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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Cientistas temem processos judiciais por equívocos em avaliações de risco

A matéria de Mónica G. Salomone,  originalmente publicada no site espanhol Materia,que traz artigos e reportagens sobre ciência e tecnologia e traduzida no Opera Mundi, revela o tensionamento entre os diferentes campos e a complexidade que as relações assumiram no mundo midiatizados. Confira!
A cidade de Aquila ainda se recupera. Foto: Roberto Taddeo, Opera Mundi

Lechner dirige o Instituto para a Proteção e Segurança do Cidadão (IPSC), na cidade italiana de Ispra, um dos sete centros do principal órgão de assessoria científica da Comissão Europeia, o Joint Research Centre (JRC). Ele foi um dos organizadores do debate intitulado “Ir para a cadeia por ser um cientista?”, realizado na feira de ciência europeia ESOF, em Copenhagen, no fim de junho. Além de Lechner, participaram Anne Glover, chefe da assessoria científica da presidência da Comissão Europeia, e especialistas em comunicação de riscos.
“Este debate é a prova de que o caso de Áquila influenciou muito na forma como comunicamos o que sabemos e como nos relacionamos com a sociedade, através de políticos e jornalistas”, disse Lechner. “Queremos chegar a outros cientistas, para que também reflitam sobre suas palavras quando lhes pedirem uma opinião”.
O terremoto de Áquila aconteceu no dia 6 de abril de 2009. Dias antes, um grupo de especialistas tinha sido convocado para a região – que já há algum tempo passava por uma crise sísmica – para informar sobre o risco para a população. Em outubro de 2012, um juiz condenou esse grupo e um funcionário do governo a seis anos de cadeia, um castigo ainda mais duro do que pedia a acusação, e contra o qual os cientistas apelaram. A sentença diz que o conselho que os especialistas deram ao governo italiano e à população foi “vago, genérico e ineficiente”.
“Para nós, a sentença foi uma surpresa total”, diz Lechner. “Funcionou como um alerta que nos advertiu que algo que nunca acreditamos que fosse possível pode de fato acontecer. Nos fez pensar nas consequências que nosso trabalho pode ter em nossas vidas, e nos faz repensar nosso papel como cientistas”.
No IPSC, um departamento inteiro de cientistas trata de prever se o sistema financeiro europeu pode falhar. Também analisam a segurança na internet e modelam tsunamis. “Sabemos que basta uma pequena diferença em uma onda para que seus efeitos mudem drasticamente”, aponta Lechner. “Dessa forma, se alguém erra um algoritmo, o que acontece, nos processam? Antes do caso Áquila, eu teria respondido ‘ claro que não’; agora já não sei mais”.
O IPSC conta com 300 cientistas de várias áreas e mantém contatos estreitos com a comunidade científica através de seus mais de 200 sócios colaboradores. Segundo Lechner, “falamos com políticos praticamente todos os dias, e quase toda semana nos pedem uma opinião concreta sobre um tema”. O JRC em conjunto emprega mais de três mil cientistas.
“A sociedade pede nossa opinião em temas que vão das tempestades solares ao fracking; das nanopartículas à segurança dos edifícios em terremotos”, diz Lechner. “Existe o risco de que muitos cientistas deixem de responder quando se lhes solicita uma opinião sobre sua experiência; muitos já deixaram de falar com a imprensa. Que utilidade tem isso para a sociedade?”
O IPSC não mudou formalmente sua forma de trabalhar, mas agora é muito mais rigoroso com a orientação a seus cientistas: ninguém fala com jornalistas a não ser através da assessoria de imprensa do instituto – o próprio Lechner deverá informar sobre a entrevista que concedeu para esta matéria: “Agora somos muito mais cuidadosos com o que dizemos; não falseamos nada, é claro, mas somos muito mais conscientes sobre os riscos de passar uma mensagem equivocada. Desde então, dissemos aos cientistas que sempre devem evitar dizer que há um ‘risco zero’”.
Durante o debate mencionou-se o problema clássico de comunicação entre cientistas e políticos: os primeiros devem ser precisos e falar em termos de probabilidade; os segundos precisam de um ‘sim’ ou de um ‘não’ para tomar decisões. Glover se solidarizou com os cientistas: “Pedem que façamos previsões sobre processos que não são lineares, que podem sofrer mudanças bruscas totalmente imprevisíveis”.
Os especialistas em comunicação de riscos deixaram alguns conselhos, como ser respeitosos com o público, que não é ignorante e é capaz de entender rankings de probabilidade quando eles são expostos claramente, sem tecnicismos; não ser paternalista, e passar a mensagem de forma que, munido da informação, o público possa decidir livremente; e nunca falar em ‘risco zero’.
Tradução:Mari-Jô Zilveti
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Conversando sobre Jornalismo Cientifico com Najara Ferrari


   
Najara Ferrari. Foto: arquivo
Na noite desta quarta-feira, dia 24, os alunos da disciplina de jornalismo especializado II tiveram a oportunidade de bater um papo com a pesquisadora Najara Ferrari.
Durante mais de uma hora de coletiva, a professora respondeu a diversas questões relacionadas ao panorama do jornalismo cientifico no Brasil. Analisou como o mercado tem se adaptado às novas realidades geradas pela midiatização, os programas da televisão aberta que hoje trabalham com ciência e a relação cientista e jornalista.
O modo como os principais programas que abordam a ciência hoje no Brasil, e a forma como este conteúdo é repassado ao telespectador foi um tema bastante debatido durante a entrevista coletiva.
Para a pesquisadora, é inegável que a televisão, acima de todos os outros meios, atinge a maior parcela da população Brasileira.  

