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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Planta que produz proteína anti-HIV é transgênica

Pesquisadores americanos conseguiram produzir uma proteína (GRFT) microbicida anti-HIV. A substância, que serve como um método feminino de prevenção contra a AIDS, foi produzida através de pés de tabaco selvagem (Nicotiana benthamiana) e se mostra uma alternativa viável economicamente. O interessante desse estudo que foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences - PNAS, e reproduzido por diversos veículos brasileiros, é que a planta foi modificada geneticamente para ser capaz de produzir a proteína.
Ao observar as publicações em sites, onde são permitidos comentários sobre a matéria, muitos levantam a questão da transgenia e posicionam-se contra estudos que envolvam esse método. Consultando a página da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, não há nada que faça referência ao assunto. Mas a definição do órgão diz que ele deve prestar assessoramento e apoio técnico consultivo em atividades de construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de organismos geneticamente modificados e derivados.
Assim, por que opinar de forma contrária a algo que pode resolver o problema de muita gente, ou de uma população, como é o caso da África, onde o HIV é uma epidemia que está dizimando milhões de pessoas? Logicamente, se existe outra versão sobre o estudo, ela não foi apresentada, até então, pelos meios de comunicação. No entanto, isso não significa que devemos desconfiar de tudo. Quem sabe há pessoas que estejam trabalhando pelo bem da humanidade?!

Por Neli Mombelli, Alice Bollick e Pricila Lameira

8 comentários:

neli mombelli disse...

Interessante salientar que a matéria foi literalmente REPRODUZIDA por muitos veículos de comunicação brasileiros. Não houve a preocupação de transmitir informações científicas e apurá-las de outra forma. Simplesmente fizeram a divulgação de ciência!!!

Luiz Otávio Prates disse...

Esperamos que ela seja, realmente, aprimorada a ponto de se popularizar e ser distribuida (se compravado a sua eficácia) em postos de saúde. Será que ela é, de fato, a solução para esse problema? Acredito que seja a solução mais viável, até agora a apresentada, para a prevenção do virus da HIV.

brunomasters disse...

Não é de hoje que estudam a cura da doença, o problema é a possibilidade da cura já existir e não ser vendida devido a indústria farmaceutica que não tem interesse algum, afinal! São vendidas diariamente milhões de remedinhos que retardam o processo da doença e essa indústria do jeito que está fatura bilhões. Mas só de ser publicada uma notícia dessas já é um alívio, tanto se fala em tecnologia e o avanço do ser humano e uma doença velha dessas ainda ser um pesadelo pra tanta gente é um fiasco!

- disse...

A sociedade é mal informada e tem o péssimo hábito de opinar sobre aquilo que desconhece. Muitas vezes as tradições e o conservadorismo acabam por fazer um indivíduo manifestar preconceito sobre determinado assunto sem exibir a mínima vontade de pesquisar.
Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos estimam que 2,7 mi de pessoas contraem o vírus da AIDS por ano, no mundo. Enquanto dezenas de pessoas manifestam repúdio à transgenia - que vem a melhorar a qualidade de vida das pessoas, têm relações sexuais sem nenhum tipo de proteção. A proteína anti-HIV é uma prevenção ao vírus, assim como a camisinha, ou o uso descartável de seringas para usuários de drogas. Basta você saber que alternativa cabe mais a sua cultura.

Por Flavia Alli

Luiz Otávio Prates disse...

Concordo plenamente com a Flavia...
Mas se faz tantas campanhas sobre a prevenção da AIDS e ela ainda existe. E muito! Só que o maior problema é que lidamos com um país carente de informação e, de certa forma, cultura. Só que mesmo sabendo que existe o risco de se contaminar o virus da HIV através da relação sexual, as pessoas e, principalmente os jovens, continuam fazendo mal uso do maior preservativo contra a AIDS: a camisinha.

Blog disse...

A sociedade é mal informada sim, mas lembre, jornalistas informam! Somos também mal informados. Pior, a maioria de nós não busca, não apura a corretamente as informações.

neli mombelli disse...

Se a AIDS continua se proliferando então é sinal de que algo vai mal. O que é que está dando errado? Será a forma como são realizadas as campanhas de prevenção, serão as políticas públicas de cada município ou, até mesmo, do país? Será que há pouca divulgação da informação por parte dos veículos de comunicação... O que será?! Eu realmente me pergunto...

Unknown disse...

O que mais intriga é o fato de já saber como a AIDS funciona e ainda não se conseguir produzir um medicamento capaz de eliminar a doença, ao invés de amenizar os efeitos. Entretanto, quanto à transgenia, não acredito que a população e os órgãos repudiem ou temam apenas por ignorância e conservadorismo, mas sim por total falta de informação sobre os possíveis feitos da recombinação genética no organismo humano. Concordo que os efeitos possam não se manifestar de imediato, mas e nas próximas gerações? Aqui é possível entrar no mesmo questionamento sobre a falta de água no futuro. Acredito que os transgênicos deveriam ser difundidos apenas após a realização de estudos concretos, sem achismos e expectativas otimistas, pois as mesmas podem acabar trazendo efeitos colaterais bem desagradáveis.