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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Equipe de pesquisa da USP produz primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias

Uma equipe do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) produziu em laboratório a primeira linhagem de células-tronco embrionárias 100% nacionais. Esse tipo de célula tem potencial para se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano.
A equipe conseguiu remover células tronco de um embrião e fazer com que estas células se multiplicassem in vitro. As primeiras linhagens de células-tronco humanas foram desenvolvidas nos Estados Unidos em 1998.
Em 29 de maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal deu aval para a realização de pesquisas com esse tipo de célula no Brasil; antes, as pesquisas não eram proibidas, mas muitos pesquisadores ficavam receosos de continuar os procedimentos em razão do impasse jurídico. No entanto, mesmo no período em que não havia a permissão, os ministérios apoiaram financeiramente as pesquisas.
Há cerca de três meses, os pesquisadores conseguiram que uma das células do embrião começasse a se dividir em laboratório. Desde então, eles passaram a fazer com que essas células se multiplicassem, até um número suficiente para atestar que eram pluripotentes - ou seja, com capacidade de se diferenciar em uma série de tecidos diferentes do organismo. Essa semana, uma análise confirmou essa capacidade das células, e garantiu centenas de milhões das mesmas, para serem utilizadas em pesquisas por mais algum tempo.

O objetivo dos pesquisadores é fornecer as células também para outras equipes que estudam o assunto, como para fins terapêuticos e cura de doenças. A lei de Biossegurança permite a utilização das células-tronco embrionárias fertilizadas in vitro e não utilizadas. Os embriões, no entanto, devem estar congelados há três anos ou mais e ter a autorização dos “pais” destas células. A comercialização do material é proibida.


Fonte: Folha Online

http://kalikalache.files.wordpress.com/2008/05/celular-tronco.jpg

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Plantas à prova de mudanças climáticas

Um projeto de abrangência mundial foi desenvolvido com o objetivo de encontrar tipos de sementes que sejam resistentes a enchentes, secas, ou mundanças constantes de temperatura. O projeto, de US$ 1,5 milhão, é coordenado pela organização Global Crop Diversity Trust. A preocupação dos cientistas é a de proteger a produção de alimentos do impacto das mudanças climáticas e, assim, desenvolver colheitas que possam suportar o aquecimento global. Segundo o diretor da organização Cary Fowler, "nossas produções devem produzir mais alimento, na mesma quantidade de terra e com menos água". Os pesquisadores esperam, nos próximos 24 meses, construir um perfil completo de várias características resistentes ao clima e em quais plantas elas podem ser encontradas.

Fonte: BBC

sábado, 27 de setembro de 2008

Inteligência artificial, facilidade ou substituição da mão-de-obra humana?

Robôs que falam, fazem compania, limpam a casa, fazem cruzadinhas, jogam uma partida de xadrez (e ganham), contam histórias para as crianças e dão banho nos idosos. Aviões que voam sozinhos, proteses para o corpo humano realizando movimentos perfeitos. Não se trata de um filme de ficção, mas sim da chamada inteligência artificial.
A inteligência artificial, área de pesquisa da ciência da computação, é dedicada a buscar métodos computacionais que possuam ou simulem a capacidade humana de resolver problemas ou pensar.
O professor de Ciência da Computação do Centro Universitário Franciscano, Guilherme Dhein, justifica a importância da Inteligência Artificial. “Com o acúmulo crescente das complexidades nas relações e na quantidade de informação disponível, é necessário fornecer aos sistemas computacionais formas inteligentes de manipular os dados, auxiliar os tomadores de decisão, interagir com os usuários”, explica.
O próprio cinema já abordou a temática emocionando muitas pessoas em filmes como “AI, inteligência artificial”, onde um casal tenta susbtituir a perda de seu único filho por um jovem robô. “Eu, robô” é outra representação cinematografica de um mundo onde todos confiam em robôs. A questão é até que ponto a ficção se mistura com a realidade de hoje.
Recentemente no Japão, cientistas da Machine Industry Memorial Foundation afirmaram que robôs poderão substituir cerca de 3,5 milhões de pessoas até 2025 e resolver a falta de mão-de-obra no país, já que enfrenta uma crise de queda de força de trabalho devido ao crescimento do número de idosos. A justificativa da empresa é que as pessoas possam ter mais tempo para se focarem em coisas mais importantes.
Nos Estados Unidos, uma nova criação é um helicóptero com 1,2 metro de comprimento que voa sozinho. Avaliado em US$ 4 mil, a máquina provida de inteligência artificial, faz manobras e dá piruetas no ar. A idéia é que a máquina auxilie em missões militares.
No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Reading criaram um conjunto de neurônios que controla um robô em laboratório, os neurônios capturam sinais elétricos e fazem com que o robô chegue perto de um objetos e mande de volta os sinais. A expectativa é que a rede neurologica aprenda a se desviar de objetos e lembre de caminhos, tudo isso para estudar o funcionamento do cérebro.
A inteligência artificial, pode sim facilitar a mão-de-obra humana vista pelos seus criadores. Mas até que ponto chegam as novas tecnologias? Serão capazes de substituir o homem ainda mais? Vale ficar de olho.

Concursos estimulam a pesquisa científica nas escolas gaúchas

Aliados à internet e suas ferramentas, alunos de escolas gaúchas recebem premiações em competições que incentivam a pesquisa. A mais recente disputa foi a MEP 2008, Mostra das Escolas de Educação Profissional, que promove a participação das escolas estaduais, municipais e particulares que oferecem cursos técnicos, visando à valorização da pesquisa, da socialização e troca de conhecimentos entre alunos e professores.
A Secretaria de Educação do estado do Rio Grande do Sul reuniu trabalhos de escolas técnicas do núcleo quatro da mostra, que tem como participantes as Coordenadorias Regionais de Educação de Estrela (3ªCRE), Santa Cruz do Sul (6ªCRE), Santa Maria (8ªCRE), Cruz Alta (9ªCRE) e Cachoeira do Sul (24ªCRE). O evento, sediado neste ano em Santa Maria, premiou os três primeiros colocados na mostra com troféus e medalhas. Os seis trabalhos classificados no quadro geral foram divulgados o dia 27 de agosto e irão participar em outubro da 2ª Feira Estadual de Educação Profissional (Fecitep), promovida pela Superintendência de Educação Profissional da Secretaria Estadual da Educação (Suepro/SEC), em Porto Alegre. A mostra mobilizou a comunidade escolar na construção dos princípios científicos-culturais, por meio da exposição dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos nas escolas de Educação Profissional. De acordo com A 8º Coordenadoria Regional de Educação, das 37 escolas estaduais de Santa Maria, 23 escolas possuem laboratórios de informática. São em média 24 computadores por laboratórios. Segundo o MEC, até 2010 todas as escolas da rede pública estarão conectadas a internet via wireless. O laboratório de informática incorpora-se nas rotinas de aprendizado e pesquisa.