  
Alguns programas citados pela professora, como o Bem Estar da Rede Globo de Televisão, conseguem passar um conteúdo didático e muito informativo, tendo sucesso em fazer, segundo ela, o chamado processo de popularização da linguagem científica, tão discutido e almejado pelos jornalistas científicos.
Najara acredita que muitos destes programas tem “tomado” o lugar antes destinado a programas infantis, porque o seu poder comercial é muito mais aceito  pelos anunciantes e muito mais rentável para as empresas de comunicação. Ainda segundo a pesquisadora, estes programas são cíclicos. Muitos deles permanecem no ar por algum tempo e logo são substituídos por uma nova temática de conteúdo dentro de um novo programa. 

Ciência na escola

A cultura da ciência dentro dos bancos escolares e a forma como é repassada para as crianças também fez parte das perguntas feitas pelos futuros jornalistas à pesquisadora.
Para ela, a maneira como a ciência é repassada não desperta  nos alunos um maior interesse em continuar a ampliar seus conhecimentos sobre a disciplina. A professora acredita que já se faz mais do que necessária a mudança no chamado padrão que os professores possuem em repassar essa matéria aos alunos.
É preciso aliar a o conteúdo teórico com uma prática que torne o assunto atraente, que desperte a curiosidade para ampliar a busca fora da escola.



A pesquisadora finalizou a entrevista, dizendo que o jornalista científico precisa hoje ficar atento aos nichos de mercado que a profissão pode oferecer. Para ela, as dificuldades de articulação no diálogo entre jornalista cientifico e cientista vão permanecer, mas a era digital que vivemos hoje, tem aberto novas possibilidades para continuar dissipando conhecimento por meio do jornalismo especializado. 

Falar de ciência na televisão: um desafio

Design dos objetos: Freepik / Tratamento: Fabiana Lemos

Você já percebeu que a ciência em geral se torna mais acessível quando é apresentada na televisão? Pelo menos a linguagem utilizada nos programas de canais abertos simplifica termos técnicos para a população.
Esse foi um dos tópicos apresentados em entrevista coletiva pela professora Najara Ferrari Pinheiro. Ela esteve presente em aula na turma de Jornalismo Especializado II, no Centro Universitário Franciscano, para discutir com os alunos sobre a midiatização da ciência. A professora é graduada em Letras-Português/Francês e em Comunicação Social - habilitação em Relações Públicas. Ainda possui doutorado em Ciências da Comunicação e Pós-Doutorado Júnior no LABLER/PPGLETRAS/UFSM. Tem ênfase em análise crítica do discurso e análise de gêneros.

Linguagem da ciência na televisão

"Os apresentadores e produtores de programas científicos são pessoas extremamente especializadas. A linguagem deles é outra. Eles são preparados, diferenciados", comenta Najara. A partir dessa análise, podemos observar que a divulgação de ciência não é simples. Simples é a linguagem utilizada: mas para conseguir "traduzir" termos específicos, é preciso conhecer a ciência e o interesse do público.
Para exemplificar a descrição do profissional que faz essa mediação, Najara citou o programa Bem Estar, da rede Globo.

Fernando Rocha e Mariana Ferrão, apresentadores do programa bem Estar
 (Foto: Divulgação/TV Globo)
"Como o meu interesse é linguagem, eu observo muito como eles utilizam os termos para explicar a ciência", conta a professora. Ela ainda enfatizou que o programa é didático. "Ali nós temos explicações claras de fenômenos que acontecem no nosso corpo e eles constroem ferramentas ou até cenários para demonstrar o que ocorre. E eles não estão sozinhos: sempre tem um profissional junto. Eles dão a informação necessária que a população precisa para esclarecer algum assunto, mas é claro que não tem a profundidade de um processo científico. Essa não é a proposta. É um tipo de serviço à comunidade: o programa contextualiza um assunto, fala porque acontece, como prevenir e dá dicas de como tratar", explica. Confira um trecho de um dos programas:





O papel da televisão 

Grande parte dos programas que tratam de saúde buscam informar a população sobre prevenção de doenças. "Cada vez mais as questões de saúde são deixadas de lado pelo governo, e a televisão procura dar atenção à prevenção de doenças", justifica Najara.
E não é só sobre saúde que os telespectadores recebem esclarecimentos: "No Globo Ecologia, quando eles decidiram falar sobre a água, tinha uma equipe de mais ou menos 20 pessoas especializadas para construir o programa. Então o que aparece não é qualquer coisa: as informações foram muito bem tratadas para chegas ao público", conta a professora. Essa é a prova de que ciência pode sim se tornar acessível a todos, mas exige uma mediação de profissionais capacitados.

