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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Algodão transgênico garante a proteção da lavoura

O algodão transgênico cultivado em plantações na China tem diminuído a quantidade de inseticidas na agricultura e agora, uma equipe de pesquisadores mostrou um benefício inesperado da tecnologia: as plantas modificadas geneticamente ajudaram a diminuir as pragas que afetam culturas vizinhas.
O grupo de Kong-Ming Wu, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, estudou dados agrícolas de 1997 a 2007 sobre a cultura do algodão Bt no norte da China, além de checar as populações das pragas, especialmente a lagarta da espécie Helicoverpa armigera. O Bt não faz mal a humanos, mas é letal para lagartas de borboletas e mariposas, que atacam plantas como o algodão.
O algodão estudado foi modificado para produzir o inseticida Bt (derivado da bactéria Bacillus thuringiensis). A equipe de cientistas estudou várias culturas plantadas em seis Províncias chinesas, cobrindo 38 milhões de hectares. Desse total, três milhões de hectares eram de algodão Bt.
As lagartas de Helicoverpa armigera costumam atacar o trigo na sua primeira geração, e migram para algodão, milho, soja, amendoim e legumes em gerações subseqüentes.
Nos EUA, isso virou norma cada fazenda de algodão tem de reservar uma parte da terra para algodão não-transgênico. No caso chinês essa solução seria mais difícil, pela necessidade de instruir milhões de camponeses. Mas a prática chinesa de plantar diversas culturas --como soja, amendoim e milho-- próximas ao algodão cria, na prática, os refúgios nos quais as pragas podem viver sem a pressão de terem de adquirir resistência ou morrer.
Fonte: WWW.uol.com.br/ambiente

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