Por Diogo Viedo

Um em cada dez brasileiros sofre de Hipertensão

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo há cerca de 1,2 bilhão de pessoas que sofrem de Hipertensão Arterial. Destas, de 15 a 20 milhões estão no Brasil, mas apenas sete milhões em tratamento. Trata-se de um problema sério, mas ignorado por parte da população. As conseqüências podem ir de uma simples insuficiência cardíaca a um derrame cerebral.

A hipertensão caracteriza-se quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou, popularmente, 14 por 9.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) alerta para os fatores de risco: consumo de bebida alcoólica, casos de hipertensão na família, excesso de peso, abuso do sal na alimentação e diabetes.

Dalva Maciel, dona de casa, tem 46 anos de idade e há cinco toma remédios para tratar a hipertensão. Além disso, reduziu o consumo de sal na comida e faz caminhadas diárias de 50 minutos. O curioso é que não manifesta os sintomas da doença. “Minha pressão chegou a 20/11 e essa foi a única vez que me senti um pouco mal. Não dormi bem aquela noite. Tive forte insônia. Normalmente, nunca sinto nada. Isso é estranho. Assim não me cuido como deveria”, justifica.

Estudos realizados pela OMS garantem que, um ano após o diagnóstico da hipertensão, mais da metade dos pacientes abandonam o tratamento. Daqueles que continuam a terapia, apenas 50% tomam todos os medicamentos prescritos. Em decorrência disso, 75% dos pacientes diagnosticados não conseguem atingir níveis de pressão recomendados pelo médico.

Os riscos para quem não faz o tratamento correto são diversos. Segundo o Dr. Cardiologista Carlos Alexandre Segre, da Sociedade Brasileira de Hipertensão, o hipertenso tem o risco aumentado de apresentar: derrame, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, isquemia, insuficiência cardíaca, paralisação dos rins e lesões nas artérias, entre outras doenças do coração.

A prevalência estimada de hipertensão no Brasil é de 35% da população acima de 40 anos. Engana-se, porém, quem pensa que a enfermidade atinge apenas as pessoas dessa faixa etária. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que toda criança deve ter sua pressão medida durante as consultas médicas, pelo menos uma vez ao ano, a partir dos três anos de idade. A diferença em relação aos adultos está na forma de tratar – não-medicamentosa. Na maioria dos casos de hipertensão infantil, as modificações no estilo de vida, como dieta e atividade física, são suficientes para reverter o quadro.

Cerca de 75% das pessoas hipertensas procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento. Para atende-las, o Ministério da Saúde dispõe de um Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, que compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos da doença. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.

Dicas para tratar a Hipertensão

- Evite ficar parado. Caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador;
- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas;
- Tente levar os problemas do dia-a-dia de maneira mais tranqüila;
- Mantenha o peso saudável, através de uma alimentação adequada e exercícios regulares;
- Compareça às consultas regularmente; não abandone o tratamento; e tome a medicação de forma criteriosa, conforme orientação médica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O uso indiscriminado de substâncias a base de paracetamol

A automedicação é uma prática comum para a maior parte da população. Os remédios aos quais as pessoas recorrem com mais facilidade são os antigripais e demais substâncias a base de paracetamol.
As tarjas vermelhas e pretas, contidas na maioria dos remédios, não fazem parte da embalagem de um dos remédios mais vendidos em grande parte das farmácias, o paracetamol.
Na drogaria em que trabalha a atendente e técnica em farmácia,Carina Felimberti, o paracetamol é o medicamento mais vendido. Por semana se comercializa cerca de 50, entre o produto em comprimido e o em gotas. “De 10 pessoas que vem comprar o remédio, apenas 3 trazem receita médica. Elas compram o paracetamol porque é barato e é antigo”.
Pessoas como o gerente administrativo, Márcio Medina, costumam usar o medicamento, no mínimo, uma vez por semana, quando sentem-se incomodados por dores de cabeça. “Nunca me preocupei com a utilização excessiva de um remédio para dor de cabeça ou febre. No meu entendimento se não houver abuso da dose diária recomendada os riscos a saúde devem ser mínimos, até porque se ele fosse muito forte ou prejudicial deveria ter classificação de uso restrito como os de tarja vermelha ou preta e isso não parece ser o caso”.
Segundo informações da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul, os analgésicos menores (comuns) não causam dependência, mas podem trazer problemas se usados em excesso e por um longo período. O abuso de paracetamol, por exemplo, pode causar, cirrose.
Como grande parte das pessoas desconhece os efeitos colaterais do paracetamol, é importante atentar para a combinação dele com outros remédios que contenham a mesma substância em seus princípios ativos.
O site da ANVISA traz a dosagem correta do uso do paracetamol.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O crédito da discórdia



Independente do que se diga – é consenso que urge a necessidade de se rever conceitos e atitudes que possam preservar a sustentabilidade do planeta. Aviltar o meio ambiente em nome do progresso não é mais visto como um ônus aceitável para se atingir metas de crescimento. A crescente preocupação com a questão ambiental está norteando as relações entre poder público e iniciativa privada pelos quatros cantos do planeta.

Por ano são lançadas mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera – o principal gás causador do aquecimento global. Uma das determinações do Protocolo de Quioto instituiu o mercado de carbono como um dos mecanismos para reduzir os custos no corte de emissões. Seja visto como uma concessão para poluir ou uma ferramenta para amenizar a ação predatória do homem - a comercialização de créditos de carbono não fica limitada ao Protocolo de Quioto.

O mercado global de carbono deve movimentar mais de US$ 100 bilhões só em 2008. Por aqui, o Departamento de Desenvolvimento de Mercado da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) acredita que ainda neste ano o Brasil deva comercializar créditos de carbono provenientes de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Entraves burocráticos e falta de regulamentação impedem o ingresso do país neste novo mercado. Países signatários que precisam reduzir as emissões de gases do efeito estufa estão disponibilizando US$ 1 bilhão para esse mercado em transações comerciais.