Ciência para além de quatro paredes

Desmitificar a ideia de ciência como sendo algo superior ou relacionada à imagem de Einstein como um cientista maluco é o principal passo para que ela possa ser popularizada e disseminada. Tal pensamento fica evidente ao longo da entrevista coletiva com a pesquisadora em linguagem Najara Ferrari pelo alunos da disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, na noite de 24 de setembro.
Pesquisadora Najara Ferrari.
 Foto: divulgação.

Já o programa Bem-estar utiliza recursos mais didáticos para transmitir o conhecimento científico. De gráficos a bonecos ou vídeos. E no programa Fantástico alguns quadros, como o Reinos Secretos, utilizam do entretenimento para mostrar a ciência, mas de modo pouco profundo. Esses se apresentam mais de uma forma “show” para apreender a atenção e, a partir diss,o aguçar a curiosidade do público. 
A pesquisadora conversa sobre esses programas, uma vez serem eles parte da programação da televisão aberta que atinge a maioria dos lares brasileiros.
A partir desse contexto de emissora aberta, Najara acredita que a televisão, como mídia, proporciona a informação científica que a sociedade necessita. Dessa forma, um programa ou roteiro existe e permanece ou não conforme os anseios de determinado momento. Ela ainda evidencia que a produção científica existe na televisão brasileira, mas esses programas específicos levam tempo para ficarem prontos, pois envolvem uma equipe de especialistas nessa construção, e as informações precisam ser filtradas para a organização o produto final.
Albert Einstein. Foto: divulgação.
Recontextualizar situações cotidianas como modo de popularizar a ciência é maneira de desmitificá-la. Essa estratégia deve ser pensada e trabalhada em todos os níveis e meios: na escola, nas universidades, no jornalismo, nas ciências humanas.Entender que ciência é a própria vida e sua organização é primeiro passo para entendermos e respeitarmos Einstein como um gênio e não um maluco.

A ciência na TV - o encontro de linguagens


A professora Najara Ferrari participou de uma entrevista coletiva realizada pelos alunos de Jornalismo Especializado II, no Centro Universitário Franciscano. Najara, que possui doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Maria, atua como professora adjunta na Unifra e respondeu perguntas sobre as suas pesquisas acerca do discurso midiático, bem como da atual popularização da ciência em determinados programas televisivos.

Diante das perguntas realizadas pelos alunos da disciplina, Najara discorreu sobre a hibridização da linguagem utilizada pelas atrações que visam falar sobre a ciência.  A hibridização, nesse contexto, trata-se da mistura de linguagem constituída de um caráter informativo, aliada a uma linguagem voltada para o entretenimento.

A professora afirmou que o programa de TV que constitui o seu objeto de estudos, o Vida e Saúde, congrega vários assuntos, podendo ser entendido como um programa de variedades ou de entretenimento, o qual privilegia o foco nas questões que englobam o tema da saúde.


O programa Vida e Saúde, transmitido pela RBS TV, veicula entrevistas e reportagens sobre saúde, nutrição, atividade física, beleza, comportamento e terapias alternativas. A abordagem do programa, de acordo com a professora, deve ser pensada como um exemplar que se situa no limite entre o jornalismo científico e o entretenimento.


Najara também citou quadros científicos do programa Fantástico, que também possuem essa linguagem de entretenimento aliada a informações transmitidas em doses homeopáticas. Nesse contexto, a professora citou o termo infotainment, que denota essas atrações televisivas que adotam a fórmula de uma produção híbrida de informação e entretenimento, seguindo uma linha que se situa entre essa duas zonas.

Perguntada sobre a reação de cientistas diante dessa abordagem adotada pela TV, a professora respondeu que muitos dos profissionais da área da ciência não enxergam com bons olhos a linguagem adotada, pois a consideram um tanto quanto superficial. Najara Ferrari afirmou que, por meio da mescla da hibridização, tais programas conseguem atingir o público-alvo.


Ao término da conversa, a doutora em ciências da comunicação também salientou que os programas desse gênero buscam a segmentação de audiência, almejando assim atingir a um público específico.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Science blogs, a rede

O ScienceBlogs é uma rede de blogs de Ciências. Foi lançado em janeiro de 2006, com o objetivo de gerar um espaço onde seja possível discutir Ciência de forma aberta e inspiradora.  "As redes escritas em alemão e português são uma forma de tornar vozes locais em vozes globais", afirmam.
No ensino do jornalismo científico é fundamental conhecê-la, bem como reconhecer nela uma importante ferramenta de divulgação da Ciência, seus processos e dinâmicas próprias.

