Blog voltado ao ensino do jornalismo científico e à reflexão sobre a popularização da ciência.
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terça-feira, 30 de setembro de 2008
Equipe de pesquisa da USP produz primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias
A equipe conseguiu remover células tronco de um embrião e fazer com que estas células se multiplicassem in vitro. As primeiras linhagens de células-tronco humanas foram desenvolvidas nos Estados Unidos em 1998.
Em 29 de maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal deu aval para a realização de pesquisas com esse tipo de célula no Brasil; antes, as pesquisas não eram proibidas, mas muitos pesquisadores ficavam receosos de continuar os procedimentos em razão do impasse jurídico. No entanto, mesmo no período em que não havia a permissão, os ministérios apoiaram financeiramente as pesquisas.
Há cerca de três meses, os pesquisadores conseguiram que uma das células do embrião começasse a se dividir em laboratório. Desde então, eles passaram a fazer com que essas células se multiplicassem, até um número suficiente para atestar que eram pluripotentes - ou seja, com capacidade de se diferenciar em uma série de tecidos diferentes do organismo. Essa semana, uma análise confirmou essa capacidade das células, e garantiu centenas de milhões das mesmas, para serem utilizadas em pesquisas por mais algum tempo.
O objetivo dos pesquisadores é fornecer as células também para outras equipes que estudam o assunto, como para fins terapêuticos e cura de doenças. A lei de Biossegurança permite a utilização das células-tronco embrionárias fertilizadas in vitro e não utilizadas. Os embriões, no entanto, devem estar congelados há três anos ou mais e ter a autorização dos “pais” destas células. A comercialização do material é proibida.
Fonte: Folha Online
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Plantas à prova de mudanças climáticas
Fonte: BBC
sábado, 27 de setembro de 2008
Inteligência artificial, facilidade ou substituição da mão-de-obra humana?
Robôs que falam, fazem compania, limpam a casa, fazem cruzadinhas, jogam uma partida de xadrez (e ganham), contam histórias para as crianças e dão banho nos idosos. Aviões que voam sozinhos, proteses para o corpo humano realizando movimentos perfeitos. Não se trata de um filme de ficção, mas sim da chamada inteligência artificial.
A inteligência artificial, área de pesquisa da ciência da computação, é dedicada a buscar métodos computacionais que possuam ou simulem a capacidade humana de resolver problemas ou pensar.
O professor de Ciência da Computação do Centro Universitário Franciscano, Guilherme Dhein, justifica a importância da Inteligência Artificial. “Com o acúmulo crescente das complexidades nas relações e na quantidade de informação disponível, é necessário fornecer aos sistemas computacionais formas inteligentes de manipular os dados, auxiliar os tomadores de decisão, interagir com os usuários”, explica.
O próprio cinema já abordou a temática emocionando muitas pessoas em filmes como “AI, inteligência artificial”, onde um casal tenta susbtituir a perda de seu único filho por um jovem robô. “Eu, robô” é outra representação cinematografica de um mundo onde todos confiam em robôs. A questão é até que ponto a ficção se mistura com a realidade de hoje.
Recentemente no Japão, cientistas da Machine Industry Memorial Foundation afirmaram que robôs poderão substituir cerca de 3,5 milhões de pessoas até 2025 e resolver a falta de mão-de-obra no país, já que enfrenta uma crise de queda de força de trabalho devido ao crescimento do número de idosos. A justificativa da empresa é que as pessoas possam ter mais tempo para se focarem em coisas mais importantes.
Nos Estados Unidos, uma nova criação é um helicóptero com 1,2 metro de comprimento que voa sozinho. Avaliado em US$ 4 mil, a máquina provida de inteligência artificial, faz manobras e dá piruetas no ar. A idéia é que a máquina auxilie em missões militares.
No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Reading criaram um conjunto de neurônios que controla um robô em laboratório, os neurônios capturam sinais elétricos e fazem com que o robô chegue perto de um objetos e mande de volta os sinais. A expectativa é que a rede neurologica aprenda a se desviar de objetos e lembre de caminhos, tudo isso para estudar o funcionamento do cérebro.
A inteligência artificial, pode sim facilitar a mão-de-obra humana vista pelos seus criadores. Mas até que ponto chegam as novas tecnologias? Serão capazes de substituir o homem ainda mais? Vale ficar de olho.
