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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Antidepressivos: quais os benefícios do tratamento.


A pesquisa científica tem obtido avanços importantes nos últimos anos, principalmente em relação aos fármacos, utilizado por muitos médicos psiquiatras como solução para transtornos mentais e, por outros, como complemento ao tratamento psicológico que deve ser acompanhado pela família.
Durante o processo de maturidade do ser humano, o cérebro passa por diversas fases de desenvolvimento, sendo fundamental a sua compreensão tanto para avaliações neuropsicológicas quando para a escolha dos medicamentos que em alguns casos podem e devem ser ministradas pelos pacientes.
A ciência, entretanto, enfrenta conflitos no momento em que reconhece como fase crucial no processo de amadurecimento o cérebro dos adolescentes, por esse ser um campo pouco estudado, em relação a crianças e adultos.
Desde os 4 anos de idade estímulos recebidos começam a ser processados, determinando funções no cérebro da criança, que fisiologicamente só implicarão na maturação das habilidades executivas ao final da adolescência, por volta dos 20 anos. Essas imagens obtidas por ressonância magnética funcional (fMRI) realizada em cérebros de adolescentes tem surpreendido psicólogos e, segundo eles áreas acionadas para determinadas funções se alteram ao longo desses períodos, e muitas dessas transformações são desconhecidas pela ciência.
Para a psicologia, além dos aspectos neurológicos envolvidos no uso de medicamentos por crianças e adolescentes, existe também a questão psíquica a ser levada em consideração. O uso continuado de medicamentos, sem acompanhamento psicológico pode provocar traumas, passando a ocupar lugar simbólico, excessivamente importante na vida do paciente.
Vista como recurso necessário para o tratamento, a droga desempenha papel importante dentro do imaginário das famílias, que em alguns casos não sabem como lidar com a situação. O que não deve acontecer é o estigma da insanidade de um membro a família, pois isso leva ao fracasso muitos pais e filhos. O ideal é que aos primeiros sintomas, um especialista seja consultado, evitando que crianças e adolescentes transformem a infância numa batalha interior pela sobrevivência.




Fonte: Revista Mente e Cérebro

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

H1N1 já era pauta em 2000

A edição de junho de 2000 da revista Saúde trouxe a reportagem especial sobre o que denominou de a Supergripe.
Nada mais era do que uma didática e detalhada reportagem sobre o vírus influenza e seus efeitos no organismo humano, exatamente como está sendo vivenciado pela população hoje.
A reportagem traz o alerta dos epidemiologistas, bem como a necessidade de atacar o vírus em 48 horas com medicamento correto. Na ocasião, a revista indicava que um novo medicamento estava sendo testado para o combate à gripe. Coincidentemente, era o Tamiflu fabricado pela empresa suíça Roche. O laboratório faturou 24 bilhões de francos e teve um lucro de 3,8 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2009.

As vendas do Tamiflu renderam um bilhão de francos no período, um aumento de 203% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Resta perguntar: sabendo-se da existência do vírus e de seus efeitos há mais de nove anos, não teria sido tempo suficiente para produzir uma vacina eficaz?
Que outros interesses estão envolvidos nessa questão e não estão sendo esclarecidos?

Da redação

Medicina nuclear ganha novo investimento no Brasil

O governo de São Paulo, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia assinaram um acordo nos 53 anos do Instituto de Pesquisas sobre Energia Nuclear (Ipen), na quinta-feira, dia 3 de setembro, conforme divulgou o Jornal da Ciência.
Será instalado um reator multipropósito brasileiro (RMB) para pesquisas na área de medicina nuclear. Além de demandar um investimento de US$ 500 milhões, o projeto também necessitará de seis anos para a conclusão do empreendimento.
O reator produzirá radioisótopos, elementos químicos radioativos que, administrados em pacientes, passam a emitir suas radiações no órgão para qual são conduzidos. Este processo auxilia no mapeamento de doenças como tireóide, através da absorção do Iodo-131 pela glândula. Os radioisótopos são utilizados tanto em diagnósticos como em terapias. Um exemplo é o tratamento do hipertireoidismo e alívio da dor para certos tipos de câncer dos ossos.
Com o investimento, o Brasil vai garantir a auto-suficiência de produção de molibdênio-99, substância que serve de matéria-prima para a fabricação dos geradores de tecnécio, um radiofármaco usado em 80% em exames diagnósticos de medicina nuclear nas áreas de oncologia e cardiologia. O Brasil produz cerca de 5% da produção mundial de molibdênio ao custo de R$20 milhões ao ano. Só quatro reatores no mundo produzem o conteúdo, sendo que dois deles estão parados por motivos técnicos.
Na mesma data também foram inauguradas as instalações de transferência e transporte de radioisótopos para a área de radiofarmácia do instituto, o que vai tornar o processo mais rápido e mais seguro. O novo sistema enviará os elementos via tubulações subterrâneas aos mais de 300 centros médicos que utilizam os radiofármacos no país. Até então, eles eram enviados em blindagens, que pesavam até 700 kg.
Mais informações aqui, aqui e aqui.
Camila Gonçalves