As análises que se seguem, de parte dos blogs do Scienceblogs, é atividade de aula e foi realizada pelos acadêmicos de jornalismo do Centro Universitário Franciscano, na disciplina de jornalismo especializado II.

O jornalismo cientifico e as novas mídias


“Os weblogs se tornaram uma prática cada vez mais constante no meio do jornalismo cientifico, é parte fundamental na chamada sociedade da convergência.”*¹

    Para as autoras, mesmo com o avanço dos estudos científicos a ciência ainda permanece marcada pela especificidade do séc. XIX que estabeleceu a separação do pesquisador e de sua subjetividade. Ainda segundo as autoras, na sociedade da convergência existe um cenário mundial em mutação e uma nova mediação social da realidade.
   Com o desenvolvimento e a intensa propagação da rede mundial de computadores, os jornalistas especializados e os cientistas encontraram uma ferramenta muito eficiente para disseminação do conteúdo explorado em pesquisas e estudos.
   Os blogs científicos surgiram como uma boa opção para difundir esse conhecimento, seja de forma individual ou coletiva. Os próprios geradores de conhecimento, como no caso os cientistas, também passaram a usa-los para poder levar até o público seus avanços na área da ciência.Mas o surgimento dos blogs, faz com que jornalistas e cientistas aumentem suas responsabilidades com a informação.
    Devido ao “tsunami” de informações geradas na internet, tem acontecido algumas gerações e postagens de conteúdo sem apuração, o que inviabiliza a criação de uma credibilidade para estes blogs.

"A complexidade da tarefa jornalística nessa área evi­dencia que o grande potencial da web, o de citar, referir e cruzar as múltiplas fontes de informação representa um desafio aos jornalistas que precisam articulá-las, uma vez que as próprias fontes podem disponibilizar os conteúdos diretamente aos leitores."*²

     Levar um conteúdo com apuração é um dos deveres de quem posta em blogs, a outra responsabilidade está em interpretar e simplificar esta propagação da informação, leva-la aos leitores com uma linguagem simples, atrativa, mas sempre conciliada com informação de qualidade.
 Na análise do blog SocialMente que faz parte do site http://scienceblogs.com.br/é possível constatar a busca desta linguagem mais simples para explicar e difundir conteúdos específicos e na maioria das vezes cercados de complexidade. A forma encontrada por este blog está na mistura de texto, imagens, fotos, vídeos e ilustrações gráficas com animação, que deixa a absorção do conteúdo postado muita fácil por partes do público que visita a página.
   Os blogs possuem alcance global e permitem que diversas formas de mídia estejam entrelaças em um único lugar.O que precisa ser revisto é a qualificação dos jornalistas científicos dentro das instituições de ensino. Há uma grande deficiência por parte de muitas academias em formas profissionais capacitados para esta pratica profissional.A produção de conteúdo jornalístico cientifico sem apuração, qualidade e tradução, mostra a falta de preparo dos profissionais responsáveis por estas produções.
     O uso do blog noticienciadigital, como é feito no curso de Comunicação do Centro Universitário Franciscano é uma forma de colocar os alunos em contato com este tipo de ferramenta propiciando um aprendizado que desenvolve a apuração de informações junto as fontes necessárias para a elaboração e uma boa matéria sobre ciência. Essa forma de exercício acadêmico proporcionado pelo uso do blogs pode ajudar a sanar uma deficiência muito constante na vida de formação de um futuro jornalista especializado. A dificuldade de apurar as informações com as fontes corretas.
    Os blogs de certa forma facilitam a construção de um conteúdo, pois tornam mais simples a o caminho para realização de uma pauta, geralmente custeiam gastos, e tem um alcance maior que outros meios de comunicação.Mas ao mesmo tempo se torna passível da construção de um material final com pouca abrangência, poucas fontes de credibilidade e principalmente com um conteúdo que não atrai o público alvo.
É inegável que está ferramenta veio para somar na construção e divulgação do jornalismo cientifico. Mas é preciso cuidado para que ela não se torne algo que coloque em cheque a credibilidade do profissional. As premissas básicas da profissão jornalista, como ética, apuração e credibilidade devem ser mantidas e defendidas sempre, independentemente de onde o conteúdo será vinculado. 

_________________________________________________________________
*¹ In O USO DOS WEBLOGS NO JORNALISMO DE CIÊNCIA, texto de Aurea Evelise Fonseca, Tássia Lima Novaes, Rosana Cabral Zucolo. 
*² Idem ao anterior

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Sobre a mente em sociedade

O vídeo da postagem sobre depressão, publicada em 26 de
agosto, já teve mais de 16 mil visualizações no Youtube.
Por que agimos como agimos? Como funciona o pensamento? Como as outras pessoas nos scienceblogs.com.br/socialmente). A página faz parte da rede de divulgação científica ScienceBlogs Brasil, cujo objetivo é tornar a ciência mais palatável ao público geral.
influenciam? Tentando responder a essas, e outras perguntas, o psicólogo André Luiz Rabelo criou o blog SocialMente (

O SocialMente surgiu da insatisfação de Rabelo com o material sobre psicologia disponível na internet. Segundo ele, o Brasil possui uma espécie de redoma intelectual, motivo pelo qual o conhecimento científico se torna difícil de acessar. Entretanto, o psicólogo garante que esta é uma realidade em transformação: “felizmente as coisas estão mudando!”.