Cresce o número de bolsas de carbono – Bolsa do Clima de Chicago, Bolsa do Clima Européia, Bolsa de Energia da Áustria, no Brasil a BM&F (trabalha por enquanto somente com o leilão de créditos de carbono). Integram a lista ainda países como Alemanha, Índia, França. O lobby verde ganha força e mostra ser o novo filão do mercado econômico.

DANÇA PARA UM ESTILO DE VIDA MAIS SAUDÁVEL


A divulgação científica também procura atender a qualidade de vida

Hoje, a atividade física está apoiada em vários fundamentos científicos. É preconizada como indicador de qualidade de vida em todas as faixas etárias de caracteres saudáveis e/ ou comprometidos. A motricidade como termo mais atual se divide em aprendizagem motora e reaprendizagem, associando fatores dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.
Segundo a estudiosa Marlene Salvador, que fez mestrado na Universidade do Contestado em Concórdia, Santa Catarina sobre a importância da dança como atividade física na terceira idade, a qualidade de vida dos indivíduos que praticam algum tipo de dança é superior aos que praticam outro tipo de exercício físico. “É comprovado que a dança traz maior benefício do que caminhada, corrida ou musculação. Entre as atividades aeróbicas, a dança é a mais alegre e todos podem participar, desde o mais lento até o mais agitado”, diz ela.
Marlene comenta que as pessoas da terceira idade geralmente tem propensão à osteoporose, desgastes articulares, doenças cardiovasculares e outras. Ela constatou na dança, como exercício físico, quando bem aplicada e orientada, pode proporcionar a sensação de bem-estar. “Isso acontece por conta da liberação de hormônios. Também incrementa a força muscular e massa óssea do indivíduo, colaborando com a prevenção de doenças cardiovasculares”, diz a estudiosa.


DANÇA COMO EXERCICIO ESCOLAR

Segundo o livro Atlas do Esporte no Brasil a dança esta engajada como atividade física, tanto que já proporcionado como instrumento pedagógico para educação física nas escolas estaduais. Ela ajuda a garantir a independência funcional do indivíduo através da manutenção de sua força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais totais e mudanças do estilo de vida. É uma prática terapêutica que alivia as tensões e o estresse do cotidiano. Corrige a postura, desenvolve a sutileza, prepara o controle motor, além de corrigir desvios posturais como lordose, cifose, escoliose e problemas nos membros inferiores, como, joelhos e pés.
Praticantes e profissionais afirmam a importância e o prazer que do ser humano em experimentar a existência de suas articulações, o limite de sua força, o prazer de transformar o seu corpo num instrumento para extravasar suas emoções, seus sentimentos.
Experimente!
Luisa Estivalet

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ameaça ambiental

No extremo Sul do Rio Grande do Sul, uma área rica em biodiversidade pura está sendo dominada por três empresas de papel. O lugar denominado Pampas acolhe três empresas: a Stora Enzo, Aracruz e Votarantim celulose. A celulose, elemento fundamental para a produção de papel e depende do plantio intenso se árvores.
A principal fonte para a madeira é o Eucalipto que pode ser cortado em apenas sete anos. Desta forma aumenta a produção e o mercado de cultivo de encaliptos se consolida no estado.
Fora os problemas sociais a plantação de monoculturas traz consequências ao meio ambiente. O eucalipto consome 20 litros de água por dia. Na Argentina, segundo a revista Science, houve uma redução de 52% de água na região e também se comprovou que vários rios secaram. O resultado de plantio de eucalipto provoca a desertificação e acidez do solo.
Por Denise Lopes

Impunidade ambiental é tema de estudo

Impunidade ambiental é tema de estudo

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazonia (IMAZON) divulgou um estudo que propõe o cumprimento de preceitos legais que exigem a exposição dos infratores. Segundo o estudo, entre 2001 e 2004, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aumentou em 180% o valor de multas na Amazônia, mas apenas 2% do total foi arrecadado.

O conjunto de dados sugere que o problema do desmatamento é intimamente relacionado à impunidade ambiental. Por exemplo, aproximadamente 80% do desmatamento no Mato Grosso, entre agosto de 2005 e julho de 2006, foi ilegal. Ainda segundo o estudo, pelo menos 43% da madeira que foi explorada no ano de 2004 não cumpriu os parâmetros legais exigidos.

E o problema vai mais longe. De um total de 100 multas ambientais aplicadas pelo órgão ambiental estadual em Mato Grosso, apenas 1,7 foi paga às autoridades até 2005. O estudo lembra que a legislação brasileira impõe transparência na divulgação das infrações e penalidades ambientais, disponibilizando Diários Oficiais e autos de infrações e penalidades em locais de fácil acesso, o que, no entanto, não ocorre, segundo os pesquisadores.

"A divulgação da lista de infratores ambientais, também chamada de lista suja ambiental, poderia contribuir de várias maneiras para reduzir essa impunidade. Primeiro, facilitaria a imposição de restrições indiretas aos infratores - inclusive pressão de mercado - para forçá-los a cumprir a lei", informa o documento elaborado pelo Imazon. Segundo eles, essa pressão já ocorre na Amazônia, e essa divulgação possibilitaria que outros agentes impusessem mais formas legais de responsabilização ambiental. Isso serviria para reduzir a alta impunidade do setor, afirmam.

"É urgente que os órgãos ambientais passem a cumprir a obrigatoriedade de divulgar a lista para melhorar o controle ambiental no Brasil", propõe o estudo. "É preciso ter em mente que, além da divulgação da lista, a punição efetiva dos infratores dependerá da aceleração dos processos administrativos e criminais que levam ao pagamento das multas, à reparação do dano ou à compensação ambiental", concluem.

Fonte: Repórter Brasil

Para ver algumas áreas de atuação do Ibama, vale a pena acessar esse link: SisCom - Sistema Compartilhado de Informações Ambientais. Ali, você encontrará um mapa interativo de todo o Brasil.

