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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pesquisa revela interesse dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia

                                                                
Em 2015, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) promoveu a quarta edição da pesquisa: Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. O estudo fez um levantamento sobre o grau de informação e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia (C&T).

Já em 1979 foi realizada a primeira enquete sobre percepção pública da C&T nos Estados Unidos. A ação se repetiu ao longo dos anos seguintes no país. No entanto, o Brasil só fez sua primeira enquete em 1987, e duas pesquisas amplas em 2006 e 2010. Na pesquisa realizada em 2015, foi utilizado como base um questionário com 105 perguntas. Foram analisada a percepção dos brasileiros sobre temas relacionados ao C&T, que têm relevância e impacto nacional. 

A enquete foi aplicada em brasileiros com faixa etária inicial de  16 anos ou mais, divididos por gênero, escolaridade e renda declarada, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações foram coletadas em entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil. A caracterização dos entrevistados foi feita por meio do levantamento do perfil sociodemográfico e de avaliação das condições de vida e moradia. Um estudo preliminar baseado em pesquisas anteriores aplicadas no país examinou a formulação das perguntas quanto as escalas de resposta e organização dos dados. 

O interesse dos brasileiros sobre assuntos relacionados ao C&T é bastante elevado, no entanto, o acesso à informação científica e tecnológica é precário, especialmente em camadas sociais de menor escolaridade e renda salarial. Entre as enquetes de 2010 e de 2015, o interesse declarado caiu para a maioria dos assuntos. A TV é o meio mais utilizado para adquirir conhecimento em relação ao C&T. De acordo com a pesquisa, o nível de consumo de informação científica através deste meio e do rádio se manteve estável nos últimos anos, enquanto o acesso à informação científica em jornais, livros e revistas, que já era reduzido em 2010, decaiu ainda mais em 2015.

Os brasileiros  consideram os cientistas como fonte confiável de informação.  Com base em dados pesquisados em 2006, os cientistas  têm o nível mais alto de confiança entre os atores sociais , acima de jornalistas e médicos. 



Ciência e Tecnologia trazem otimismo aos brasileiros



Em 2015 foi realizada pela quarta vez, a pesquisa sobre a Percepção Pública da Ciência e da Tecnologia no Brasil feita pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo de tal pesquisa foi levantar o interesse, o acesso à informação, o conhecimento da população, especificamente homens e mulheres de diferentes graus de formações e escolaridades com idade acima de 16 anos, em relação a C&T. Ao todo, 1962 pessoas responderam à um questionário, que atuava com perguntas diretas e indiretas. Posteriormente, o questionário serviu para que fosse notado um certo otimismo da população em relação ao foco da pesquisa.

Histórico da pesquisa

Com o intuito de favorecer a inclusão social e contribuir para estimular os jovens à seguirem carreiras científicas, a ideia da pesquisa teve início nos Estados Unidos, no ano de 1979. Quase uma década depois, em 1987, o Brasil fez a sua primeira enquete nacional do tipo, trazendo pesquisas completas nos anos 2000. Desde aquela época, foi estudado e aperfeiçoado o método de pesquisa, de levantamento de dados relacionados ao tema, o que pôde identificar tendências e variáveis latentes para o estudo da evolução das atitudes e opiniões dos brasileiros ao longo do tempo. 

Os dados

Chamou a atenção dos pesquisadores que o acesso à informação e interesse pela Ciência e Tecnologia varia de grau crítico a cauteloso em relação à escolaridade e formação do entrevistado. Pessoas que tem menos conhecimento ou estudo, consequentemente, tem menor conhecimento sobre o assunto. Apesar dessas influências, os resultados das pesquisas acabaram por superar as expectativas: a atitude dos brasileiros em relação à ciência e tecnologia é bastante positiva e otimista, cerca de 61%, um número bem maior do que esportes, 56%, moda, 34%, e política que alcançou somente 28% da população. 

De acordo com os resultados da pesquisa, o otimismo seria devido a ciência e tecnologia trazer esperança à população no âmbito da transformação, ou seja, do que pode mudar na qualidade de vida das pessoas. Porém, fazendo uma relação entre a ciência e tecnologia com o meio ambiente, medicina e saúde, o número é bem mais elevado, cerca de 78%, comparando também à religião.

O acesso

Sobre o acesso a Ciência e Tecnologia, a pesquisa aponta que a TV ainda é o meio mais utilizado, cerca de 21%. Porém, a maioria dos entrevistados disseram informar-se “nunca, ou quase nunca” sobre o tema em outros meios de comunicação, como jornais, revistas, livros, rádio e conversas com amigos. Aproximadamente 20% da população acha que a divulgação é feita de forma insatisfatória, seja no que se refere ao número de matérias, quanto à qualidade do conteúdo.

Enquetes, tanto internacionais como nacionais, apontam que a maioria das pessoas entrevistadas afirmam que existem mais resultados benéficos em relação ao conhecimento científico e tecnológico são maiores que os maléficos. Em termos de otimismo quanto a ciência e tecnologia o Brasil é destaque, com 73% dos cidadãos em relação à 10 a menos em relação aos Estados Unidos (63%).