Em vídeos, que aliam uma linguagem extremamente acessível a ilustrações, o SocialMente busca explicar aspectos da mente humana e como ela se comporta na vida em sociedade. Para entender a natureza da cognição e da ação humana, Rabelo faz uso de três vertentes: a psicologia social, a ciência cognitiva e a psicologia evolucionista. Apesar de denso na teoria, é de forma simples que o psicólogo explica como funcionam as emoções, porque temos a tendência de participar de grupos ou de que forma a depressão age em nosso cérebro.

Entusiasta da divulgação científica, André Rabelo mantém o SocialMente desde abril de 2010. Além desse, colabora nos blogs Bule Voador, página sobre humanismo e combate ao preconceito, e AstroPT, um blog de astronomia português.

Por Guilherme Benaduce

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Análise do blog Cientista S/A

O blog Cientista S/A (//scienceblogs.com.br/cientistasa )está  hospedado  no ScienceBlogs  e é escrito pela administradora de empresas Cristina Brasão e pelo biólogo Eduardo Bressa. As publicações são informativas e algumas trazem sugestões de trabalho.
O Cientista S/A apresenta “técnicas, ideias e boas práticas da administração aplicadas à realidade de um cientista, abordando temas sobre o cotidiano nos laboratórios e universidades desde a graduação até você se tornar um professor contratado”.  Algumas postagens são links para a próxima, como uma conversa com o leitor que terá que fazer uma atividade e aguardar as próximas orientações.
O blog tem de uma a três postagens por mês. A última data de 13 de setembro de 2014. Os autores utilizam texto, imagens, infográficos e outros links para constituírem seus textos. Com uma linguagem clara e objetiva, os textos são compreensíveis e de certa forma bem didáticos. Mesmo não sendo jornalistas, os autores são objetivos e preocupados com a verdade, já que escrevem informações de como proceder em uma entrevista ou apresentação oral. Esse é um dos fatores que caracteriza a plataforma como um ambiente de divulgação científica, mas não de Jornalismo Científico.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Análise sobre o blog "Meio de Cultura"


Por Rodrigo S. Gonçalves


O blog científico escolhido para análise foi o “Meio de Cultura” que faz parte do site ScienceBlogs. As publicações bem humoradas e carregadas de conteúdo informativo e curiosidades são escritas pelo microbiologista Samir Elian.


O autor consegue abordar assuntos sérios, de forma bem estruturada, com descontração e entretenimento. Começando pela descrição do próprio autor no blog, onde ele se apresenta como “um projeto de microbiologista que sabe que cultura não é apenas de bactérias - afinal, pode ser de fungos também”.

O “Meio de Cultura” aborda temas sobre bactérias, vírus, fungos, ou, como está escrito no blog, “penas micróbios”. Nas publicações estão informações sobre os benefícios e malefícios desses “seres diminutos vistos com temor por pela grande maioria dos seres humanos”, como define o autor.

Com uma linguagem acessível aos leigos em microbiologia, o autor mistura termos técnicos da área com um humor leve e descontraído. A maioria das publicações possuem imagens referentes ao assunto tratado. Muitas delas, são imagens engraçadas, como a do post “A química da cerveja”, publicado no dia 17 de março de 2013.

A imagem traz o personagem de desenho Homer Simpsons pensativo e com um dos dedos dentro do copo de cerveja, com a seguinte legenda: “Cerveja, a causa e a solução de todos os nossos problemas”.




Para teremos uma ideia sobre o lado informal do blog, esta postagem citada acima começa da seguinte forma:


“Eu não nasci há 10.000 anos atrás, mas é provável que algumas pessoas daquela época já tomavam cerveja. Não era a mesma coisa do que conhecemos hoje, claro, mas sim uma bebida fermentada a partir de cereais”.

Além de trazer exemplos engraçados para o texto, o autor também se utiliza de técnicas muito usadas em meios onlines. Uma delas são o uso de carinhas, a fim de expressar o que o autor sentiu perante determinada frase. Um exemplo é o início do post “O tal ‘meio de cultura’”, postado no dia 21 de junho de 2010.

“Corre por aí uma piadinha infame que diz que a única forma de cultura que os microbiologistas conhecem é a cultura de bactérias. ¬¬” Eu, geralmente, brinco dizendo que também existe cultura de fungos(!).”


Neste trecho percebemos que a palavra “infame” está sublinhada, que uma das frases foi encerrada com o sinal (¬¬), a fim de salientar tal desconforto sobre a afirmação e o último recurso utilizado foi o ponto de exclamação entre parênteses.