Por Bibiane Moreira

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Florestas antigas capturam carbono

As florestas antigas continuam a acumular carbono em ritmo muito maior do que os pesquisadores acreditavam previamente, o que as torna muito mais importantes como repositórios de carbono cuja capacidade de absorção precisa ser integrada aos modelos mundiais de climatologia, afirmam cientistas que trabalham nesse campo.
Nos últimos 10 anos ou pouco mais, os murmúrios iniciais de desacordo quanto a essa hipótese começaram a se intensificar, e projetos individuais de pesquisa vieram a constatar que até mesmo as florestas muito velhas eram capazes de armazenar carbono graças ao crescimento de árvores, ao acréscimo de árvores novas e ao decréscimo no ritmo de respiração das árvores mais velhas.
A partir da metade dos anos 90, projetos de coleta de dados mais sofisticados mediram os fluxos de carbono em florestas de todo o mundo. Um trabalho particularmente importante era a troca de dados entre os membros da Fluxnet, uma rede mundial de torres de observação que medem a troca de dióxido de carbono, vapor de água e energia entre os diferentes ecossistemas e a atmosfera, em diversos pontos do planeta.
A conclusão dos pesquisadores, publicada em artigo na revista Nature, é que as florestas mais antigas continuam, em geral, a absorver carbono. As florestas primárias nas regiões boreais e temperadas, que respondem por 15% da área florestal do planeta, aprisionam cerca de 1,3 gigaton de carbono por ano, com margem de erro de meio bilhão de toneladas de carbono.
Isso equivale a cerca de 10% da produtividade líquida da absorção nos ecossistemas mundiais, uma capacidade que antes não era computada ou era atribuída a fatores diferentes.
Fonte: www.noticias.terra.com.br/ciencia

Algodão transgênico garante a proteção da lavoura

O algodão transgênico cultivado em plantações na China tem diminuído a quantidade de inseticidas na agricultura e agora, uma equipe de pesquisadores mostrou um benefício inesperado da tecnologia: as plantas modificadas geneticamente ajudaram a diminuir as pragas que afetam culturas vizinhas.
O grupo de Kong-Ming Wu, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, estudou dados agrícolas de 1997 a 2007 sobre a cultura do algodão Bt no norte da China, além de checar as populações das pragas, especialmente a lagarta da espécie Helicoverpa armigera. O Bt não faz mal a humanos, mas é letal para lagartas de borboletas e mariposas, que atacam plantas como o algodão.
O algodão estudado foi modificado para produzir o inseticida Bt (derivado da bactéria Bacillus thuringiensis). A equipe de cientistas estudou várias culturas plantadas em seis Províncias chinesas, cobrindo 38 milhões de hectares. Desse total, três milhões de hectares eram de algodão Bt.
As lagartas de Helicoverpa armigera costumam atacar o trigo na sua primeira geração, e migram para algodão, milho, soja, amendoim e legumes em gerações subseqüentes.
Nos EUA, isso virou norma cada fazenda de algodão tem de reservar uma parte da terra para algodão não-transgênico. No caso chinês essa solução seria mais difícil, pela necessidade de instruir milhões de camponeses. Mas a prática chinesa de plantar diversas culturas --como soja, amendoim e milho-- próximas ao algodão cria, na prática, os refúgios nos quais as pragas podem viver sem a pressão de terem de adquirir resistência ou morrer.
Fonte: WWW.uol.com.br/ambiente

Número de espécies ameaçadas de extinção quadriplica

O número de espécies com risco de extinção na flora brasileira quadriplicou em um espaço de 16 anos. A notícia publicada no site Terra, na última segunda-feira traz informações alarmantes de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente à Fundação Biodiversidade.
Segundo dados da pesquisa, em 1992 eram 108 o número de espécies ameaçadas. Em 2008, são 472. Dentre os biomas mais devastados estão a Mata Atlântica, o Cerrado, e a Caatinga. Quando se fala em estados brasileiros, os que registram maior número de ameaças de extinção são Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
A notícia ainda traz uma curiosidade: a primeira Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção foi editada em 1968, com apenas 13 nomes. Em 1980, mais 13 foram incluídas. Entre as principais plantas ameaçadas, estão aquelas utilizadas para fins alimentícios, medicinais e cosméticos, a exemplo do palmito.

Arroz para o combate a cólera


Um grupo de cientistas da Universidade de Tóquio está desenvolvendo uma variedade de arroz geneticamente modificado que teriam os mesmos efeitos que a vacina contra a cólera. Segundo o pesquisador responsável Tomonori Nochi, Os grãos de arroz modificados incluem entre 15 e 30 microgramas de proteínas da bactéria da cólera. Devem ser consumidos em pequenas doses, como se fosse um remédio, não como um alimento.
Esse tipo de arroz está sendo usado na alimentação de ratos, que já desenvolveram anticorpos contra a cólera. Usado como vacina oral, não necessitando de agulha e refrigeração, o arroz estimula também a geração de anticorpos na mucosa da boca, criando uma primeira linha de defesa contra o vibrião colérico. O estudo abre a possibilidade de usar a mesma estratégia no combate a outras doenças contraídas pelas mucosas, como a Aids e a Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês).
Mas para que este método possa ser utilizado por humanos, os cientistas dizem que primeiro será preciso multiplicar pelo menos por dez a dose da vacina por cada grão de arroz. Com resultados positivos, os cientistas também começaram a fazer testes com ratos para a vacina contra a gripe, nesse mesmo formato.
O arroz aparece como uma alternativa mais fácil para a imunização em países em desenvolvimento, já que não precisa de muitos cuidados, podendo ser armazenado por um período de até um ano e meio. Podendo ser distribuída para grandes populações, esse método chega a ser apontado como uma solução para o caso de bioterrorismo.

O cotidiano nas provas de seleção

Se a sociedade se transforma, se transforma também os processos que a rodeiam. A chave de entrada para a universidade, o vestibular , já acompanha e provoca esta transformação. A prova pensa no candidato como alvo de várias informações que não são mais segmentadas.
A elaboração da prova do vestibular em vários estados do país é a confirmação do processo de transformação que altera o modo de compreensão da humanidade.
Ao contrário de questões estanques, conteudistas e limitadas a sua área de abrangência, temas geradores que permitem a interação de várias áreas. A prova de química interage com a física, porque a física já questiona a biologia e todos se encontram na matemática, mas também surge o português que atualiza as regras gramaticais de um modo contextualizado. E a filosofia? Questiona todas e provoca ainda mais a prática de pensar.
O universo ganha, a educação se dinamiza e se estabelece como meio de transformação. A ciência chega na sala de aula não somente acompanhada de livros didáticos. Ela chega atualizada através de jornais, revistas, blogs que cruzam informações de todas as áreas como um grande campo. Assim se fortalece a idéia de interação de conhecimentos e a nova abordagem de seleção resgata a consciência de percepção da humanadade que deve perceber os atos cotidianos como resultado de ações químicas, biológicas, físicas e emocionais.

