumidores desses produtos utilizem somente produtos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e sempre com acompanhamento médico.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Seminário de Pesquisa discute Rádios Comunitárias
Pesquisa científica e TFG são duas coisas que geram certo medo na maioria dos alunos de ensino superior. Hoje, dia 15, teve início o Seminário de Pesquisa promovido pelos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UNIFRA a partir de uma interação entre professores e alunos, cujo objetivo é desmistificar os processos que envolvem os primeiros contatos que um acadêmico tem com esse tipo de trabalho.
Trata-se de uma série de encontros durante os quais serão discutidos os resultados das pesquisas produzidas nos cursos. No dia 15, o centro da discussão foi a temática da Comunicação comunitária e o quê ela engloba? O primeiro dia do seminário discutiu as pesquisas sobre as Rádios Comunitárias, quando foram apresentados dois projetos de pesquisa que analisam diferentes aspectos de duas rádios comunitárias de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Em um primeiro momento, a professora Viviane Boréli, o professor Gilson Piber e a acadêmica Adriana Garcia, apresentaram um projeto que vem sendo desenvolvido dês do começo de 2008. O foco do projeto é analisar os contratos de leitura estabelecidos entre as rádios comunitárias Caraí FM e a ComNorte em suas comunidades. Através da análise da relação que existe entre a programação oferecida e as reais necessidades das comunidades, foi possível identificar aspectos que auxiliam ou que prejudicam a manutenção desses contratos.
Já na segunda parte do seminário foi apresentado pela professora Rosana Zucolo e pelo acadêmico de jornalismo Juliano Pires, em pesquisa que realizou um estudo de recepção da programação das mesmas rádios. O projeto, também de 2008, utilizou questionários e entrevistas dentro da metodologia dos grupos focais para analisar as opiniões da comunidade em relação ao que as rádios oferecem.
Um novo encontro está marcado para o dia 04 de maio, no horário das 9:35h as 11:15h com o tema Comunicação e Responsabilidade Social , debatido pelas professoras Angela Lovatto Delazzana e Cristina Munarsky Jobin Hollerbach . E depois no dia 25 de maio, das 18:30h às 20:10h , com a temática Representação, Imagem e Política, apresentado pelos professores Carlos Alberto Badke; Sibila Rocha e Laura Elise Fabrício.
Por Carlos Eduardo Flores e redação
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Em Defesa das armas

Contudo, existem aquelas informações que se tornam verdadeiros desafios aos leitores preocupados em saber mais, entre eles o contexto em torno das indústrias bélicas. Basta uma rápida pesquisa para que os interessados se deparem com datas de um, dois, três ou mais anos atrás. E, ao analisar as reportagens publicadas, é possível estabelecer alguns porquês relacionados à escassez de notícias.
O principal deles é o vínculo de proximidade entre as indústrias bélicas e os ministérios de Defesas dos países, que por uma questão de disputa e protecionismo econômico, evitam divulgar inovações. Outro fator é a própria participação dos governos junto às indústrias que, como no caso do Brasil, ao mesmo tempo em que atua como credor, procura não vincular sua imagem às empresas e corporações.
No entanto, conforme declaração do pesquisador em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Carlos Stephani Bastos, feita à Agência Brasil, no qual ele comenta a penetração da produção bélica brasileira em outros países, é possível detectar referências à estreita ligação entre o armamento e o governo de seu país de origem. Essa mesma relação pode ser percebida em outros países como a França.
Ao se tentar entender essa situação um paradoxo se estabelece: por que o país que investe economicamente no setor bélico não gosta de ter sua imagem vinculada à área? Por meio dessa pergunta outras duas se originam: por que a população não é informada de maneira clara e aberta sobre os investimentos realizados no segmento? E para terminar os questionamentos: qual o motivo que faz um país “pacifista” como o Brasil desenvolver armas e exportá-las para nações que inclusive podem estar em guerra?
Como resposta ao leitor que procura compreender e conhecer um pouco mais o contexto bélico fica o estímulo de que continue na investigação. E um aviso: antes de partir em busca de tais informações, pegue sua arma e se entrincheire, porque pode ser uma verdadeira guerra adentrar no campo inimigo.