Concursos estimulam a pesquisa científica nas escolas gaúchas
A Secretaria de Educação do estado do Rio Grande do Sul reuniu trabalhos de escolas técnicas do núcleo quatro da mostra, que tem como participantes as Coordenadorias Regionais de Educação de Estrela (3ªCRE), Santa Cruz do Sul (6ªCRE), Santa Maria (8ªCRE), Cruz Alta (9ªCRE) e Cachoeira do Sul (24ªCRE). O evento, sediado neste ano em Santa Maria, premiou os três primeiros colocados na mostra com troféus e medalhas. Os seis trabalhos classificados no quadro geral foram divulgados o dia 27 de agosto e irão participar em outubro da 2ª Feira Estadual de Educação Profissional (Fecitep), promovida pela Superintendência de Educação Profissional da Secretaria Estadual da Educação (Suepro/SEC), em Porto Alegre. A mostra mobilizou a comunidade escolar na construção dos princípios científicos-culturais, por meio da exposição dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos nas escolas de Educação Profissional. De acordo com A 8º Coordenadoria Regional de Educação, das 37 escolas estaduais de Santa Maria, 23 escolas possuem laboratórios de informática. São em média 24 computadores por laboratórios. Segundo o MEC, até 2010 todas as escolas da rede pública estarão conectadas a internet via wireless. O laboratório de informática incorpora-se nas rotinas de aprendizado e pesquisa.
Por Diogo Viedo
Um em cada dez brasileiros sofre de Hipertensão
A hipertensão caracteriza-se quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou, popularmente, 14 por 9.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) alerta para os fatores de risco: consumo de bebida alcoólica, casos de hipertensão na família, excesso de peso, abuso do sal na alimentação e diabetes.
Dalva Maciel, dona de casa, tem 46 anos de idade e há cinco toma remédios para tratar a hipertensão. Além disso, reduziu o consumo de sal na comida e faz caminhadas diárias de 50 minutos. O curioso é que não manifesta os sintomas da doença. “Minha pressão chegou a 20/11 e essa foi a única vez que me senti um pouco mal. Não dormi bem aquela noite. Tive forte insônia. Normalmente, nunca sinto nada. Isso é estranho. Assim não me cuido como deveria”, justifica.
Estudos realizados pela OMS garantem que, um ano após o diagnóstico da hipertensão, mais da metade dos pacientes abandonam o tratamento. Daqueles que continuam a terapia, apenas 50% tomam todos os medicamentos prescritos. Em decorrência disso, 75% dos pacientes diagnosticados não conseguem atingir níveis de pressão recomendados pelo médico.
Os riscos para quem não faz o tratamento correto são diversos. Segundo o Dr. Cardiologista Carlos Alexandre Segre, da Sociedade Brasileira de Hipertensão, o hipertenso tem o risco aumentado de apresentar: derrame, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, isquemia, insuficiência cardíaca, paralisação dos rins e lesões nas artérias, entre outras doenças do coração.
A prevalência estimada de hipertensão no Brasil é de 35% da população acima de 40 anos. Engana-se, porém, quem pensa que a enfermidade atinge apenas as pessoas dessa faixa etária. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que toda criança deve ter sua pressão medida durante as consultas médicas, pelo menos uma vez ao ano, a partir dos três anos de idade. A diferença em relação aos adultos está na forma de tratar – não-medicamentosa. Na maioria dos casos de hipertensão infantil, as modificações no estilo de vida, como dieta e atividade física, são suficientes para reverter o quadro.
Cerca de 75% das pessoas hipertensas procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento. Para atende-las, o Ministério da Saúde dispõe de um Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, que compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos da doença. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.
Dicas para tratar a Hipertensão
- Evite ficar parado. Caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador;
- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas;
- Tente levar os problemas do dia-a-dia de maneira mais tranqüila;
- Mantenha o peso saudável, através de uma alimentação adequada e exercícios regulares;
- Compareça às consultas regularmente; não abandone o tratamento; e tome a medicação de forma criteriosa, conforme orientação médica.
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
O uso indiscriminado de substâncias a base de paracetamol
As tarjas vermelhas e pretas, contidas na maioria dos remédios, não fazem parte da embalagem de um dos remédios mais vendidos em grande parte das farmácias, o paracetamol.