II Encontro Nacional de Rádio e Ciência acontece em Belo Horizonte

Começa amanhã, quarta 24, na Universidade Federal de Minas Gerais, o II Encontro Nacional de Rádio e Ciência.
O objetivo do encontro é discutir questões como jornalismo científico e popularização da ciência, utilizando o potencial do rádio para a democratização do conhecimento.
O jornalista científico Gareth Mitchell, da Rádio BBC de Londres, fará a palestra de abertura. Também estará presente a jornalista Elisabetta Tola, da Rádio Nacional Italiana, que relatará a sua experiência em programas científicos veiculados pelo rádio.
A programação prevê mesas-redondas, painéis com relatos de experiência, oficinas de capacitação e espaço interativo, que deverão favorecer a troca de informações entre os participantes.
O evento, que acontece no auditório da Reitoria, no campus Pampulha, foi realizado em parceria com o MCT.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24, pelo site: http://www.ufmg.br/radioeciencia.

Construção politicamente correta


Os famosos tijolos de barro e argila vêm perdendo espaço no mercado para uma inovação: os tijolos ecológicos. E tudo porque eles demandam menos água e madeira, ao contrário de seus precursores, que eram feitos em olarias e necessitavam de muita lenha para aquecer as fornalhas.
A nova tendência das construções ainda está devagar na conquista de espaço. Apenas cinco empresas em todo o Brasil fabricam os tijolos, e a maioria delas se situa no eixo Rio-São Paulo. Porém, todas possuem a regulamentação concedida pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Com um aspecto totalmente inovador que permite total estabilidade estrutural, eles vêm fazendo sucesso nas obras, pois além de contribuir com o meio ambiente, proporcionam ainda uma economia de até 20% no final da construção .
Os modulares de solo-cimento, como também são conhecidos, contribuem para a eliminação de desperdício de material e garantem agilidade no serviço. Podem ser encontrados no mercado em três formatos diferentes: tijolo inteiro, meio tijolo e canaleta. Em função de seus furos terem um formato maior que os tijolos normais, é permitido que toda a instalação de rede elétrica, hidráulica, tv a cabo, telefone e interfone passe por dentro deles agilizando assim, esses problemas.

Algumas curiosidades sobre os tijolos ecológicos:
· Podem ser fabricados em uma prensa manual ou hidráulica, sofrendo uma pressão que equivale a seis toneladas. É essa pressão que dá a forma regular de faces lisas, o que permite o encaixe perfeito e o acabamento esperado.
· Também funcionam como isolante térmico, o que faz com que a umidade não se forme nas paredes.

Bactérias do intestino podem estagnar crescimento de diabetes tipo 1

A revista britânica Nature publicou um estudo mostrando que bactérias benignas encontradas no intestino podem ajudar a conter o crescimento de diabetes do tipo 1, uma doença auto-imune, na qual o próprio sistema imunológico destrói as células pancreáticas produtoras de insulina.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Chicago investigou a diabetes em ratos geneticamente modificados para serem portadores da doença e obtiveram resultados positivos. Eles descobriram que ratos que não tinham estas bactérias no intestino, desenvolveram diabetes grave. E quando receberam um combinado de bactérias encontradas no intestino, a diabetes diminuiu consideravelmente.
Por isso, os pesquisadores concluíram que a interação entre o sistema imunológico e as bactérias do corpo, poderia ser um fator que ajude a doença a não continuar a se desenvolver.

Deu no Terra.

Evento vai discutir divulgação e popularização da Ciência

A XI Reunião da Rede de Popularização de Ciência e Tecnologia para América Latina e Caribe (RedPOP) e o V Workshop “Ciência, Comunicação e Sociedade” acontecerá de 26 a 29 de maio de 2009, em Montevidéu, Uruguai .
“Identidade e construção de cidadania” é o tema central dessa edição do evento e os interessados podem enviar até 30 de novembro trabalhos referentes a cinco áreas temáticas: museologia e museografia; educação não-formal em ciência e tecnologia; produção de materiais para a popularização de C&T; jornalismo científico; e profissionalização da divulgação científica.
Os trabalhos podem ser em comunicação oral ou pôster, e a programação do evento contará, também, com cursos prévios de formação de popularizadores.
Simultaneamente acontecerá a Reunião Geral da Rede de Medição do Impacto da Popularização de Ciência e Tecnologia na Qualidade de Vida da Ibero-américa do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Remipcyt/Cyted).
Os participantes – expositores de trabalhos ou não – deverão arcar com os custos de viagem, estadia e registro no evento. Não haverá bolsas disponíveis para apoio aos participantes.

Valor das inscrições:
Até 15 de março - US$ 110 para membros da RedPOP e US$ 140 para não membros.
Após esta data - US$ 190 e US$ 230, respectivamente. Já os estudantes pagam US$ 25.

O evento é organizado pela Rede de Popularização de Ciência e Tecnologia para América Latina e Caribe (RedPOP), o Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted), Ciencia Viva (Uruguai), Espacio Ciencia (Uruguai), Museu da Vida (Brasil), SciDev.Net (Reino Unido) e Cientec.

Tem mais aqui .

sábado, 20 de setembro de 2008

A biologia humana pode influenciar na opção política.

Pesquisadores da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, realizaram uma pesquisa que sugere a existência de uma ligação entre opção política de cada indivíduo e sua sensibilidade ao medo.

A pesquisa foi feita através de questionário e testes fisiológicos. Inicialmente os pesquisadores da universidade americana analisaram as respostas de 46 voluntários com opiniões políticas bem definidas. Os assuntos das questões tiveram temas variados, da guerra no Iraque às políticas de imigração.

Depois de responder o questionário, os voluntários foram submetidos a testes fisiológicos que monitoraram suas reações ao assistirem cenas neutras intercaladas com cenas ameaçadoras. Sons também foram utilizados para tentar amedrontar os participantes.
A força com que os voluntários piscavam ao ver as imagens também foi medida.

Após a análise dos testes os pesquisadores descobriram que as reações dos participantes se correlacionavam com a posição mais conservadora ou liberal de cada um. De acordo com os resultados, pessoas associadas às idéias de partidos conservadores demonstraram maior sensibilidade ao medo. Em contrapartida pessoas que se identificam com as características dos partidos mais liberais tendem a ter menos medo.

O coordenador do estudo, John Hibbing, salienta que a pesquisa não tem relevância política. Mas pode ajudar a compreender porque é tão difícil mudar a opinião política de uma pessoa.