Pesquisa revela que mais da metade dos brasileiros associam C&T a mais benefícios para a humanidade

No ano de 2015 o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizaram a quarta edição da pesquisa Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. De acordo com as pesquisas divulgadas pelo CGEE, os objetivos principais dos relatórios, a priori, foi realizar um levantamento atualizado sobre interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia. Após, foi produzido uma análise da evolução dessa percepção pública sobre a área na última década.
A justificativa do projeto baseia-se em conhecer as percepções e até onde vai o conhecimento da população brasileira em Ciência e Tecnologia (C&T). A partir disso, também é possível compreender, segundo a pesquisa, as vertentes econômicas, políticas, culturais, educacionais da C&T. O que leva, por vezes, impulsionar e ampliar a área de conhecimento afim de restaurar e aprimorar políticas públicas em educação cientifica. Além de atrair os jovens – público alvo- a se inserir em pesquisas e carreiras científicas.


Meios de comunicação e como falar sobre Ciência e Tecnologia

Os resultados de 2015 apontam que 61% dos brasileiros declararam ter bastante interesse por assuntos relacionados a Ciência e Tecnologia - em conseguinte ficou Esportes, Moda e Política – porém, em comparação a pesquisa anterior divulgada em 2010, os interesses declarados em C&T foram de 65% da população.  Por mais que haja bastante interesse, o modo de consumir esse conteúdo, por vezes, fica prejudicado pelo pequeno suporte e auxilio que recebe – não só falando de conteúdo, mas também, de material humano para realizar pesquisas e inovações na área. Mesmo com o advento da tecnologia e o contínuo “boom” das mídias digitais o acesso a essa informação ainda é pequeno pelos meios tradicionais.
Na pesquisa, os entrevistados declaram que o meio que mais absorvem conteúdo com frequência sobre C&T é na TV. Em segundo lugar ficou a internet com a infiltração das redes sociais. Contudo, a maioria também indicou que “nunca, ou quase nunca” se informam sobre esta temática a partir dos outros meios como: jornal, rádio, revista, livros e conversas informais com amigos. O número que já era reduzido em 2010 para as pessoas que acessavam este conteúdo por meio de livros e revistas decaiu ainda mais em 2015.  Os dados revelam uma queda de 12% para 6% em 2015. Porém, o rádio ainda é a última opção para consumir conteúdo sobre C&T.
O que podemos tratar como evolução - nada mais efetivo e instantâneo – a aparição da internet e das redes sociais que obtiveram um aumento bastante relevante para a pesquisa. De 23% declarados consumidores em 2006, os resultados neste âmbito, foram para 48% em 2015.


Satisfação do público com as descobertas científicas 

 A partir disso, é possível verificar no estudo a noção de satisfação na publicação das descobertas cientificas pelos meios de comunicação. Segundo os dados, cerca da metade dos brasileiros credita que os veículos de comunicação noticiam de maneira satisfatória as descobertas na área de C&T. Todavia, ainda 20% avaliam satisfatória, no mesmo nível, a população considera que a informação não é satisfatória. Os motivos seriam o conteúdo da matéria, a escolha da linguagem – por vezes de difícil entendimento -, a incredibilidade das fontes, descompromisso/desinteresse com as causas e consequência que as aplicações em C&T podem trazer, e também, a matéria ser, por vezes, tendenciosa. 

Divulgação da Ciência 

A pesquisa também aborda questões como visitações a espaços públicos, culturais e com valor científico. Assim, conforme os resultados, foi possível observar que o interesse dos brasileiros em participar e/ou visitar esses projetos cresceu significativamente nos anos de 2006 a 2015. A participação em feiras e olimpíadas elevou-se de 13% para 21%. Visitas na Semana Nacional de C&T, de 3% para 8%. Já a ida a museus ou centros de C&T aumentou de 4% para 12%. O estudo aponta que o crescimento mais efetivo se deu em regiões que tinham uma situação mais vulnerável em termos de infraestrutura de C&T, além é claro, da ausência de estratégias significativas para a divulgação da ciência.  
Esse trabalho desenvolvido pelo CGEE em parceria com o MCTI, ressaltou alguns pontos positivos para o nosso país tendo em vista conhecer o público brasileiro e como eles se apropriam dos projetos voltados Ciência e da Tecnologia.  De acordo com os números, a última pesquisa (2015) revela que cerca da metade da população (54%) opina que a C&T está associada “só a benefícios” para a humanidade. Outros 19% acreditam que a C&T atende-se por trazer “mais benefícios do que malefícios”. Só 4% dos entrevistados declaram que os malefícios prevalecem. Segundo o relatório, as opiniões equivalem a todos as faixas de renda e escolaridade em todas regiões do Brasil, prevalecendo um pouco mais na região Sul. 

Confiança e credibilidade 

A consequência assertiva destes resultados, advém, segundo os entrevistados, na confiança nos cientistas.  O texto traz que os cientistas ligados a instituições públicas tem o nível mais alto de confiança entre os atores sociais desde 2006. Ficando acima de jornalistas e até médicos. Assim, por meio deste estudo pudemos perceber que os brasileiros estão cada vez mais acreditando que estudos ligados a C&T são, de fato, relevantes para a sociedade. Além é claro de trazer grandes inovações que buscam facilitar e melhorar a qualidade de vida. Para finalizar a pesquisa, 78% dos brasileiros apoiam a iniciativa de haverem maiores investimentos de recursos públicos para a C&T. Com isso, o país avança e colhe frutos cada vez mais significativos para estabelecer uma garantia a população de evolução.  