Na drogaria em que trabalha a atendente e técnica em farmácia,Carina Felimberti, o paracetamol é o medicamento mais vendido. Por semana se comercializa cerca de 50, entre o produto em comprimido e o em gotas. “De 10 pessoas que vem comprar o remédio, apenas 3 trazem receita médica. Elas compram o paracetamol porque é barato e é antigo”.
Pessoas como o gerente administrativo, Márcio Medina, costumam usar o medicamento, no mínimo, uma vez por semana, quando sentem-se incomodados por dores de cabeça. “Nunca me preocupei com a utilização excessiva de um remédio para dor de cabeça ou febre. No meu entendimento se não houver abuso da dose diária recomendada os riscos a saúde devem ser mínimos, até porque se ele fosse muito forte ou prejudicial deveria ter classificação de uso restrito como os de tarja vermelha ou preta e isso não parece ser o caso”.
Segundo informações da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul, os analgésicos menores (comuns) não causam dependência, mas podem trazer problemas se usados em excesso e por um longo período. O abuso de paracetamol, por exemplo, pode causar, cirrose.
Como grande parte das pessoas desconhece os efeitos colaterais do paracetamol, é importante atentar para a combinação dele com outros remédios que contenham a mesma substância em seus princípios ativos.
O site da ANVISA traz a dosagem correta do uso do paracetamol.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
O crédito da discórdia
Independente do que se diga – é consenso que urge a necessidade de se rever conceitos e atitudes que possam preservar a sustentabilidade do planeta. Aviltar o meio ambiente em nome do progresso não é mais visto como um ônus aceitável para se atingir metas de crescimento. A crescente preocupação com a questão ambiental está norteando as relações entre poder público e iniciativa privada pelos quatros cantos do planeta.
Por ano são lançadas mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera – o principal gás causador do aquecimento global. Uma das determinações do Protocolo de Quioto instituiu o mercado de carbono como um dos mecanismos para reduzir os custos no corte de emissões. Seja visto como uma concessão para poluir ou uma ferramenta para amenizar a ação predatória do homem - a comercialização de créditos de carbono não fica limitada ao Protocolo de Quioto.
O mercado global de carbono deve movimentar mais de US$ 100 bilhões só em 2008. Por aqui, o Departamento de Desenvolvimento de Mercado da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) acredita que ainda neste ano o Brasil deva comercializar créditos de carbono provenientes de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Entraves burocráticos e falta de regulamentação impedem o ingresso do país neste novo mercado. Países signatários que precisam reduzir as emissões de gases do efeito estufa estão disponibilizando US$ 1 bilhão para esse mercado em transações comerciais.
Cresce o número de bolsas de carbono – Bolsa do Clima de Chicago, Bolsa do Clima Européia, Bolsa de Energia da Áustria, no Brasil a BM&F (trabalha por enquanto somente com o leilão de créditos de carbono). Integram a lista ainda países como Alemanha, Índia, França. O lobby verde ganha força e mostra ser o novo filão do mercado econômico.
DANÇA PARA UM ESTILO DE VIDA MAIS SAUDÁVEL
A divulgação científica também procura atender a qualidade de vida
Hoje, a atividade física está apoiada em vários fundamentos científicos. É preconizada como indicador de qualidade de vida em todas as faixas etárias de caracteres saudáveis e/ ou comprometidos. A motricidade como termo mais atual se divide em aprendizagem motora e reaprendizagem, associando fatores dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.
Segundo a estudiosa Marlene Salvador, que fez mestrado na Universidade do Contestado em Concórdia, Santa Catarina sobre a importância da dança como atividade física na terceira idade, a qualidade de vida dos indivíduos que praticam algum tipo de dança é superior aos que praticam outro tipo de exercício físico. “É comprovado que a dança traz maior benefício do que caminhada, corrida ou musculação. Entre as atividades aeróbicas, a dança é a mais alegre e todos podem participar, desde o mais lento até o mais agitado”, diz ela.
Marlene comenta que as pessoas da terceira idade geralmente tem propensão à osteoporose, desgastes articulares, doenças cardiovasculares e outras. Ela constatou na dança, como exercício físico, quando bem aplicada e orientada, pode proporcionar a sensação de bem-estar. “Isso acontece por conta da liberação de hormônios. Também incrementa a força muscular e massa óssea do indivíduo, colaborando com a prevenção de doenças cardiovasculares”, diz a estudiosa.