Fonte

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ciência ao pé do ouvido



A divulgação científica falada tem ganhado mais espaço no Brasil. Recentemente foi criado um estúdio de rádio na internet, o Estúdio CH. Os programas da rádio são atualizados a cada duas semanas, e tem como objetivo principal discutir temas quentes sobre ciência com especialistas de diversas áreas. O Estúdio leva à população o conhecimento gerado por pesquisadores através de uma conversa informal. Cada edição apresenta entrevistas de 15 a 20 minutos de duração. Os programas são apresentados em arquivos de formato MP3, que podem ser ouvidos pelo computador ou no tocador portátil.

O Estúdio CH, é um produto do Instituto Ciência Hoje. Conta com apoio financeiro da FAPERJ- Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Ciência do Estado do Rio de Janeiro.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

E o homem disse "Fiat Big Bang"

Reproduzir em laboratório a origem do Universo e o que se sucedeu nos segundos seguintes ao Big Bang é o objetivo do Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern). A comunidade científica internacional está dividida entre a expectativa e o receio do acelerador de partículas mais avançado já criado - levou uma década e meia para ser construído e consumiu US$ 8 bilhões. Nem os cientistas sabem os efeitos que o experimento pode causar. Há ainda a remota chance do acelerador gerar um miniburaco negro. O Grande Colisor de Hádrons (LHC) fará dois feixes de prótons colidir a 99,99% da velocidade da luz. Os prótons serão acelerados ao redor de um túnel de 27 quilômetros de circunferência, contendo 9,3 mil ímãs e esfriado a -271 C, temperatura mais fria que a do espaço interestelar, assim pretende-se recriar as condições do Universo instantes logo após o Big Bang. O túnel de 27 de quilômetros de extensão foi construído no subsolo da região de Genebra (ainda cruza a fronteira da França e retorna ao território suíço, a mais de 100 metros de profundidade).

Uma ala dos cientistas mostra-se reticente e preocupada quanto à tentativa de recriar o Big Bang. Esse grupo alega que o choque das partículas poderia acarretar um buraco negro que acabaria por engolir o planeta. A chance do acelerador produzir uma catástrofe é de uma em 50 milhões - o que equivale a ganhar na loteria. Para os cientistas envolvidos no projeto se fosse encontrada a misteriosa partícula bóson de Higgs, conhecida como partícula de Deus já seria o suficiente para pagar o investimento. A bóson de Higgs - seria uma partícula elementar que daria massa à matéria - a sua existência não é comprovada. Seria ela o elo que interligaria as quatro forças que regem o Universo - o eletromagnetismo, a gravidade e as forças nuclear forte (responsáveis por manter o núcleo do átomo unido) e fraca (mantém os elétrons girando em torno do núcleo do átomo).

Se o planeta não for transformado numa massa inerte, espera-se que o LHC ajude a compreender e a desvendar a estrutura da matéria e as leis que regem a evolução do universo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A Doença do Consumismo



Quando o consumismo começa a ser algo patológico? Quais os sintomas? Em um programa de entrevista que assisti pela Globo, uma psicóloga explica um pouco mais sobre o assunto. Segundo a psicóloga Eliane Medlowicz, “O sintoma mais clássico, mais claro, é a questão de estourar o orçamento.Você compromete família, compromete o nome. É uma doença nova, fruto da sociedade contemporânea, e se chama Oniomania. O medicamento dado para esse tipo de problemática é o antidepressivo”.
Muitas pessoas compram somente para obter status, para demonstrar seu poder de compra ou superioridade. Há também aquelas que compram por necessidade, ou até mesmo por modismo. O problema surge quando há a necessidade de comprar, a obsessão pela compra. Essas pessoas são os chamados consumidores compulsivos e formam 3% da população brasileira.
Segundo o psicólogo Daniel Fuentes, a maioria dessas pessoas é composta por mulheres, mas todas possuem temperamento forte, são ágeis, dinâmicas, inquietas, perfeccionistas, possuem uma desenvoltura social e cultural maior, são imediatistas e muito inteligentes.É quase como os compulsivos por jogos, que possuem uma fixação ainda maior que a fixação do viciado pela cocaína.
A dificuldade de se sair dessa doença é imensa, e precisa ser tratada, às vezes, até com antidepressivos, já que a força de vontade não adianta sozinha – assim como todos os vícios. Acredito que o mundo consumista em que vivemos já passou da fase das necessidades e dos modismos, e agora encontramo-nos quase todos doentes por compras. Basta fazer uma pergunta: quanto tempo você agüentou sem comprar um celular novo, levando em conta que o seu, mesmo com três ou quatro anos de uso, ainda funcionava bem? É preciso que todos passemos por um regime de re-educação quanto ao consumo. A partir de agora, listinha na mão e só o essencial do essencial para a sobrevivência (sua e do planeta Terra).

Para quem quiser ler algo interessante sobre o consumismo, sugiro o blog Ser consumista.
Por Bibiane Moreira

Colégios técnicos federais vão apresentar trabalhos no Portal do Professor

Diretores dos colégios de aplicação, ligados a universidades federais reunem-se no próximo dia 17 com o secretário de Educação a Distância, Carlos Bielschowsky, para detalhar cronograma de atividades para o portal do professor, mantido pelo governo federal. A convite do ministro da Educação Fernando Haddad, os 12 mil alunos e 1,1 mil professores dos 16 colégios de aplicação , distribuídos em todas as regiões do país, ampliarão a troca de experiência e práticas pedagógicas aplicadas nas instituições consideradas como referência de qualidade na educação básica. Em contrapartida à colaboração dos colégios, o Ministério da Educação oferece recursos para o custeio da atividade extra e bolsas da Capes aos professores. O custeio e a oferta de bolsas também serão temas da reunião do dia 17. Lançado em 18 de junho deste ano, o portal é um mundo aberto ao professor. Um espaço de pesquisa e troca de informações com acesso a objetos de ensino de universidades de todo o mundo.

Por Diogo Viedo

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Histórias das Coisas


Uma aula de educação ambiental. Assim, poderíamos definir o vídeo "A história das coisas", produzido pela ambientalista Annie Leonard, e que já foi assistido por mais de dois milhões de pessoas no mundo todo. O documentário (ele tem apenas 20 minutos) além de tratar de temas como meio ambiente e sustentabilidade, faz uma crítica ao estilo americano de vida. Todos os produtos que consumimos passam por várias etapas, desde sua extração até ser descartado. O problema é que todas as etapas são prejudiciais à natureza e à saúde. O vídeo explica todos os processos, desde a coleta dos recursos da natureza, a industrialização, distribuição, a compra e até se tornar lixo. Mas muitas dessas informações já são do conhecimento de muitos, que preferem não ver essa realidade, ou pensar que não tem nada que possam fazer, por comodismo. Acredito que esse vídeo é mais uma forma de mostrar que todos temos culpa e que, mesmo assim, todos podemos ainda consertar as coisas (se realmente tentarmos).
Vale à pena assistir até o fim.