A Ciência e a Tecnologia: um assunto constante entre os brasileiros

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizaram em 2015, mais uma edição da pesquisa: Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Este estudo tem como objetivos principais realizar um levantamento atualizado sobre interesses, grau de informações, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia (C&T).
Essa pesquisa é realizada em vários países da Europa, Ásia e Estado Unidos. Aqui no Brasil já está na quarta edição. A primeira foi em 1987, já as de 2006 e 2010 foram mais amplas e qualitativas. Na edição de 2015 foram entrevistadas 1962 pessoas de todas as regiões do Brasil. A coleta de dados foi realizada entre os dias 22/12/2014 e 16/3/2015 e teve como base um questionário de 105 perguntas, para toda a população brasileira com 16 anos de idade ou mais, estratificada por gênero, faixa etária, escolaridade, renda declarada, com cotas proporcionais ao tamanho da população, segundo os dados do IBGE.
Segundo dados da pesquisa, 61% dos brasileiros declaram ter bastante interesse por assuntos de C&T, 56% afirmou ter interesse em Esportes, 34% assumiu ter interesse em Moda e 28% da população disseram ter interesse na Política. Os temas correlacionados com a C&T, como Meio Ambiente e Medicina/Saúde, é muito elevado, com 78% para ambos, comparável ao interesse por Religião que foi de 75%.


O meio mais utilizado para obter informações sobre C&T pelos brasileiros é a Televisão, seguidos dos jornais, revistas, livros, rádio e conversas com amigos. O consumo de informação científica na TV e no rádio se manteve estável nos últimos anos, entretanto o acesso em jornais, livros e revistas diminuiu ainda mais em 2015. Porém, o uso das redes sociais dobrou da pesquisa de 2010 para a de 2015. Cerca de 48% da população utiliza os meios sociais como fonte de informação.


Os brasileiros ainda não possuem o hábito de participar de atividades científicas-culturais, como visitar feiras, museus, bibliotecas, jardins botânicos e afins. Comparado à última pesquisa o Brasil evoluiu, mas ainda não atingiu os patamares da Europa. Assim como nas enquetes internacionais, a grande maioria dos brasileiros acredita que a ciência e a tecnologia trazem mais benefícios do que malefícios para a população. Segundo dados da pesquisa, a população brasileira avalia como positivo o avanço tecnológico. Os brasileiros, em sua maioria, confiam nos cientistas como fonte de informação.
A grande maioria dos brasileiros concordam que a pesquisa científica é essencial para a indústria, o que tem tornado a vida mais confortável. Porém, em algumas questões a população tem se mostrado divididos: a metade dos brasileiros discorda que a C&T ajuda a eliminar pobreza e fome no mundo e concorda que o uso dos computadores e a automação geram perda de emprego.
Além disso, eles consideram necessário o estabelecimento de padrões éticos sobre o trabalho dos cientistas e, que estes profissionais deveriam expor publicamente os riscos decorrentes da Ciência e da Tecnologia, pois as pessoas são capazes de compreender o conhecimento cientifico se for bem explicado.
A pesquisa revelou que o grau de avanço da ciência brasileira cresceu significativamente de 1987 a 2010, sofrendo uma retração em 2015. Em 1987 a pesquisa mostrou que 59% dos entrevistados apontava que a ciência brasileira estava atrasada no campo das pesquisas científicas e tecnológicas, já em 2006 e 2010 foram 35% e 28% da população, respectivamente. Agora em 2015, no entanto, pela primeira vez, aumentou a porcentagem dos brasileiros que considera a situação do País em pesquisa como atrasada, foram 43% da população. Um dos fatores que a pesquisa apontou para não haver um maior desenvolvimento na área da Ciência e da Tecnologia, seria a falta de investimentos por parte do governo.

Confira o questionário da Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil de 2015.