A interação com o público é grande. Os leitores deixam comentários nos posts parabenizando pelo texto escrito ou, até mesmo, mostrando reações surpresas e engraçadas sobre a postagem. Muitos deles enviam sugestões, recebendo um feedback do autor.

Um exemplo dessa interação pode ser visto nos comentários da última postagem do blog, feita no dia 03 de setembro de 2014, intitulada “sobre o meu dia do biólogo…”. Nesta postagem, Samir fala sobre o dia do biólogo e faz uma brincadeira sobre o esquecimento de algumas datas comuns, como o dia do próprio aniversário. “Eu sou tão desprendido com datas, que do meu aniversário, ao aniversário da minha mamãe (espero que ela não esteja lendo isto) eu coloco lembretes anuais para não me deixarem olvidar tais datas”.

Na postagem, foram postadas fotos de mensagens que o autor recebeu via celular e um dos comentários postados sugere que seja feita uma alteração para os números dos telefones não sejam divulgados.



O leitor Roberto Takata deixou a seguinte mensagem: 03/09/2014 às 11:36 pm – “Melhor editar as imagens pra apagar os números dos celulares. E parabéns pelo dia”. Em resposta, o autor não deixou de lado o bom humor e respondeu: 03/09/2014 às 11:39 pm – “É a emoção do dia… Já estou resolvendo isso!”, concluindo com um segundo comentário: 03/09/2014 às 11:47 pm – “Resolvido! Obrigado 2x, Roberto! Pelo alerta e pelo dia do biólogo! Abraço!”.


Dessa forma, irreverente e descontraída, o blog tem como parte de seus objetivos explorar a relação dos microrganismos com o hospedeiro humano na saúde e na doença. Como também, seu papel na ciência, na natureza e na indústria. Vale a pena conferir o “Meio de Cultura”, que também tem perfil no Facebook e no Twitter, e ficar por dentro do mundo desses “verdadeiros benfeitores” que permitem a vida existir.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O caminho da comunicação

Ezekiel Dall'Bello

          Comunicação e sociedade sempre caminharam juntas, acompanhando uma a outra no desenvolvimento do mundo. Comunicação que abrange informação e conhecimento, que transmitem as mensagens e dados necessários a qualquer tipo de atividade. Logo, para as mais diversas tarefas de nosso cotidiano, nos vemos reféns da comunicação.
Desde os tempos mais primórdios, os hominídeos utilizavam de gritos para se comunicar no momento exato da caça, de um ataque, o que lhes garantia sua sobrevivência. Genghis Khan, antigo imperador mongol, utilizava-se do artifício semiótico do fogo para representar manobras militares. O império romano, maior potência militar de todos os tempos, ganhava guerras e batalhas com caminhos desenfiados em seu território, por onde transitavam seus mensageiros, com as ordens de combate e informações inimigas.
Como bem vemos, comunicação e sociedade sempre caminharam juntas trabalhando no desenvolvimento da nação, ratificando o que encontra-se supracitado. Em pleno século XXI, podemos afirmar que isso não mudou. As normas, técnicas e meios podem não ser os mesmos, mas os objetivos dessa “união” ainda permanecem.
No campo da comunicação, é indiscutível a importância da tecnologia no avanço da humanidade, em todos os quesitos. Analisando o que se faz objeto de nosso estudo, justifiquemos tal afirmação exemplificando a facilidade proporcionada pela substituição das cartas pelo celular, da máquina pelo computador, do rádio pela internet. A mudança é gritante, o ritmo acelerado, e os avanços, uma dádiva.
No campo do jornalismo, os exemplos continuam em uma linha evolucional um tanto tênue entre a genialidade e a loucura. A tecnologia, como exposto anteriormente, facilitou muito os fazeres e afazeres comunicacionais, nisso enquadrando-se, também, o jornalismo. Entretanto, aguçou os sentidos mais instrínsecos do jornalista em ousar, haja visto que os limites da mídia eletrônica passam despercebidos e irreconhecíveis.
Sintetizando, queremos compreender que a interatividade proporcionada pelo digital em contraponto ao jornal no papel, à notícia vista, é algo um tanto quanto louco, e que desperta as vontades e tentações do comunicador, bem como daquele que lhe segue.
As notícias antes apenas vistas em jornais e revistas, ouvidas no rádio, passaram a ser assistidas na fantástica televisão, revolucionária até então. Hoje, a internet conseguiu reunir todos os meios citados em um toque de “mágica”, melhorando-os, uma vez que reúne o áudio, a imagem, o texto e a interatividade, dando voz ao leitor/internauta.