Por Carlos Eduardo, Flávia Alli e Juliano Pires
Políticas públicas e a doença de Chagas
Por Neli Mombelli
Fundação Ford abre inscrições para bolsas de pós-graduação
É vedada a participação de ex-bolsistas do IFP, de pessoas já matriculadas, inscritas ou que cursem mestrado, de profissionais que já disponham de doutorado ou que tenham iniciado o curso antes do 2º semestre letivo de 2007.
A bolsa exige dedicação exclusiva aos estudos, sendo incompatível com atividade remunerada, com exceção para atividades acadêmicas relacionadas ao projeto de dissertação ou tese em situações específicas e mediante aprovação prévia.
Mais informações: www.programabolsa.org.br, pelo e-mail programabolsa@fcc.org.brou com a Fundação Carlos Chagas pelo telefone 11-3722-4404.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
DESENVOLVIMENTO HUMANO
A demarcação contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, continua polêmica.o Supremo Tribunal Federal deu prazo até 30 de abril para que os não-índios saiam do território. São 17 mil km² onde indígenas e arrozeiros disputam a área desde a criação da reserva em 1988. A questão foi parar no Supremo Tribunal Federal. Em dezembro do ano passado, quando oito ministros do STF já havia definido o voto favorável à demarcação o ministro Marco Aurélio Mello pediu vistas ao processo. No dia 18 de março último, por 10 votos a 1, a demarcação foi mantida.
Em dezembro passado foi lançada a animação “Reserva Raposa Serra do Sol” para explicar à sociedade de forma simples e direta esse caso que vem gerando polêmica desde 1998, quando a reserva foi criada no governo FHC, e agravou-se em 2005 quando foi homologada já no governo Lula . Dirigido por Arnaldo Galvão, tem entre os responsáveis pelo argumento e roteiro Spensy Pimentel, jornalista e antropólogo, respectivamente.
Da redação
sexta-feira, 3 de abril de 2009
EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

O jornalismo científico voltado para a temática da reprodução humana é focado basicamente nas questões relativas à reprodução assistida. Dentro dessa categoria tem-se abordado de forma significativa a manipulação de embriões através de seleção genética. Essa sub-temática refere-se basicamente a interferências e testes para que embriões selecionados dêem origem a fetos com determinadas características especificas.
É possível, por exemplo, que um bebê nasça sem o gene responsável pela propensão do câncer de mama ou que tenha características específicas que são necessárias para compatibilidade em algum transplante a ser realizado com parentes próximos.
Dois casos têm sido difundidos pela mídia: o do bebê espanhol Javier, concebido especialmente para um transplante de células medulares ao irmão que sofre de uma grave anemia congênita e o de uma recém-nascida britânica gerada de forma a evitar a pré-disposição a determinados tipos de câncer. Esses episódios específicos servem de pano de fundo para a imprensa discutir de forma mais aprofundada a respeito da seleção genética de embriões.
Numa análise de publicações referentes ao assunto, percebe-se que determinadas notícias priorizam a personificação da temática, na tentativa de criar um elo de identificação entre leitor e informação científica, uma vez que tecnologia e ciência são questões ainda pouco presentes na teia comunicacional da sociedade.
Outras notícias, no entanto, trabalham de forma contrária, tendo como foco o processo propriamente dito e utilizando esses casos palpáveis apenas como ilustração para o tema.
Dentre esses textos, observa-se o caráter didático de alguns, tentando se aproximar o máximo possível de uma linguagem coloquial e comum a todos, explicando os termos e processos envolvidos.
Manipulação de embriões é o tipo de assunto que merece cuidado extra na hora de ser informado. Trata-se de questões referentes ao processo de seleção e evolução da espécie e trabalha-se de forma direta com pontos que podem vir a definir os rumos da espécie humana. Ou seja, aborda-se um assunto de interesse geral que envolve assuntos delicados e que ainda não foram pensados sob vários aspectos. Nesse contexto, é fundamental que o jornalista ao difundir esse tipo de informações, mantenha uma posição de mediador entre variados pontos de vista e que haja como um indivíduo reflexivo e questionador, perguntando-se a respeito das questões biológicas, éticas e sociais envolvidas.
Foto: Fotosearch
Por Mariana Silveira, Bruno Barichello, Rejane Fiorenza
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Governo divulga novo tratamento contra a tuberculose
Os caminhos da doença
Intercom Sul: ainda estão abertas as inscrições
O prazo de inscrições vai até 7 de maio, com os valores iniciais em R$ 30,00 para estudante, R$ 50,00 para os associados à Intercom e R$ 100,00 para os não-associados. As inscrições podem ser feitas pela internet, no site da Universidade Regional de Blumenau.