E essa...

"Segundo estudo publicado em 1994, que contou com 50 pacientes com DP idiopática, o decréscimo na atividade sexual atinge 68% dos casos e a falta de desejo sexual, 26%. Apesar da diminuição da atividade sexual ser mais freqüente entre as mulheres, não houve diferenças estatisticamente significantes. Entretanto, houve significância estatística para maior taxa de falta de desejo sexual para as mulheres"...

Baita zebra pessoal, o negocio é se previnir! vamos começar a ver se estamos ok com nossos sentidos, ficar em alerta e abri o olho...ou melhor, o nariz


informação do portal www.portaldasexualidade.com.br

Luisa Estivalet

Nozes,amendoins e gravidez

Matéria publicada pelo site da BBC, revela que uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Utrecht, na Holanda, com cerca de 4 mil mulheres grávidas, evidenciou que o consumo de nozes e amendoins por grávidas, pode provocar asma em bebês. As grávidas responderam a um questionário sobre a dieta que seguiam durante a gravidez e seus filhos foram monitorados durante oito anos. O resultado da pesquisa afirmou que grávidas que comem nozes ou amendoim todos os dias, tem um aumento entre 40% e 60% do risco do filho desenvolver asma. A principal causa seria os fortes alérgenos encontrados em algumas nozes, o que fazem com que o feto tenha uma maior tendência a alergias. Porém, a asma sugere também um forte componente hereditário quando registrada em vários membros de uma mesma família. Leanne Male, da organização britânica de estudo da asma Asthma UK, afirma que são necessários mais estudos antes de aconselhar mudanças na dieta de mulheres grávidas.

Perfume na gravidez pode afetar fertilidade de bebês

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Edimburgo. , divulgada pelo site da BBC Brasil, aponta que as mulheres grávidas devem ter cuidados com cosméticos e perfumes durante a gravidez. A utilização desses produtos ao entrarem em contato com a pele da mulher podem aumentar o risco de infertilidade nos bebês meninos na vida adulta.
Segundo os pesquisadores da Unidade de Reprodução Humana do Conselho de Pesquisa Médico, há uma janela crucial entre a oitava e a décima-segunda semanas de gestação que determina futuros problemas reprodutivos em meninos.
Os cientistas acreditam que a exposição a algumas das substâncias químicas encontradas em cosméticos durante este período pode afetar a produção de espermatozóides no futuro, mas eles afirmam que os resultados não são conclusivos. O estudo, liderado por Richard Sharpe, será apresentado em um simpósio sobre reprodução humana nesta semana, em Edimburgo.

Câncer testicular
Durante experiências com camundongos, os médicos bloquearam a ação dos androgênios – substâncias que incluem os hormônios masculinos e promovem a masculinização – e confirmaram que os animais sofreram problemas de fertilidade. Algumas das substâncias que podem bloquear esses hormônios são amplamente usadas na produção de cosméticos, tecidos para decoração e plásticos. Ele acrescentou ainda, que as mulheres que estiveram planejando engravidar devem evitar o uso de cosméticos que poderiam ser absorvidos pelo corpo.

Foto: BBCBrasil
Por Bruna Berwanger de Andrade

Ler pra se informar, ler pra relaxar!


Sabe onde tem Internet de graça na Espanha? E se, por acaso, o espírito consumista surgir e você quiser comprar um uniforme de astronauta, sabe como fazer isso? E as mentiras que a Internet conta, você sabe quais são?
Essas dúvidas e muitas outras o blog Xis-Xis responde. A idéia (e o bom humor) é da jornalista, pós-graduada em Divulgação Científica, Isis Nóbile Diniz. Afinal, o que esperar de uma mulher de 26 anos eleita uma das 10 blogueiras mais bonitas do Brasil pelo site Gravataí Merengue.
No blog ela mostra como a Ciência e Tecnologia também são coisas de mulher. Assuntos sérios sim, mas com linguagem leve e descontraída. As curiosidades do mundo científico postados com um jeitinho feminino que informa e diverte o internauta.
Só ela mesmo para postar uma notícias com o títulos de: "Reciclagem uma Ova" e "Desenvolvimento sustentável não existe".
Para ficar curioso, aí vai a descrição do blog pela própria jornalista:

"Em princípio, as fêmeas são XX e os machos XY. Além dessa discreta diferença, nós, mulheres, possuímos alguns bilhões de neurônios a menos. Nada de muito importante, já que nossas ligações cerebrais são imensamente mais eficientes que as deles. Também somos cheirosas, aplicadas e não precisamos mais dos homens para nos reproduzir. Então, vou provar que ciência é coisa de mulher. Que é fácil. E, ainda por cima, muito atraente. "

Quer saber mais? Entre lá e confira! Até agora as 31,489 pessoas que acessaram o blog.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UFSC aponta meio de identificação precoce de Parkinson

Estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), confirmaram que a redução da sensibilidade olfativa e a perda de habilidades cognitivas antecedem os sintomas motores clássicos da doença. O estudo pioneiro da UFSC aponta meios de detecção precoce da doença de Parkinson, doença neurodegenerativa que atinge 1% da população mundial.
A perda do olfato é um dos primeiros sintomas do mal de Parkinson. Os prejuízos olfatórios estão associados à perda dos neurônios dopaminérgicos, característica da doença. Esses neurônios produzem a dopamina, substância neurotransmissora de impulsos relacionados com os movimentos musculares. Para estudar esse processo experimentalmente, o grupo da UFSC trabalhou com uma neurotoxina conhecida pela sigla MPTP, substância que também provoca a morte dos neurônios produtores de dopamina. A pesquisa foi feita com o uso de ratos de laboratório, que apresentaram alterações comportamentais e neuroquímicas parecidas com as dos portadores de Parkinson e o prejuízo olfativo foi a primeira alteração percebida.
O grupo de pesquisadores da UFSC acredita que após o aprimoramento do estudo, com testes periódicos de olfato, deverão ser aplicados em pessoas com mais de 50 anos para o diagnóstico precoce da doença.
No Brasil há aproximadamente 400 mil parkinsonianos por volta dos 55 anos e a doença só é diagnosticada quando cerca de 60% dos neurônios que produzem a dopamina estão degenerados. A doença tem uma progressão bem mais lenta que o Mal de Alzheimer, podendo ficar até oito anos “em silêncio”. O diagnóstico da doença e sintomas motores em estágio avançado pode ser um fator determinante para a falta de efetividade clínica dos diversos tratamentos usados no combate da doença, portanto a identificação dos portadores da doença em estágio inicial parece essencial para o sucesso de qualquer terapia.