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Uma disputa nacional: o pré-sal

Nos últimos dias, jornais e revistas brasileiras usam e abusam de um só tema: o Pré-sal. Mas e você, já sabe do que se trata? Sabe o que representa para a economia brasileira? Não? Então, de uma forma simples, entenda tudo sobre este tema.
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, sob uma extensa camada de sal, por isso a denominação que recebeu, pré-sal.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar aproximadamente cerca de 100 bilhões de barris de óleo em reservas, quantia esse que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo, e transformaria positivamente a economia brasileira.
Segundo o Governo Federal, os investimentos deverão ser altíssimos e o tempo para que a exploração seja feita deverá ultrapassar os cinco anos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada para a exploração deverá ser de alto custo e complexidade. Muitas dúvidas sobre este tema ainda estão por vir, mas com o avanço científico nesta área, esperamos que em breve, consigamos esclarecê-las.
Thais Bueno

O jornalismo e o pré-sal

Um dos assuntos mais abordados hoje, pelos meios de comunicação é o pré-sal. Jornais, sites, emissoras de televisão e rádio nutrem, por exemplo, a editoria de economia e política com o tema. Isto porque no campo jornalístico adotam-se certos critérios de noticiabilidade. Há uma seleção do que é importante ser midiatizado e uma análise do motivo dessa importância. A riqueza tão explorada e motivo de guerra em outros territórios, estende-se do litoral de Santa Catarina ao Espírito Santo. Mas então, por que se tornar notícia aqui no Rio Grande do Sul?
Em um primeiro momento porque a economia do Brasil será afetada e nós fazemos parte do território. Em um segundo momento, porque o país, a sociedade precisa entender uma questão que faz parte de noticiários nacionais.
Como sendo um fato recente, muitas ainda são as dúvidas acerca do pré-sal . As explicações e desmembramentos do assunto são importantes à medida que situam os leitores, ouvintes ou telespectadores. O uso de ilustrações e mapas colaboram para o melhor entendimento do fato.
A editoria de economia do Diário de Santa Maria, publicou uma reportagem explicando o processo. Questões como: onde está localizada essa riqueza, como ficará o Rio Grande do Sul em relação aos recursos provenientes da exploração do petróleo até o que é a camada do pré-sal e onde se localiza, são exemplos dessa abordagem. A diagramação e os recursos da Editoria de Arte colaboraram para tornar a matéria ainda mais didática. Poderia-se dizer que é uma das reportagens importantes para ajudar no entendimento do início de um processo complexo, que além da economia afeta também a política .
A responsabilidade dos profissionais da comunicação é percebida em assuntos como o pré-sal. O jornalista transforma uma informação complexa, em acessível através de uma linguagem compreensível aos receptores.
Confira a reportagem do Diário de Santa Maria.
Francine Boijink

Pílula anticoncepcional chegará aos mercados

Uma nova pílula anticoncepcional chegará em breve aos mercados na Europa. Esta poderá ser tomada até cinco dias após manter relações sexuais para impedir uma gestação inadesejável, ao contrário dos três dias das pílulas atuais.
Um estudo foi realizado levando em consideração a autorização para adquirir a pílula EllaOne no mercado com 1.241 mulheres. Segundo a pesquisa foi constatado que 60% das gestações esperados foram evitadas.
A EllaOne é fabricada com uma nova célula – a ulipristal - que só poderá ser comprada mediante receita médica, explica a médica Erin Gainer, presidente da HRA Pharma, laboratório com sede na França, em entrevista a Agência France Press.
A pílula obteve autorização européia para ser comercializada ainda no mês de maio, mas o novo contraceptivo deve receber autorização da Agência Europeia de Medicamento (Emea) para entrar no mercado.
O laboratório HRA Fharma irá apresentar nesta quinta-feira o novo método contraceptivo durante um Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia, em Roma. Quanto ao plano de gestão de risco emitido pelo laboratório, que visa a criação de um registro para o acompanhamento das gestantes que estarão expostas a este novo método, deverá passar pela aprovação da agência, explicou Fabienne Bartoli, diretor adjunto da Agência do Medicamento Francesa (Afssaps), também em entrevista a Agência France Press.
Vanessa Barbieri