Análise do blog Haeckeliano

Ezekiel Dall'Bello

Haeckeliano considerações deselegantes de um darwinista incorrigível
        

O Blog incorpora uma área muito abrangente na qual diversas mídias podem ser utilizadas no mesmo suporte. “Haeckeliano” foi criado em Fevereiro de 2012 por Fabio Machado, Pós-Graduando em Biologia Evolutiva, enquadrando-se como um endereço de cunho científico-opinativo. Dentre os principais temas abordados pelo administrador/autor, encontram-se em destaque ciência, evolução, ateísmo e ceticismo.
A última postagem encontrada no blog é intitulada de “Lugar de tigre é no zoológico”, de 04 de Agosto de 2014, enquadrada nas categorias “animais” e “divulgação científica”. Nesta postagem, podemos analisar que em uma primeira instância, Fabio apresenta sua visão sobre um recente ataque de tigre a uma criança em um zoológico, demarcando o principal objeto dos blogs: o cunho opinativo.
Porém, o autor não deixa de lado, também, na mesma matéria, a complementação científica que seu endereço eletrônico promete, cedendo logo em seguida informações técnicas do animal em questão e conceitos biológicos. Entretanto, em meio aos dados expostos, como número de espécimes e ameaça de extinção, sua linguagem permanece de maneira coloquial e opinativa, com um alto grau de singularidade, o que favorece a compreensão de todos os públicos.

O ensino do jornalismo científico enfrenta dois tipos de resistência: o não entendimento da ciência enquanto processo de conhecimento e, em consequência, a dificuldade cognitiva em relação às informações produzidas nesse campo (Fonseca, Zucolo e Novaes; p. 88)

            Esse tipo de linguagem utilizada por Fabio Machado é extremamente produtiva para o jornalismo científico, uma vez que ele utiliza de seu blog como uma ferramenta de suma importância à popularização da ciência e democratização do conhecimento. Afinal, a linguagem é de compreensão dos peritos aos temas até os leigos no assunto, além de esta linguagem está de fácil acesso a todos.
Não só de fácil acesso, mas de simples compartilhamento também. Isto é, seu blog tem a possibilidade de ser promovido/apresentado/divulgado em outros endereços, como Facebook e Twitter, redes sociais de grande fluxo de informações e mensagens. só de fácil acesso, mas de simples compartilhamento também.







É de se observar que a técnica utilizada por Fábio, na maioria de suas postagens, é ligar um fato, um acontecimento social, normalmente de conhecimento público, à uma teoria científica. Assim, atrai o leitor pela notícia factual e lhe envolve com o conhecimento científico repassado em uma segunda intância ao texto ou permeado no mesmo. Exemplos disso são o próprio texto “Lugar de tigre é no zoológico”, citado anteriormente, e a postagem “Afinal, por que #somostodosmacacos?”, em que associa um fato de racismo no futebol com a teoria evolucionista.





Os blogs estão cada vez mais crescendo de importância justamente pelo modo singular de tratar a informação. No caso analisado – jornalismo científico – é de se ressaltar a técnica e a linguagem utilizados por Fabio Machado no auxílio à compreensão do assunto. A informação é disseminada e o produto informacional segue uma crescente, à medida em que é compartilhado e comentado.
A importância da análise dos blogs de jornalismo científico por parte dos jornalistas se destina ao estudo dos métodos e modos produtivos da notícia e/ou matéria em questão, comparando com estudos de autores do ramo, como Cláudio Bertolli, que friza a imprescindível necessidade da boa compreensão do texto por parte do leitor/internauta acima de tudo. Objetivo este que é fielmente seguido por Fabio Machado, com maestria e singularidade na administração de seu blog, alcançando o objetivo de informar a ciência com clareza e simplicidade. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A ciência do comportamento humano: análise do blog O Divã de Einstein






O blog científico O Divã de Einstein faz parte do site ScienceBlogs e é escrito pela psicóloga Ana Arantes. As publicações são carregadas de conteúdo informativo, curiosidades e bom humor. A autora consegue abordar assuntos sérios, de forma bem estruturada, com descontração e entretenimento.

O Divã de Einstein aborda o comportamento humano “em todas as suas possibilidades, esquisitices e extravagâncias de maneira científica e baseada em evidências”, como Ana descreve. Em algumas postagens, ela também traz outros assuntos e pede a interação dos internautas. Eles realmente participam: enviam perguntas, fazem comentários e opinam por e-mails que depois são citados no blog. Dessa forma, Ana exerce um papel de esclarecedora de dúvidas sobre um tema específico.

Apesar do numeroso feedback, a última postagem foi em janeiro de 2014. Em uma análise das publicações mais antigas, percebe-se que a autora atualiza o blog com intervalos de meses ou até de um ano. Esse é um dos fatores que caracteriza a plataforma como um ambiente de divulgação científica, mas não de Jornalismo Científico. A autora não utiliza as regras e características do Jornalismo, é uma profissional que não tem formação na área de comunicação e não dedica-se ao blog com periodicidade. Aliás, essa não é a proposta dela, nem mesmo a função que ela tem.

Na última publicação foi tratado um tema pertinente na época: o autismo, baseado na novela Amor à Vida, da Rede Globo. Na trama, a personagem Linda era um indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ou pelo menos era o que o autor da novela queria que fosse. A psicóloga enfatiza na publicação do blog: “a personagem [...] NÃO É AUTISTA, ok? [...] As características demonstradas pela Linda no desenvolvimento da personagem são confusas e muitas vezes jamais se enquadrariam nas características de pessoas com TEA”.