Cientistas fazem mapa genético do câncer

As revistas “Science” e “Nature” publicaram três estudos que mostram a descoberta de que pedaços de genes muito diferentes entre si, seguem o mesmo caminho para entrar em ação e formar um tumor.
É um marco para os estudos da genética do câncer, pois os cientistas conseguiram mapear as alterações genéticas que transformam células normais do cérebro e pâncreas em dois dos tumores mais letais conhecidos. Os resultados apontam para uma nova forma de lutar contra o câncer e de descobri-lo mais cedo, pois a genética do câncer sempre foi um assunto complicado porque os genes culpados pelo tumor cerebral de uma pessoa são diferentes dos envolvidos no de outra. Se novos estudos comprovarem o efeito, os médicos podem, no futuro, usar testes para detectar o gene e determinar o prognóstico, sendo possível verificar se algum remédio funciona melhor em pessoas afetadas com o câncer.
Até hoje, os cientistas encontraram apenas uma pequena fração das alterações genéticas que explicam qualquer uma das 200 doenças que recebem o coletivo nome de “câncer”. Tumores diferentes requerem efeitos dominó diferentes para que as alterações genéticas apareçam, e também para determinar sua gravidade e qual tratamento vai funcionar. A principal descoberta foi o “caos” genético do câncer. Nenhum tumor era idêntico a outro. O câncer pancreático típico continham 63 alterações genéticas; o cerebral, 60. A partir de agora os cientistas pretendem produzir remédios que ao invés de atacarem um gene específico, ataquem a rota que eles seguem até a formação do tumor.

domingo, 7 de setembro de 2008

Plantas subtituem a utilização de derivados do petróleo com a produção de ácidos graxos não-usuais

Um grupo de pesquisadores australianos afirma estar muito próximo de transformar plantas chamadas Arabidopsis em biofábricas produtoras de Ácidos graxos não-usuais que poderão substituir os derivados do petróleo. As plantas agora conseguem acumular 30% desses Ácidos, que são geralmente retirados de derivados do petróleo e matéria-prima usada para a fabricação de tintas, plásticos e cosméticos.
ácidos graxos não-usuais
O grupo também está aplicando a técnica em outros vegetais, fazendo experimentos com plantas oleaginosas e esperando que os resultados sejam ainda mais satisfatórios. Os pesquisadores acreditam ter encontrado os principais genes para a manipulação dos vegetais, para que assim elas produzam o máximo de ácidos graxos não-usuais. Até o momento, a planta que rendeu melhores resultados é a Açafroa.
As vantagens em se utilizar plantas para obtenção desse tipo de matéria prima é um enorme avanço, pois com cada vez menos fontes de petróleo, a agressão ao solo causada e o elevado preço de seus barris, já está mais do que na hora de se encontrar outras fontes para substituir este material.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Governo brasileiro investirá em vacinação anti-HIV

O Ministério da Saúde investirá R$ 25 milhões em pesquisas para desenvolver dois tipos de vacina contra o vírus HIV nos proximos quatro anos. A informação é do ministro José Gomes Temporão na abertura do 1º Seminário Internacional de Vacina Anti-HIV. Segundo ele, em 2006, o Ministério da Saúde investiu R$ 5 milhões em pesquisas sobre vacinas para HIV. Também outros órgãos governamentais ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia – como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) devem fazer contribuições financeiras para o projeto.

As pesquisas que já estão sendo desenvolvidas têm o objetivo de desenvolver uma vacina terapêutica e outra preventiva. Estes estudos realizam-se nas universidades públicas estaduais como a de Campinas (Unicamp) e a de São Paulo (USP). A vacina terapêutica visa a cura mas se isso não acontecer pelo menos ela poderá proporcionar ao paciente para que ele passe longos períodos sem a necessidade de tratamento anti-retroviral. Com isso os pacientes sentirão menos efeitos colaterais dos medicamentos.
Segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Cristina Possas, a vacina terapêutica é desenvolvida em várias fases, inclusive uma que passa pelo teste nas células do paciente. Já a vacina preventiva é desenvolvida em 3 fases (pré-clínica, clínica, e teste em voluntários). Nela, o Brasil está atualmente na fase 2. Em todo o mundo estima-se que $ 1 bilhão venha sendo investido em pesquisas de vacinas contra o HIV de acordo com pesquisas do Ministério da Saúde.

Fonte:

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Dengue:moléculas com características diferentes em células infectadas podem servir de marcadores da doença

Pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre a dengue poderá render aos médicos uma nova ferramenta para acompanhar a evolução da doença, que já provocou dezenas de mortes este ano no Brasil.
O grupo da UFRJ detectou algumas proteínas que têm expressão diferenciada nas células do fígado
infectadas pela doença. Os resultados permitirão um melhor entendimento dos mecanismos da dengue.

Segundo a pesquisadora que conduziu o estudo – a bioquímica Russolina Zingali, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ –, o fígado é um importante órgão envolvido na evolução da dengue.
O estudo das proteínas expressas pelos genes de suas células (proteômica) pode ajudar a entender melhor seu papel nessa doença.
Os pesquisadores analisaram as células do figado que estavam infectadas com o vírus da dengue, pois não existe modelo animal em que a doença se desenvolva de forma semelhante à dos humanos.


Veja mais!

Por Bibiane Moreira

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Olimpíada Basileira das Ciências

Alunos das séries iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio de todo o país vão ter, no ano que vem, a Olimpíada Brasileira das Ciências. A informação foi dada pela secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, em entrevista à Agência Brasil. O principal objetivo das olimpíadas é ser um instrumento de estímulo e educação científica para os jovens tanto em escolas públicas quanto privadas. Além de funcionar como instrumento de identificação de talentos, ela cria um ambiente acadêmico que estimula os estudantes de forma positiva, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação, segundo o conselheiro do grupo de trabalho de educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Isaac Roitman.

Por Diogo Viedo