Percepções dos brasileiros sobre ciência e tecnologia

A quarta edição da pesquisa: Percepção pública da ciência, Tecnologia e Inovação  no Brasil faz um levantamento sobre o interesse da população em relação a ciência e  a tecnologia no país. Na pesquisa de 2015 foram direcionadas 105 perguntas para a população brasileira com idades a partir de 16 anos. 
Para executar a análise, os resultados apresentados foram subdivididos. No interesse em grau de informação por C&T, podemos ver no gráfico apresentado na pesquisa que os brasileiros estão se preocupando mais com os assuntos referentes a saúde e ciência e menos com política. De 2010 a 2015 o interesse diminuiu na maioria dos temas, inclusive em C&T que reduziu em 4%. Apenas política e religião se mantiveram com os mesmos resultados. Em 2013 foi realizada uma pesquisa com a União Europeia (EU) na qual traz dados de 53% de interesse da população quando se fala em C&T. O número é menor comparado ao Brasil que tem 61% de pessoas interessadas.
O crescimento da internet e redes sociais vem para colaborar e facilitar o acesso a informação, mas a televisão ainda é o maior meio de comunicação para adquirir informações. Conforme resultados,  21 % dos brasileiros se informam com muita frequência pela TV e 49% com pouca frequência. A maioria dos entrevistados "nunca ou quase nunca" buscam o assunto C&T nos meios de comunicação de massa. O consumo de mídia entre rádio e TV se mantiveram estável na pesquisa. A busca por jornais, livros e impresso em geral diminuiu em 2010 e ainda mais em 2015.
Já o uso da internet aumento o dobro entre 2006 e 2015, de 23% para 48%. A internet ainda não é maior, mas está próximo da televisão com, pois a utilização é mais abrangente entre os jovens. A web, também por ser uma ferramenta plural, é vista como um bom recurso para ter informações do dia a dia e também sobre C&T, sites de pesquisas. jornais, revistas e redes sociais.
As descobertas científicas e tecnológicas são midiatizadas, mas, segundo a pesquisa, cerca de metade dos brasileiros estão satisfeitos com as notícias mostradas pela mídia e 20% consideram que a divulgação é parcialmente satisfatória. Um pouco mais de 20% afirmam que a informação não é satisfatória, tanto na quantidade quanto na qualidade do material exibido no meios de comunicação. 
A pesquisa indica alguns motivos para a mídia não mostrar de maneira satisfatória as descobertas tecnológicas.Os dados foram divididos entre TV, internet e jornais impressos. O jornal impresso é o meio mais atingido na questão de quantidade de matérias, 37,4% de material insuficiente, 1,7% mais que  a TV.  Outro ponto apresentado no estudo são as fontes não confiáveis, na qual a internet se sobressai com 32,1%. A TV e o jornal impresso se mantém com um pouco mais de 20%.
Já, nos quesitos tendenciosidade e conteúdo de má qualidade, a TV concentra 20,7%. O jornal impresso é 0,7% mais em conteúdo de má qualidade do que a televisão.
Os brasileiros estão visitando mais museus, bibliotecas e participam de atividades públicas em ciência. Conforme o estudo, em comparação aos países europeus, os dados ainda são baixos, mas houve uma crescente no país. Entre 2006 e 2015 a participação em feiras de ciências e olimpíadas aumentaram 8% e a visita em museus também cresceu 8%. 
É importante salientar que esse aumento é mais forte entre os jovens. As visitas feitas nos zoológicos e em tudo que é relacionado a natureza, alcança cerca de 30% dos brasileiros, até o ano passado. Outra observação significativa, de acordo com a pesquisa, é que o acesso à esses lugares são difíceis e a inexistência destes lugares em algumas regiões.

Perspectivas sobre C&T

De acordo com a análise, desde 1987 cresce o número de pessoas que acreditam que a ciência e tecnologia está associada a benefícios. Hoje essa opinião é da maioria dos brasileiros. A maior parte da população, 73%, acredita que a C&T traz mais benefícios do que malefícios ou só benefícios. Apenas 4% acreditam que os malefícios sejam superiores. Em 2010, os dados em relação a benefícios chegavam a 81%. A pesquisa foi realizada em todas as faixas de renda, escolaridade e em todas as regiões do Brasil. 
Os gráficos da pesquisa mostram que o mundo pensa que a C&T traz mais benefícios à humanidade. O Brasil é um dos países mais otimistas e é, em dados, parecido com a China. Nos EUA, por exemplo, são 8% da população que acreditam apenas em malefícios na C&T. Essa referência dos americanos é baixa, mas ainda é superior ao Brasil onde 4% dos brasileiros que consideram malefícios.
Outra perspectiva trazida pelo estudo é o cientista como fonte de informação de confiança. Na escala de atores sociais pesquisados, o cientista ligado às instituições públicas tem nível mais alto de confiança. Logo abaixo do cientista, está o jornalista e o médico. O índice de confiança do jornalista subiu desde 2006 e superou o dos médicos em 2015. O jornalista possui 0,74% de confiança, 0,4% mais que os médicos. Os políticos nesta escala se mantém baixo.
No estudo, os brasileiros acreditam que a C&T proporcionou mais conforto na vida e contribuirá para diminuir a desigualdade social do país, mas mais da metade dos brasileiros vê problemas com a C&T. Metade dos brasileiros acreditam que a ciência e tecnologia não pode eliminar a fome no mundo e concorda que os computadores e automação geram perda de empregos. Mais da metade da população considera a C&T como causadora de problemas ambientais e acham que os cientistas tem conhecimento que isso pode causar perigo a todos. 
A maioria dos brasileiros julgam que os cientistas devem expor os riscos com o passar do tempo na C&T e que deveria ter participação popular nas decisões tomadas quando o assunto for ciência e tecnologia.

Ciência e Tecnologia no Brasil

Na pesquisa, é possível ver que desde 1987 a ciência brasileira não crescia quanto ao investimento no campo de pesquisas científicas e tecnológicas. Em 1987 era 59%, depois em 2006 e 2010 diminuíram, 35% e 28% respectivamente. Pela primeira vez, em 2015 aumentou a parcela em que os brasileiros consideram a situação do país como atrasada em 43%.  
A maior parte da população, 78% apoia a ideia de que devem ser feitos mais investimentos na C&T. 
Uma comparação feita no estudo entre Brasil e outros países, mostra que os americanos acreditam menos que os brasileiros no maior investimento de recursos na ciência. No Brasil, 3% da população considera que deveria diminuir, contra 12% nos EUA. Na Suécia, França e Espanha ficam na média de 40% a favor.
Outro ponto levantado na pesquisa é que os brasileiros consideram que os maiores investimentos devem ser feitos nos medicamentos e tecnologias médicas. Depois em energias alternativas e agricultura. Em menos proporção de investimentos em mudanças climáticas e exploração de recursos da Amazônia. 
Uma análise realizada dentro da pesquisa é que são poucas as pessoas que lembram de algum cientista.
 Em 2015, 12% dos brasileiros de alguma instituição que fala pesquisa e apenas 6% lembraram de um cientista de nome brasileiro. Esses dados são menores do que em 2010, reduziu 6% em nomes de instituição e nomes de cientistas.