DANÇA COMO EXERCICIO ESCOLAR
Segundo o livro Atlas do Esporte no Brasil a dança esta engajada como atividade física, tanto que já proporcionado como instrumento pedagógico para educação física nas escolas estaduais. Ela ajuda a garantir a independência funcional do indivíduo através da manutenção de sua força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais totais e mudanças do estilo de vida. É uma prática terapêutica que alivia as tensões e o estresse do cotidiano. Corrige a postura, desenvolve a sutileza, prepara o controle motor, além de corrigir desvios posturais como lordose, cifose, escoliose e problemas nos membros inferiores, como, joelhos e pés.
Praticantes e profissionais afirmam a importância e o prazer que do ser humano em experimentar a existência de suas articulações, o limite de sua força, o prazer de transformar o seu corpo num instrumento para extravasar suas emoções, seus sentimentos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Ameaça ambiental
Impunidade ambiental é tema de estudo
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazonia (IMAZON) divulgou um estudo que propõe o cumprimento de preceitos legais que exigem a exposição dos infratores. Segundo o estudo, entre 2001 e 2004, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aumentou em 180% o valor de multas na Amazônia, mas apenas 2% do total foi arrecadado.
O conjunto de dados sugere que o problema do desmatamento é intimamente relacionado à impunidade ambiental. Por exemplo, aproximadamente 80% do desmatamento no Mato Grosso, entre agosto de 2005 e julho de 2006, foi ilegal. Ainda segundo o estudo, pelo menos 43% da madeira que foi explorada no ano de 2004 não cumpriu os parâmetros legais exigidos.
E o problema vai mais longe. De um total de 100 multas ambientais aplicadas pelo órgão ambiental estadual em Mato Grosso, apenas 1,7 foi paga às autoridades até 2005. O estudo lembra que a legislação brasileira impõe transparência na divulgação das infrações e penalidades ambientais, disponibilizando Diários Oficiais e autos de infrações e penalidades em locais de fácil acesso, o que, no entanto, não ocorre, segundo os pesquisadores.
"A divulgação da lista de infratores ambientais, também chamada de lista suja ambiental, poderia contribuir de várias maneiras para reduzir essa impunidade. Primeiro, facilitaria a imposição de restrições indiretas aos infratores - inclusive pressão de mercado - para forçá-los a cumprir a lei", informa o documento elaborado pelo Imazon. Segundo eles, essa pressão já ocorre na Amazônia, e essa divulgação possibilitaria que outros agentes impusessem mais formas legais de responsabilização ambiental. Isso serviria para reduzir a alta impunidade do setor, afirmam.
"É urgente que os órgãos ambientais passem a cumprir a obrigatoriedade de divulgar a lista para melhorar o controle ambiental no Brasil", propõe o estudo. "É preciso ter em mente que, além da divulgação da lista, a punição efetiva dos infratores dependerá da aceleração dos processos administrativos e criminais que levam ao pagamento das multas, à reparação do dano ou à compensação ambiental", concluem.
Fonte: Repórter Brasil
Para ver algumas áreas de atuação do Ibama, vale a pena acessar esse link: SisCom - Sistema Compartilhado de Informações Ambientais. Ali, você encontrará um mapa interativo de todo o Brasil.
Por Bibiane Moreira
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Florestas antigas capturam carbono
Nos últimos 10 anos ou pouco mais, os murmúrios iniciais de desacordo quanto a essa hipótese começaram a se intensificar, e projetos individuais de pesquisa vieram a constatar que até mesmo as florestas muito velhas eram capazes de armazenar carbono graças ao crescimento de árvores, ao acréscimo de árvores novas e ao decréscimo no ritmo de respiração das árvores mais velhas.
A partir da metade dos anos 90, projetos de coleta de dados mais sofisticados mediram os fluxos de carbono em florestas de todo o mundo. Um trabalho particularmente importante era a troca de dados entre os membros da Fluxnet, uma rede mundial de torres de observação que medem a troca de dióxido de carbono, vapor de água e energia entre os diferentes ecossistemas e a atmosfera, em diversos pontos do planeta.
A conclusão dos pesquisadores, publicada em artigo na revista Nature, é que as florestas mais antigas continuam, em geral, a absorver carbono. As florestas primárias nas regiões boreais e temperadas, que respondem por 15% da área florestal do planeta, aprisionam cerca de 1,3 gigaton de carbono por ano, com margem de erro de meio bilhão de toneladas de carbono.