De acordo com Ana, a caixa de e-mail dela começou a lotar com mensagens de pessoas que faziam perguntas sobre o autismo da personagem. A postagem no blog serviu para esclarecer dúvidas sobre quais são as características de um autista e como ele se comporta. Ana ainda critica a forma como foi mostrado o tratamento psicológico, alegando que a evolução nunca é imediata e não passa por apenas um profissional, ao contrário do que a novela retratou.

Outras publicações ainda tratam de temas interessantes como inventores, ética, homofobia, tratamentos psicológicos e testes cerebrais. É uma pena que o blog não tenha postagens constantes.

Crônicas das Moscas - Blog científico

Escrever sobre astronomia, biologia, física quântica e outros campos científicos utilizando elementos do cotidiano que vão de um simples passeio na rua ao filme dos Vingadores, essa é a proposta do Crônicas das Moscas, blog que registrou sua postagem de estreia no mês de março de 2009.

Ainda que não tenha postagens diárias, o Crônica das Moscas a cada mês apresenta um significativo número de publicações.

As duas mentes por trás dos textos são dois cientistas que atuam na área da biologia: Felipe Benites e Natália Dörr. Ambos redigem, em meio a palavras herméticas como "evolução simbiótica, metazoários e regulação gênica", textos de fácil compreensão, com um leve toque pessoal, que aliam a ciência com  aspectos da vida diária. Um exemplo disso é um breve texto sobre simbiose e micróbios, em que o autor Felipe Benites teceu, com leve tom humorístico, a interação entre seres microscópicos. Confiram esse trecho:

"Um protista nomeado Hatena Arenicola fica cuidando dos seus próprios negócios, indo com a maré e fazendo sua refeições de outros menores..."

Também é pertinente salientar que a maioria dos textos possuem fonte de onde foram originadas as matérias, bem como links que conduzem o leitor para outros sítios de mesmo assunto.

Os textos apresentados são ricos em imagens que podem ser de cunho científico (infográficos, fotos de galáxias, moléculas) bem como vilões de histórias em quadrinhos.



No âmbito da discussão do jornalismo científico, o blog possui uma interessante maneira de divulgar e abordar a ciência para o público que não é afeito a resolver complexas equações newtonianas ou estudar a fundo a estrutura do corpo humano. 



Ainda que não tenha um bom número de comentários em todas as postagens (fenômeno que acomete a maioria dos blogs atuais), é interessante aferir o quanto os textos se utilizam de uma linguagem simples, mas com o mérito de não ser simplória. Ou seja, o blog explana conceitos científicos para o público, mas sem torná-la um assunto banal.

Colecionadores de Ossos, o blog

O blog Colecionadores de Ossos escrito por Aline Ghilardi, graduada em Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e mestre em Ecologia,  teve sua última postagem em 6 de agosto de 2014.
O blog tem uma linguagem de fácil entendimento, com textos curtos, claros e muitas curiosidades sobre o mundo da paleontologia. A autora faz referências ao filme Jurassic Park ao se referir a época dos dinossauros e aos fósseis que ainda são encontrados.

Costela encontrada junto aos materiais de Brasilotitan. Foto de William R. Nava

É uma página on line com fotos condizentes aos assuntos tratados, traz vídeos e charges engraçadas e algumas “críticas” que a bióloga  linca com a paleontologia.
Do ponto de vista do jornalismo científico, esse blog pode ser usado como suporte para compreender melhor o assunto em questão, pois não abusa de termos técnicos da ciência. Para os que gostam de escavar e fazer novas descobertas, de fósseis dos nossos antepassados, como os dinossauros que viveram há milhões de anos atrás. 

O uso de weblogs no jornalismo de ciência

Texto do dia

O uso dos weblogs no jornalismo de ciência, artigo de autoria das professoras Aurea Evelise Fonseca e Rosana Cabral Zucolo e  da jornalista Tássia Novaes Lima, publicado no livro Estudo das Mídias: comunicação, cultura e consumo, pelo Centro Universitário Franciscano em 2011, páginas (79-97), e disponibilizado no blog do Laboratório de Pesquisa em Comunicação.
O texto analisa os processos interativos associados aos recursos multimidia característicos da internet, ressaltando as transformações do jornalismo on line em redes de alta velocidade e o espaço que a informação de ciência encontra nela. Discute o uso de weblogs no ensino do jornalismo científico, com base na experiência do Noticiência, este blog, portanto, criado para o exercício de produção e divulgação de matérias de ciência. Analisa também  o aprendizado do aluno ao mergulhar numa dimensão de ambiente similar ao espaço profissional em transformação, experimentando o alcance e a agilidade da informação e do seu trato, a partir da investigação, apuração, mediação, interpretação e produção de matéria jornalística de
ciência.