Pesquisa aponta grau de interesse dos brasileiros em relação à ciência e tecnologia


A quarta edição da pesquisa "Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil", realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), atualizou o levantamento sobre interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia (C&T), produzindo assim uma análise da evolução dessa percepção pública sobre a área na última década.

A pesquisa de opinião teve como base um questionário com 105 perguntas, com amostra probabilística representativa de toda a população brasileira com 16 anos ou mais, separada por gênero, faixa etária, escolaridade, renda declarada, com cotas proporcionais ao tamanho da população.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados foram coletados entre os dias 22/12/2014 e 16/3/2015, em 1962 entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil. A caracterização dos entrevistados foi feita por meio do levantamento do perfil sociodemográfico e de (auto) avaliação das condições de vida e moradia. O questionário de 2015 está baseado, em grande parte, nas perguntas das enquetes nacionais de 2006 e 2010, com a finalidade de garantir a comparabilidade entre as edições e possibilitar a análise da evolução histórica da percepção púbica sobre C&T no Brasil.

Os brasileiros declaram ter maior interesse por assuntos de C&T: 61% deles dizem ser interessados ou muito interessados em C&T, uma média maior que para o tema Esportes (56%), Moda (34%) ou Política (28%). O interesse por temas correlacionados com a C&T, como Meio Ambiente e Medicina e Saúde, é elevado, com 78% para ambos, em comparação ao interesse por Religião (75%).
 A TV é o meio mais usado para adquirir informações sobre C&T, 21% dos brasileiros fazem isso com muita frequência e 49% com pouca frequência. A maioria declara informar-se “nunca, ou quase nunca” sobre C&T nos outros meios de comunicação, como jornais, revistas, livros, rádio e conversas com amigos. Há um crescimento expressivo do uso da internet e das redes sociais, porém, o acesso à informação sobre C&T é pequeno para a  maioria dos brasileiros
Apesar do aumento na procura por espaços científico-culturais, a visitação a museus e centros de C&T continuam baixas. O acesso é ainda menor em camadas de renda e escolaridade mais baixas. Cresceu significativamente, de 2006 a 2015, a participação em feiras e olimpíadas de ciências (de 13 % para 21%), na Semana Nacional de C&T (de 3% para 8%) e a visitação a museus ou centros de C&T (de 4% para 12%). O crescimento mais notável foi em regiões que eram menos favorecidas em termos de infraestrutura de C&T e de divulgação científica. O aumento da visitação em museus e centros de C&T foi mais intenso entre os jovens.
De acordo com a pesquisa, as atitudes dos brasileiros sobre C&T são positivas, prevalecendo a percepção sobre seus benefícios, a confiança nos cientistas e nas suas motivações, bem como o reconhecimento da importância do investimento público em C&T. O otimismo quanto aos impactos da C&T vem crescendo desde 1987. O número de pessoas que acreditam que a C&T está associada “só a benefícios” para a humanidade, continuou crescendo de forma expressiva, desde 1987, e hoje tal opinião é a da maioria dos brasileiros. Isto ocorreu mesmo que, em 2015, tenha havido uma retração na porcentagem de pessoas que acreditam que a C&T traz “mais benefícios que malefícios”.

A maioria dos brasileiros (73%) declara acreditar que C&T traz “só benefícios” ou “mais benefícios do que malefícios” para a humanidade, em 2010 este número alcançava 81%. A minoria (4%) acredita que os malefícios sejam predominante. A opinião otimista prevalece em todas as faixas de renda e escolaridade, assim como em todas as regiões do Brasil, sendo maior na região Sul. 

Em 2015,  cresceu o número de brasileiros que considera a situação do país em pesquisa como atrasada: 43%, apoiando o aumento do investimento público em C&T. A maioria da população (78%) defende ideia de que devem ser feitos mais investimentos de recursos públicos em C&T. Grande parte dos brasileiros apontam que a principal razão para não haver um desenvolvimento em C&T no país é a insuficiência de recursos. Para eles, a área prioritária para investimento, é a dos medicamentos e tecnologias médicas.

Através de uma escala de 1 a 10, foram abordadas questões que preocupam os brasileiros e nas quais a C&T está envolvida. O maior índice de preocupação ficou com o desmatamento da Amazônia (9.2), seguido por efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global (9), uso de pesticidas na agricultura (8,4), uso da energia nuclear (8,1) e plantas transgênicas ou comida com ingredientes transgênicos como possíveis causadoras de doenças (7,9).

É baixo o número de brasileiros que conhecem instituições que se dedicam a fazer pesquisa científica, assim como, saibam quem sãos os grandes cientistas nacionais.Uma pequena parcela da população consegue lembrar o nome de algum cientista brasileiro importante ou de alguma instituição de pesquisa. Em 2015, apenas 12% dos brasileiros se lembraram de alguma instituição que faça pesquisa no País e só 6% lembraram o nome de um cientista brasileiro. Esses números são menores que os da enquete de 2010 (18% e 12%, respectivamente).O desconhecimento entre os jovens é particularmente significativo e também esta presente entre pessoas com título superior.