Isso equivale a cerca de 10% da produtividade líquida da absorção nos ecossistemas mundiais, uma capacidade que antes não era computada ou era atribuída a fatores diferentes.
Fonte: www.noticias.terra.com.br/ciencia
Algodão transgênico garante a proteção da lavoura
O grupo de Kong-Ming Wu, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, estudou dados agrícolas de 1997 a 2007 sobre a cultura do algodão Bt no norte da China, além de checar as populações das pragas, especialmente a lagarta da espécie Helicoverpa armigera. O Bt não faz mal a humanos, mas é letal para lagartas de borboletas e mariposas, que atacam plantas como o algodão.
O algodão estudado foi modificado para produzir o inseticida Bt (derivado da bactéria Bacillus thuringiensis). A equipe de cientistas estudou várias culturas plantadas em seis Províncias chinesas, cobrindo 38 milhões de hectares. Desse total, três milhões de hectares eram de algodão Bt.
As lagartas de Helicoverpa armigera costumam atacar o trigo na sua primeira geração, e migram para algodão, milho, soja, amendoim e legumes em gerações subseqüentes.
Nos EUA, isso virou norma cada fazenda de algodão tem de reservar uma parte da terra para algodão não-transgênico. No caso chinês essa solução seria mais difícil, pela necessidade de instruir milhões de camponeses. Mas a prática chinesa de plantar diversas culturas --como soja, amendoim e milho-- próximas ao algodão cria, na prática, os refúgios nos quais as pragas podem viver sem a pressão de terem de adquirir resistência ou morrer.
Fonte: WWW.uol.com.br/ambiente
Número de espécies ameaçadas de extinção quadriplica
Segundo dados da pesquisa, em 1992 eram 108 o número de espécies ameaçadas. Em 2008, são 472. Dentre os biomas mais devastados estão a Mata Atlântica, o Cerrado, e a Caatinga. Quando se fala em estados brasileiros, os que registram maior número de ameaças de extinção são Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
A notícia ainda traz uma curiosidade: a primeira Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção foi editada em 1968, com apenas 13 nomes. Em 1980, mais 13 foram incluídas. Entre as principais plantas ameaçadas, estão aquelas utilizadas para fins alimentícios, medicinais e cosméticos, a exemplo do palmito.
Arroz para o combate a cólera
Esse tipo de arroz está sendo usado na alimentação de ratos, que já desenvolveram anticorpos contra a cólera. Usado como vacina oral, não necessitando de agulha e refrigeração, o arroz estimula também a geração de anticorpos na mucosa da boca, criando uma primeira linha de defesa contra o vibrião colérico. O estudo abre a possibilidade de usar a mesma estratégia no combate a outras doenças contraídas pelas mucosas, como a Aids e a Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês).
Mas para que este método possa ser utilizado por humanos, os cientistas dizem que primeiro será preciso multiplicar pelo menos por dez a dose da vacina por cada grão de arroz. Com resultados positivos, os cientistas também começaram a fazer testes com ratos para a vacina contra a gripe, nesse mesmo formato.
O arroz aparece como uma alternativa mais fácil para a imunização em países em desenvolvimento, já que não precisa de muitos cuidados, podendo ser armazenado por um período de até um ano e meio. Podendo ser distribuída para grandes populações, esse método chega a ser apontado como uma solução para o caso de bioterrorismo.
O cotidiano nas provas de seleção
A elaboração da prova do vestibular em vários estados do país é a confirmação do processo de transformação que altera o modo de compreensão da humanidade.
Ao contrário de questões estanques, conteudistas e limitadas a sua área de abrangência, temas geradores que permitem a interação de várias áreas. A prova de química interage com a física, porque a física já questiona a biologia e todos se encontram na matemática, mas também surge o português que atualiza as regras gramaticais de um modo contextualizado. E a filosofia? Questiona todas e provoca ainda mais a prática de pensar.
O universo ganha, a educação se dinamiza e se estabelece como meio de transformação. A ciência chega na sala de aula não somente acompanhada de livros didáticos. Ela chega atualizada através de jornais, revistas, blogs que cruzam informações de todas as áreas como um grande campo. Assim se fortalece a idéia de interação de conhecimentos e a nova abordagem de seleção resgata a consciência de percepção da humanadade que deve perceber os atos cotidianos como resultado de ações químicas, biológicas, físicas e emocionais.
