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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Técnica permite reprodução entre gays

A possibilidade de casais homossexuais terem filhos biológicos através de reprodução assistida está em discussão. A pesquisa veiculada no G1, baseia-se na descoberta de que células do tipo iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”) são idênticas às células tronco embrionárias, só que podem ser coletadas quando adultas e de qualquer parte do corpo humano. Em laboratório, as células iPS são manipuladas de modo a voltar ao estado embrionário, sendo capazes de dar origem a todos os tecidos do corpo humano, inclusive a óvulos e espermatozóides.Tal descoberta pode vir a possibilitar a indução de reprodução entre homossexuais, processo que irá alterar de forma significativa as questões relacionadas a reprodução humana.

Pela relevância, a notícia teve repercussão em sites e blogs direcionados para esse público específico. A sessão de comentários desses sites tornou-se palco de um debate sobre os prós e contras desses procedimentos, e de suas possíveis conseqüências. Além disso, o texto original do portal G1 foi veiculado, com os devidos créditos em outros sites, entre eles: Universo Mix, Jornal de Londrina e Gazeta News.

A técnica ainda não foi realizada e não é certa sua eficácia, mas, existem alternativas que a ciência tem utilizado para possibilitar a reprodução entre casais homossexuais. A reprodução assistida entre mulheres já é uma realidade. Nesse caso, uma das futuras mães doará o óvulo que será fecundado por um esperma colhido em um banco de sêmen, e a outra, o útero onde será implantado o embrião resultante da fecundação.

O procedimento está sendo realizado por um casal de brasileiras, e foi retratado pela revista Época em março. A publicação aborda a história delas, o processo para realizar a inseminação, a legalização da maternidade, outros exemplos de famílias homossexuais com filhos e ilustrações que explicam o processo científico de forma simplificada. Além da simples personificação do assunto, a revista procurou outros viéses e conseguiu explicar de forma objetiva o processo científico comentado.

A polêmica em torno da questão rendeu entre os dias 13 de março e 20 de abril, 447 páginas de comentários na página da revista. O blog Na Ponta dos Dedos reproduziu a reportagem da revista, gerando no site uma série de opiniões sobre o tema.

O site Um outro Olhar divulgou neste mês, a notícia sobre um casal de espanholas que conseguiu na justiça o direito de registrar conjuntamente o bebê nascido através desse mesmo processo que está sendo repetido pelas brasileiras.

Outra possibilidade de reprodução que obteve êxito e foi noticiada no portal G1, é o “bebê com três mães”. O fato ocorreu com três irmãs britânicas. Uma delas era impossibilitada de ter filhos, a outra doou o óvulo, a terceira, o útero e o marido de uma delas o espermatozóide para a fecundação. O procedimento realizado em 2005 deu tão certo, que foi repetido com a mesma família. O segundo bebê gerado sob tal técnica já está na décima quinta semana de vida.

Percebe-se, em especial, que as notícias sobre reprodução humana entre homossexuais tiveram repercussão onde foram divulgadas, incluindo os segmentos a que são dirigidas, mantendo um debate com a sociedade. Toda a repercussão gerada pela notícia demonstra que a sociedade está refletindo sobre questões relacionadas à bioética e a manipulação da reprodução humana.


Por Bruno Barichello, Rejane Fiorenza e Mariana Silveira

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