O interesse do brasileiro por ciência e tecnologia

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizaram a quarta edição da pesquisa: Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil em 2015. A primeira edição dessa pesquisa no país foi realizada em 1987, seguindo países como Estados Unidos, Índia, China e Japão, que já aplicavam o estudo. 
A pesquisa teve como principal objetivo conhecer o nível de interesse da população por questões relacionadas à ciência e a tecnologia e também como é o acesso delas a esse tipo de informação. 

Esta pesquisa teve como base um questionário com 105 perguntas, com amostra probabilística representativa de toda a população brasileira com 16 anos de idade ou mais. identificadas em subgrupos com semelhanças em relação à idade, escolaridade, renda, etc. 
Os resultados da pesquisa mostraram que a população brasileira em geral se interessa pelos assuntos relacionados à ciência, embora o acesso a elas ainda seja difícil, especialmente para a população com uma renda menor. O principal meio de comunicação elegido pelos entrevistados foi a televisão, mesmo com o crescente interesse pelas redes sociais, a televisão é o principal meio para a busca de informações, ganhando não só da internet, como também de jornais, revistas e rádio. 

Cerca da metade dos brasileiros avalou que os meios de comunicação noticiam de maneira satisfatória as descobertas científicas e tecnológicas, embora 20% achem que essa divulgação é feita de forma parcialmente satisfatória e, em igual proporção, consideram que a informação não é satisfatória, tanto no que se refere ao número de matérias quanto à qualidade do conteúdo divulgado. Entre os principais motivos para considerar a divulgação da mídia insatisfatória, se encontram reclamações referentes ao número de matérias, fontes não confiáveis, tendenciosidade, etc. 

A participação do brasileiro em feiras e olimpíadas de ciências, assim como a visitação à centros culturais e museus aumentou significativamente de 2006 a 2015, embora ainda possa ser considerada baixa em relação à países europeus. 

De uma maneira geral, os brasileiros apoiam e se interessam pelo campo da ciência, avaliando de forma positiva os avanços feitos nesta área no país, se unindo aos outros países ao acreditar que resultados benéficos do desenvolvimento científico e tecnológico são maiores que os malefícios Porém,  a maioria dos brasileiros afirma se preocupar com riscos decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico. Por exemplo, mais da metade dos entrevistados veem a área da ciência e tecnologia como principal responsável por problemas como desmatamento e poluição. 

Comparado os resultados à primeira pesquisa feita, percebemos que o brasileiro se tornou muito mais confiante com os estudos científicos realizados em seu país, deixando para trás a ideia de que o país é atrasado nesse quesito. Eles também reconhecem que o grande fator para que não haja um desenvolvimento maior é a falta de recursos, já que, assim como em muitos países, a área de prioridade é a de medicamentos e tecnologias médicas. 


A Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil

Na quarta edição da pesquisa Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil, feita em 2015, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tiveram como objetivos principais realizar um levantamento atualizado sobre interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia (C&T) e produzir uma análise da evolução dessa percepção pública sobre a área na última década.
O questionário de 2015 está baseado nas perguntas das enquetes nacionais que aconteceram em 2006 e 2010, possibilitando, assim, uma comparação entre as edições anteriores e uma análise da evolução histórica da percepção pública sobre C&T no Brasil. Nesta pesquisa de opinião quantitativa foi utilizado como base um questionário com 105 perguntas (abertas e fechadas), com amostra probabilística representativa de toda a população brasileira com 16 anos de idade ou mais, estratificada por gênero, faixa etária, escolaridade, renda declarada, com cotas proporcionais ao tamanho da população, segundo os dados do IBGE.
Os brasileiros declararam ter bastante interesse por assuntos de C& - 61% foi o dado coletado entre os interessados e os muito interessados, um dado muito maior que o tema Esportes (56%) por exemplo. O interesse por temas correlacionados com a C&T, como Meio Ambiente e Medicina e Saúde, é muito elevado, com 78% para ambos. Entre a enquete de 2010 e a de 2015, o interesse declarado caiu ligeiramente para a maioria dos assuntos, inclusive para C&T (de 65 para 61%).

Acesso à Informação

A TV é o meio mais utilizado como acesso à informação sobre C&T. A maioria dos entrevistados declarou que "nunca, ou quase nunca" pesquisaram sobre esse assunto nos outros meios de comunicação investigados (jornais, revistas, livros, rádio e conversas com amigos). Já o consumo pelo rádio e a TV nível se mantiveram estáveis nos últimos anos.
As redes sociais vem crescendo logo atrás, tendo dobrado entre 2006 e 2015 o uso a internet e das redes sociais como fonte de informação sobre C&T.Muitas pessoas declaram utilizar, como fonte para acessar informação de C&T na internet, sites de instituições de pesquisa, seguidos de sites de jornais e revistas, Facebook, Wikipedia e blogs.

Brasileiros e C&T

São, em geral, muito positivas as atitudes dos brasileiros sobre C&T. Prevalece a percepção sobre benefícios, a confiança grande nos cientistas e nas suas motivações, bem como o reconhecimento da importância do investimento público em C&T. O otimismo quanto aos impactos da C&T vem crescendo desde 1987.

O Índice de Confiança (IC), que engloba, em graus de mais ou menos confiança nos diversos profissionais, como fonte de informação em assuntos importantes, os cientistas ligados a instituições públicas têm o nível mais alto de confiança entre os atores sociais pesquisados (desde 2006), acima de jornalistas e médicos.