II Encontro Nacional de Rádio e Ciência acontece em Belo Horizonte
O objetivo do encontro é discutir questões como jornalismo científico e popularização da ciência, utilizando o potencial do rádio para a democratização do conhecimento.
O jornalista científico Gareth Mitchell, da Rádio BBC de Londres, fará a palestra de abertura. Também estará presente a jornalista Elisabetta Tola, da Rádio Nacional Italiana, que relatará a sua experiência em programas científicos veiculados pelo rádio.
A programação prevê mesas-redondas, painéis com relatos de experiência, oficinas de capacitação e espaço interativo, que deverão favorecer a troca de informações entre os participantes.
O evento, que acontece no auditório da Reitoria, no campus Pampulha, foi realizado em parceria com o MCT.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24, pelo site: http://www.ufmg.br/radioeciencia.
Construção politicamente correta
A nova tendência das construções ainda está devagar na conquista de espaço. Apenas cinco empresas em todo o Brasil fabricam os tijolos, e a maioria delas se situa no eixo Rio-São Paulo. Porém, todas possuem a regulamentação concedida pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Com um aspecto totalmente inovador que permite total estabilidade estrutural, eles vêm fazendo sucesso nas obras, pois além de contribuir com o meio ambiente, proporcionam ainda uma economia de até 20% no final da construção .
Os modulares de solo-cimento, como também são conhecidos, contribuem para a eliminação de desperdício de material e garantem agilidade no serviço. Podem ser encontrados no mercado em três formatos diferentes: tijolo inteiro, meio tijolo e canaleta. Em função de seus furos terem um formato maior que os tijolos normais, é permitido que toda a instalação de rede elétrica, hidráulica, tv a cabo, telefone e interfone passe por dentro deles agilizando assim, esses problemas.
Algumas curiosidades sobre os tijolos ecológicos:
· Também funcionam como isolante térmico, o que faz com que a umidade não se forme nas paredes.
Bactérias do intestino podem estagnar crescimento de diabetes tipo 1
Uma equipe de cientistas da Universidade de Chicago investigou a diabetes em ratos geneticamente modificados para serem portadores da doença e obtiveram resultados positivos. Eles descobriram que ratos que não tinham estas bactérias no intestino, desenvolveram diabetes grave. E quando receberam um combinado de bactérias encontradas no intestino, a diabetes diminuiu consideravelmente.
Por isso, os pesquisadores concluíram que a interação entre o sistema imunológico e as bactérias do corpo, poderia ser um fator que ajude a doença a não continuar a se desenvolver.
Deu no Terra.
Evento vai discutir divulgação e popularização da Ciência
“Identidade e construção de cidadania” é o tema central dessa edição do evento e os interessados podem enviar até 30 de novembro trabalhos referentes a cinco áreas temáticas: museologia e museografia; educação não-formal em ciência e tecnologia; produção de materiais para a popularização de C&T; jornalismo científico; e profissionalização da divulgação científica.
Os trabalhos podem ser em comunicação oral ou pôster, e a programação do evento contará, também, com cursos prévios de formação de popularizadores.
Simultaneamente acontecerá a Reunião Geral da Rede de Medição do Impacto da Popularização de Ciência e Tecnologia na Qualidade de Vida da Ibero-américa do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Remipcyt/Cyted).
Os participantes – expositores de trabalhos ou não – deverão arcar com os custos de viagem, estadia e registro no evento. Não haverá bolsas disponíveis para apoio aos participantes.
Valor das inscrições:
Até 15 de março - US$ 110 para membros da RedPOP e US$ 140 para não membros.
Após esta data - US$ 190 e US$ 230, respectivamente. Já os estudantes pagam US$ 25.
O evento é organizado pela Rede de Popularização de Ciência e Tecnologia para América Latina e Caribe (RedPOP), o Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted), Ciencia Viva (Uruguai), Espacio Ciencia (Uruguai), Museu da Vida (Brasil), SciDev.Net (Reino Unido) e Cientec.
Tem mais aqui .
sábado, 20 de setembro de 2008
A biologia humana pode influenciar na opção política.
A pesquisa foi feita através de questionário e testes fisiológicos. Inicialmente os pesquisadores da universidade americana analisaram as respostas de 46 voluntários com opiniões políticas bem definidas. Os assuntos das questões tiveram temas variados, da guerra no Iraque às políticas de imigração.