PROGRAMAÇÃO
No congresso há palestras, lançamentos de produtos científicos e oficinas de comunicação, divididas em duas modalidades: metodológica – focando teorias, métodos e técnicas de pesquisa, produção e difusão – e tecnológica – centrada em processos de aplicação de tecnologia para o desenvolvimento de produtos midiáticos. As oficinas serão ministradas por especialistas regionais.
Além do Intercom Sul, há outros simpósios pelo Brasil. É o caso do Intercom Norte, que será realizado em Rondônia, entre os dias 18 e 20 de junho. O Intercom Centro-oeste, acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de junho, em Brasilia. Já o Intercom Sudeste será de 7 a 9 de junho, no Rio de Janeiro. O Intercom Nordeste será no Piau, nos dias 14, 15 e 16 de maio de 2009.
Para mais informações dos congressos regionais, você pode acessar o site da INTERCOM.
Por Luis Otávio Prates
Planta que produz proteína anti-HIV é transgênica

Ao observar as publicações em sites, onde são permitidos comentários sobre a matéria, muitos levantam a questão da transgenia e posicionam-se contra estudos que envolvam esse método. Consultando a página da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, não há nada que faça referência ao assunto. Mas a definição do órgão diz que ele deve prestar assessoramento e apoio técnico consultivo em atividades de construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de organismos geneticamente modificados e derivados.
A pílula da supermemória
Transgênicos: a mutação da informação
No dia 17 de março, o jornal Correio do Povo trouxe na editoria Rural, a declaração do vice-presidente da Abrasem, Narciso Barison Neto, durante o I Fórum Nacional do Milho. Para Barison, mais produtores deverão utilizar a variedade transgênica autorizada e avalia que a área plantada com milho deve aumentar 20% na safra 2009/2010.
Já no dia seguinte, o jornal informa que os arrozeiros iriam se posicionar de forma contrária aos transgênicos durante uma audiência pública, em Brasília, para discutir a liberação de variedades geneticamente modificadas. A notícia destaca a posição do presidente da Federarroz, Renato Rocha, que é a favor de pesquisas e avanços tecnológicos, porém teme a possibilidade do Rio Grande do Sul não poder exportar o grão, em função da exigência do certificado de não-transgenia pelos países importadores.
Quem esperava a continuidade das matérias sobre estas questões, ficou apenas na expectativa. O jornal Correio do Povo, apesar de ser o único jornal impresso de circulação estadual a divulgar estas informações, simplesmente encerrou o assunto sem noticiar o resultado dos debates e sem fazer a devida interligação entre as publicações.
Saiba mais:
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são organismos que sofreram alteração no seu código genético. Esta modificação consiste em transferir um gene responsável por determinada característica de um organismo para outro.
Por Daiane Köhler, Júlio Mota e Sérgio Pinheiro
Os 200 anos de Darwin

No ano de 2009 comemora-se os 200 anos do naturalista inglês Charles Darwin, nascido em 12 de fevereiro de 1809, e também os 150 anos de sua teoria da evolução das espécies. O legado do cientista será comemorado no mundo inteiro. Na cidade natal de Darwin, em Shrewsbury no Reino Unido, haverá um festival em sua homenagem, e uma exposição permanente em Dow House, sua antiga residência.
O Museum de História Natural de Londres, realiza uma exposição com fotos, de espécies raras e de objetos particulares do cientista, que ficará aberta até 19 de abril de 2009, tendo como grande obra da comemoração dos 150 anos, o livro “A origem das Espécies por meio de seleção natural”.
A obra que revolucionou a ciência em relação ao surgimento e evolução dos seres vivos teve início em uma viagem de navio, o Beagle. O jovem Darwin, com apenas 22 anos, esteve presente como naturalista e estava disposto a explorar locais em diversos países, com visitas inclusive no Brasil, onde coletaria o maior número de espécies existentes. No dia 28 de fevereiro de 1832, avistou de seu navio na costa do Brasil, no estado da Bahia, se deslumbrou com a grandiosidade dos trópicos. A exuberância das gramíneas, borboletas, flores, árvores e frutas estranhas naquela época serviu como inspiração para o aprofundamento dos estudos sobre a evolução das espécies.
Maiores informações em Carta Capital e na Naturlink
Por Graziele Freitas, Roberta Friedrich