Os brasileiros acreditam que a pesquisa científica é essencial para indústria, assim como a C&T está tornando nossas vidas mais confortáveis. A pesquisa ainda afirma que os governantes devem seguir, pelo menos em parte, as orientações dos cientistas e que a experimentação animal deve ser permitida dependendo do caso. Por fim os resultados da pesquisa mostram que a maioria dos entrevistados acreditam que a C&T poderá contribuir para a redução das desigualdades sociais no País.

Existem, embora, críticas e percepções negativas. A maioria dos brasileiros expressa coletivamente uma preocupação com riscos decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico e não ignora limitações na C&T. Mais da metade dos brasileiros vê a C&T como responsável pela maior parte dos problemas ambientais e acha que os cientistas têm conhecimentos que os tornam perigosos.

Os brasileiros se mostram mais divididos em algumas questões. Metade dos brasileiros pesquisados discorda que a C&T ajuda a eliminar pobreza e fome no mundo e concorda que o uso dos computadores e a automação geram perda de emprego e defende que uma nova tecnologia não deve ser usada caso suas consequências não sejam bem conhecidas. Também divididos quanto à ampla liberdade de pesquisa por parte dos cientistas e quanto à responsabilidade destes em relação ao mau uso que outros fazem de suas descobertas. Com isso decidem que é necessário o estabelecimento de padrões éticos sobre o trabalho dos cientistas, eles devem expor publicamente os riscos decorrentes da C&T de maneira que as pessoas são capazes de entender o conhecimento científico se este for bem explicado; e deveria haver participação da população nas grandes decisões sobre os rumos da C&T.

Resultados Gerais

As pessoas mais informadas não necessariamente possuem visões mais positivas e as pessoas com visões mais cautelosas ou críticas não necessariamente possuem menor grau de escolaridade. As trajetórias de vida e o contexto de moradia, capital social, valores, participação em atividades de sociabilidade e políticas, têm um peso importante na forma como as pessoas se apropriam da informação científica e formam suas atitudes sobre os cientistas e sobre a ciência e tecnologia.

Para que as ações de popularização científica e de educação em ciência sejam aprimoradas, é importante conhecer e analisar o grau de informação, o conhecimento geral, as atitudes e as visões da população brasileira sobre C&T. Por isso, são feitas as pesquisas de Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil, pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Entender as implicações econômicas, políticas, educacionais, culturais e éticas da percepção pública da C&T pode contribuir para a formulação mais adequada de políticas públicas em educação científica e em comunicação pública da ciência. Tal conhecimento pode favorecer, ainda, a inclusão social e contribuir para estimular os jovens para as carreiras científicas.


Leonardo Bedin


Pesquisa revela que o acesso a conteúdos relacionados à Ciência e Tecnologia é escasso no Brasil

A quarta edição da pesquisa Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil revelou que os brasileiros possuem escasso acesso à informação científica e tecnológica, embora tenham bastante interesse sobre as áreas. A pesquisa realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no ano de 2015, também avaliou o interesse por temas como Política, Moda, Esportes, Arte e Cultura, Economia, Religião, Meio Ambiente e Medicina e Saúde.

Segundo a pesquisa, 61% dos brasileiros são interessados em Ciência e Tecnologia, uma porcentagem bem maior que as apresentadas para temas como Esportes (56%), Moda (34%) e Política (28%). Áreas como Meio Ambiente e Medicina e Saúde também apresentam interesse elevado, com 78% para ambos, comparável ao interesse por Religião, que representa 75%.

Embora elevado, o interesse por C&T caiu em relação aos dados levantados em 2010. No ano, o número era de 65%. O interesse por moda também apresentou baixa significativa. Já os interesses declarados em Política e Religião permaneceram os mesmos. Os percentuais levantados no Brasil são comparáveis ou superiores às médias da maioria dos países nos quais tais enquetes foram efetuadas. Na União Europeia, 53% da população entrevistada declarou interesse por C&T.

Meios de comunicação mais utilizados para consumo da informação

A TV é o meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros para adquirir informações sobre C&T há anos. Cerca de 21% consome com mais frequência e 49% com menos frequência. Meios como jornais, revistas, livros e conversas com amigos, são cada vez menos utilizados pelos brasileiros para consumo desse tipo de informação.

O uso da internet e das redes sociais como fonte de informação sobre C&T dobrou entre 2006 e 2015 (de 23% para 48%), e já se aproxima da TV (18% consome com muita frequência). É provável que tal uso seja maior entre os jovens. Sobre a qualidade desta divulgação, metade dos brasileiros avalia como satisfatórias as notícias sobre descobertas científicas e tecnológicas. Uma parcela equivalente a 20% acha a divulgação mediana e o restante considera insatisfatória no que se refere à qualidade do conteúdo divulgado. Os principais motivos apontados pelos brasileiros que descontentes são número insuficientes de matérias veiculadas e fontes não confiáveis.

Cresce o número de visitantes a espaços científico-culturais

A pesquisa revelou ainda um crescimento no número de brasileiros que visitam espaços científico-culturais e que participam de atividades públicas de popularização da ciência. De 13% constatados em 2006, o número de participantes em feiras e olimpíadas de ciência foi para 21%, em 2015. Também houve crescimento significativo na visitação a museus ou centros de C&T – de 4% para 12% - mais intenso entre os jovens. Foi observado que o crescimento mais forte ocorreu em regiões que eram menos favorecidas em termos de infraestrutura de C&T e de divulgação científica. A inexistência de espaços científico-culturais é a principal razão pelo pouco envolvimento dos brasileiros. Espaços científico-culturais ligados à natureza, como jardins botânicos, zoológicos e parques ambientais, tem visitação anual significativa, alcançando cerca de 30% dos brasileiros.