Depois de responder o questionário, os voluntários foram submetidos a testes fisiológicos que monitoraram suas reações ao assistirem cenas neutras intercaladas com cenas ameaçadoras. Sons também foram utilizados para tentar amedrontar os participantes.
A força com que os voluntários piscavam ao ver as imagens também foi medida.
Após a análise dos testes os pesquisadores descobriram que as reações dos participantes se correlacionavam com a posição mais conservadora ou liberal de cada um. De acordo com os resultados, pessoas associadas às idéias de partidos conservadores demonstraram maior sensibilidade ao medo. Em contrapartida pessoas que se identificam com as características dos partidos mais liberais tendem a ter menos medo.
O coordenador do estudo, John Hibbing, salienta que a pesquisa não tem relevância política. Mas pode ajudar a compreender porque é tão difícil mudar a opinião política de uma pessoa.
Fonte
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Ciência ao pé do ouvido
terça-feira, 16 de setembro de 2008
E o homem disse "Fiat Big Bang"
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A Doença do Consumismo
Segundo o psicólogo Daniel Fuentes, a maioria dessas pessoas é composta por mulheres, mas todas possuem temperamento forte, são ágeis, dinâmicas, inquietas, perfeccionistas, possuem uma desenvoltura social e cultural maior, são imediatistas e muito inteligentes.É quase como os compulsivos por jogos, que possuem uma fixação ainda maior que a fixação do viciado pela cocaína.
Para quem quiser ler algo interessante sobre o consumismo, sugiro o blog Ser consumista.
Colégios técnicos federais vão apresentar trabalhos no Portal do Professor
Por Diogo Viedo
terça-feira, 9 de setembro de 2008
A Histórias das Coisas
E essa...
Baita zebra pessoal, o negocio é se previnir! vamos começar a ver se estamos ok com nossos sentidos, ficar em alerta e abri o olho...ou melhor, o nariz
informação do portal www.portaldasexualidade.com.br
Luisa Estivalet
Nozes,amendoins e gravidez
Matéria publicada pelo site da BBC, revela que uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Utrecht, na Holanda, com cerca de 4 mil mulheres grávidas, evidenciou que o consumo de nozes e amendoins por grávidas, pode provocar asma em bebês. As grávidas responderam a um questionário sobre a dieta que seguiam durante a gravidez e seus filhos foram monitorados durante oito anos. O resultado da pesquisa afirmou que grávidas que comem nozes ou amendoim todos os dias, tem um aumento entre 40% e 60% do risco do filho desenvolver asma. A principal causa seria os fortes alérgenos encontrados em algumas nozes, o que fazem com que o feto tenha uma maior tendência a alergias. Porém, a asma sugere também um forte componente hereditário quando registrada em vários membros de uma mesma família. Leanne Male, da organização britânica de estudo da asma Asthma UK, afirma que são necessários mais estudos antes de aconselhar mudanças na dieta de mulheres grávidas.
Perfume na gravidez pode afetar fertilidade de bebês
Câncer testicular
Durante experiências com camundongos, os médicos bloquearam a ação dos androgênios – substâncias que incluem os hormônios masculinos e promovem a masculinização – e confirmaram que os animais sofreram problemas de fertilidade. Algumas das substâncias que podem bloquear esses hormônios são amplamente usadas na produção de cosméticos, tecidos para decoração e plásticos. Ele acrescentou ainda, que as mulheres que estiveram planejando engravidar devem evitar o uso de cosméticos que poderiam ser absorvidos pelo corpo.
Foto: BBCBrasil
Ler pra se informar, ler pra relaxar!
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
UFSC aponta meio de identificação precoce de Parkinson
A perda do olfato é um dos primeiros sintomas do mal de Parkinson. Os prejuízos olfatórios estão associados à perda dos neurônios dopaminérgicos, característica da doença. Esses neurônios produzem a dopamina, substância neurotransmissora de impulsos relacionados com os movimentos musculares. Para estudar esse processo experimentalmente, o grupo da UFSC trabalhou com uma neurotoxina conhecida pela sigla MPTP, substância que também provoca a morte dos neurônios produtores de dopamina. A pesquisa foi feita com o uso de ratos de laboratório, que apresentaram alterações comportamentais e neuroquímicas parecidas com as dos portadores de Parkinson e o prejuízo olfativo foi a primeira alteração percebida.