Descobertos anticorpos que podem levar à vacina contra AIDS

A possibilidade de uma vacina contra a AIDS ganha destaque nas manchetes do mundo todo nesta semana.
Dois novos anticorpos foram descobertos por um grupo de pesquisadores no EUA. A novidade é a primeira em dez anos de combate à doença.
De acordo com os cientistas não é possível criar uma vacina contra a AIDS, porém pode ser o primeiro passo na luta contra o vírus HIV. Questionados sobre as inúmeras tentativas fracassadas de criar uma vacina contra a doença, os especialistas dizem que encontraram dos anticorpos. Eles conseguem neutralizar e atacar parte do vírus que é mutante e aparece de forma diferente de acordo com cada pessoa.
Os dois anticorpos encontrados foram chamados de PG9 e PG16. Eles foram identificados em um estudo com 1.800 portadores do vírus, porém apenas localizados em uma minoria de pacientes.
O próximo passo é tentar encontrar as vulnerabilidades do HIV, o vírus da imunodeficiência humana, para elaborar novos enfoques a fim de desenvolver a vacina contra a doença.
A AIDS já matou mais de 25 milhões de pessoas desde sua descoberta em 1981. Os países mais pobres, mais precisamente na África subsaariana são os mais atingidos pela doença. A estimativa da Organização Mundial da Saúde(OMS) é de que existam hoje aproximadamente 33 milhões de pessoas infectadas.
Mais informações no Site G1

Vinicius Ferreira

Gripes suína e aviária: diferenças e semelhanças

Há alguns anos, a ameaça de uma pandemia de gripe aviária deixou boa parte do mundo em alerta e, segundo muitos especialistas, havia o risco de uma grande catástrofe internacional provocada pela doença . Isso se repete agora , com o surgimento de uma epidemia de gripe suína na América do Norte e casos dessa doença em vários outros países.
Gripe Suína
O vírus da atual gripe suína é o Influenza H1 N1, tipo A que foi isolado pela primeira vez em 1930. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem outros subtipos de vírus. isso porque, assim como acontece no organismo humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, inclusive se misturando entre si. O H1N1,tipo A ,aliás, pode ter componentes genéticos do vírus da gripe aviária.
Gripe aviária
O vírus da gripe aviária que infecta humanos e pode causar mortes é o Influenza H5N1. Ele causou os primeiros estragos em 1997, quando a doença surgiu em Hong Kong, e em 2003, ano em que reapareceu com força no Sudeste Asiático. E ele não estava sozinho: o vírus teve algumas variações detectadas nos países em que aportou.
Sintomas
Gripe Suína
Em humanos, os sintomas da gripe suína são similares aos da gripe comum, e incluem febre acima de 39 º c , falta de apetite e tosse. Em alguns casos foi registrado catarro, dor de garganta, náusea, vômito e diarréia forte.
Gripe Aviária
Os sintomas da chamada gripe do frango também são parecidas com os da gripe comum: febre , mal estar, tosse e dor garganta, e ainda houve casos de conjuntivite. Nos pacientes que morreram, a doença evoluiu para uma pneumonia.
Contágio
Gripe suina
A gripe de origem suína não é contraída pela ingestão de carne de porco, mas por via aérea, de pesssoa para pessoa. de acordo com os centros de controle de enfermidade dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) , a temperatura de cozimento (71º Celsius) destrói os virus e as bactérias presentes na carne de gado suíno.
Gripe Aviária
Da mesma forma que a gripe suína , a aviária não é contraída pela ingestão da carne correspondente - no caso, a de frango, Mas não se pega de pessoa . O contágio ocorre por meio de contato direto com aves vivas infectadas. O vírus está presente nas fezes das aves, que depois de secas e pulverizadas, podem ser inaladas.
Marion Bittencourt