Grande parcela dos brasileiros são otimistas quanto a C&T 


A maioria dos brasileiros acredita que a C&T está associada somente a benefícios para a humanidade - cerca de 73%. Apenas 4% acredita que os malefícios sejam preponderantes. O resultado é semelhante ao constatado nas enquetes internacionais: 73% dos chineses são otimistas, bem como 63% dos americanos.

Índice de confiança entre os profissionais que são fontes de informação

Os cientistas ligados a instituições financeiras têm o maior índice de confiança entre os profissionais que lidam com a divulgação da informação, acima de jornalistas e médicos. O índice dos jornalistas, no entanto, cresceu desde 2006, superando o dos médicos em 2015. O nível de confiança em políticos permaneceu baixo em todas as enquetes.

Maioria dos brasileiros considera o país atrasado em pesquisa

Cerca de 43% dos brasileiros considera que o Brasil está atrasado em pesquisa.  A maioria apoia a ideia de que devem ser feitos maiores investimentos de recursos públicos em C&T e aponta tal desinteresse é a razão para que não haja maior desenvolvimento na área. Segundo eles, as áreas de medicamentos e tecnologias deveriam receber mais investimentos que as demais: energias alternativas, agricultura, mudanças climáticas e exploração dos recursos da Amazônia.

Preocupação da população brasileira

O Desmatamento da Amazônia é a maior preocupação dos brasileiros (9,2 em escala de 1 a 10), seguido por efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global (9), uso de pesticidas na agricultura (8,4), uso da energia nuclear (8,1) e plantas transgênicas ou comida com ingredientes transgênicos como possíveis causadoras de doenças (7,9).

Nomes de cientistas e instituições de pesquisa caem no esquecimento 

A Pesquisa Percepção Pública constatou que uma parcela muito pequena dos brasileiros lembra o nome de alguma instituição de pesquisa (12%) e apenas 6% lembraram o nome de um cientista brasileiro. O desconhecimento entre os jovens também é significativo.


Na terra do futebol Ciência e Tecnologia marcam gol de placa


A pesquisa Percepção Pública da Ciência e Tecnologia sobre o Olhar dos Brasileiros teve seus dados divulgados. O centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) disponibilizaram os dados referentes a pesquisa do ano de 2015. O estudo teve como objetivo realizar um levantamento sobre o interesse da população brasileira em relação à assuntos ligados a Ciência e Tecnologia.

A pesquisa teve como base um questionário de 105 perguntas, que foi realizado em todo o território brasileiro. A coleta dos dados foi feita entre o período de 22/12/2014 a 16/03/2015. Foram entrevistadas 1962 pessoas através de um aplicativo ligado ao telefone, que é correlacionado ao computador O apuramento dos dados seguiu os padrões de investigação do IBGE, e abordou a população de faixa etária a partir dos 16 anos.  

Os principais resultados da pesquisa mostram o interesse e o grau de informação sobre ciência e tecnologia. O interesse dos brasileiros referentes a estes assuntos é bastante elevado, mas apesar disso, o acesso que estas possuem sobre as informações é escasso, principalmente nas camadas sociais de menor condição social.

Apesar do Brasil ser conhecido como o pais do futebol, os interesses da população brasileira vão além de uma partida. Os entrevistados declararam à pesquisa que possuem uma maior curiosidade quando os assuntos são relacionados a Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Medicina e Saúde.





Percentual dos entrevistados segundo o interesse declarado em ciência e tecnologia e outros temas, 2015. 


Comparado à países da União Europeia, o Brasil aponta um percentual de 8% há mais de interesse relativo a Ciência e Tecnologia. Os níveis médios declarados na pesquisa são de 61% contra 53%. O acesso à informação ainda é pequeno para boa parte da população brasileira, e os meios com que estes adquirem esta informação é devido a televisão. 



O acesso que os brasileiros tem a Ciência e Tecnologia ainda é considerado pequeno pela grande maioria, mas a forma com que estes consomem a informação é derivado por sua grande parte da televisão. Há um crescimento nos últimos anos nesta forma de consumo, pois a internet e as redes sociais possibilitam cada vez mais a interação da população com os temas de C&T.





Entretanto, a forma como os brasileiros declaram que estão consumindo estas informações através da internet e das redes sociais, como fonte primária de informação, demonstra que há um aumento na frequência destes meios em relação a televisão. A pesquisa também apontou que os jovens são os que mais consomem assuntos relacionados a C&T pela internet, como fonte de pesquisa estão os blogs, facebook, wikipedia e sites de jornais e revistas digitais.  

A avaliação que os brasileiros fazem em relação a maneira que as matérias sobre Ciência e Tecnologia são veiculadas aos meios de comunicação, é considerada satisfatória pela metade dos entrevistados. Outros 20% acreditam que a forma de divulgação é feita de forma parcial, e os outros 20% entendem que, a informação não é satisfatória, tanto no que se refere ao número de matérias quanto à qualidade do conteúdo divulgado.