O grupo de pesquisadores da UFSC acredita que após o aprimoramento do estudo, com testes periódicos de olfato, deverão ser aplicados em pessoas com mais de 50 anos para o diagnóstico precoce da doença.
No Brasil há aproximadamente 400 mil parkinsonianos por volta dos 55 anos e a doença só é diagnosticada quando cerca de 60% dos neurônios que produzem a dopamina estão degenerados. A doença tem uma progressão bem mais lenta que o Mal de Alzheimer, podendo ficar até oito anos “em silêncio”. O diagnóstico da doença e sintomas motores em estágio avançado pode ser um fator determinante para a falta de efetividade clínica dos diversos tratamentos usados no combate da doença, portanto a identificação dos portadores da doença em estágio inicial parece essencial para o sucesso de qualquer terapia.
Cientistas fazem mapa genético do câncer
É um marco para os estudos da genética do câncer, pois os cientistas conseguiram mapear as alterações genéticas que transformam células normais do cérebro e pâncreas em dois dos tumores mais letais conhecidos. Os resultados apontam para uma nova forma de lutar contra o câncer e de descobri-lo mais cedo, pois a genética do câncer sempre foi um assunto complicado porque os genes culpados pelo tumor cerebral de uma pessoa são diferentes dos envolvidos no de outra. Se novos estudos comprovarem o efeito, os médicos podem, no futuro, usar testes para detectar o gene e determinar o prognóstico, sendo possível verificar se algum remédio funciona melhor em pessoas afetadas com o câncer.
Até hoje, os cientistas encontraram apenas uma pequena fração das alterações genéticas que explicam qualquer uma das 200 doenças que recebem o coletivo nome de “câncer”. Tumores diferentes requerem efeitos dominó diferentes para que as alterações genéticas apareçam, e também para determinar sua gravidade e qual tratamento vai funcionar. A principal descoberta foi o “caos” genético do câncer. Nenhum tumor era idêntico a outro. O câncer pancreático típico continham 63 alterações genéticas; o cerebral, 60. A partir de agora os cientistas pretendem produzir remédios que ao invés de atacarem um gene específico, ataquem a rota que eles seguem até a formação do tumor.
domingo, 7 de setembro de 2008
Plantas subtituem a utilização de derivados do petróleo com a produção de ácidos graxos não-usuais
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Governo brasileiro investirá em vacinação anti-HIV
As pesquisas que já estão sendo desenvolvidas têm o objetivo de desenvolver uma vacina terapêutica e outra preventiva. Estes estudos realizam-se nas universidades públicas estaduais como a de Campinas (Unicamp) e a de São Paulo (USP). A vacina terapêutica visa a cura mas se isso não acontecer pelo menos ela poderá proporcionar ao paciente para que ele passe longos períodos sem a necessidade de tratamento anti-retroviral. Com isso os pacientes sentirão menos efeitos colaterais dos medicamentos.
Segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Cristina Possas, a vacina terapêutica é desenvolvida em várias fases, inclusive uma que passa pelo teste nas células do paciente. Já a vacina preventiva é desenvolvida em 3 fases (pré-clínica, clínica, e teste em voluntários). Nela, o Brasil está atualmente na fase 2. Em todo o mundo estima-se que $ 1 bilhão venha sendo investido em pesquisas de vacinas contra o HIV de acordo com pesquisas do Ministério da Saúde.
Fonte:
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Dengue:moléculas com características diferentes em células infectadas podem servir de marcadores da doença
O grupo da UFRJ detectou algumas proteínas que têm expressão diferenciada nas células do fígado infectadas pela doença. Os resultados permitirão um melhor entendimento dos mecanismos da dengue.
Segundo a pesquisadora que conduziu o estudo – a bioquímica Russolina Zingali, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ –, o fígado é um importante órgão envolvido na evolução da dengue. O estudo das proteínas expressas pelos genes de suas células (proteômica) pode ajudar a entender melhor seu papel nessa doença.
Os pesquisadores analisaram as células do figado que estavam infectadas com o vírus da dengue, pois não existe modelo animal em que a doença se desenvolva de forma semelhante à dos humanos.
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Por Bibiane Moreira
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Olimpíada Basileira das Ciências
Por Diogo Viedo