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sábado, 27 de setembro de 2008

Um em cada dez brasileiros sofre de Hipertensão

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo há cerca de 1,2 bilhão de pessoas que sofrem de Hipertensão Arterial. Destas, de 15 a 20 milhões estão no Brasil, mas apenas sete milhões em tratamento. Trata-se de um problema sério, mas ignorado por parte da população. As conseqüências podem ir de uma simples insuficiência cardíaca a um derrame cerebral.

A hipertensão caracteriza-se quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou, popularmente, 14 por 9.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) alerta para os fatores de risco: consumo de bebida alcoólica, casos de hipertensão na família, excesso de peso, abuso do sal na alimentação e diabetes.

Dalva Maciel, dona de casa, tem 46 anos de idade e há cinco toma remédios para tratar a hipertensão. Além disso, reduziu o consumo de sal na comida e faz caminhadas diárias de 50 minutos. O curioso é que não manifesta os sintomas da doença. “Minha pressão chegou a 20/11 e essa foi a única vez que me senti um pouco mal. Não dormi bem aquela noite. Tive forte insônia. Normalmente, nunca sinto nada. Isso é estranho. Assim não me cuido como deveria”, justifica.

Estudos realizados pela OMS garantem que, um ano após o diagnóstico da hipertensão, mais da metade dos pacientes abandonam o tratamento. Daqueles que continuam a terapia, apenas 50% tomam todos os medicamentos prescritos. Em decorrência disso, 75% dos pacientes diagnosticados não conseguem atingir níveis de pressão recomendados pelo médico.

Os riscos para quem não faz o tratamento correto são diversos. Segundo o Dr. Cardiologista Carlos Alexandre Segre, da Sociedade Brasileira de Hipertensão, o hipertenso tem o risco aumentado de apresentar: derrame, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, isquemia, insuficiência cardíaca, paralisação dos rins e lesões nas artérias, entre outras doenças do coração.

A prevalência estimada de hipertensão no Brasil é de 35% da população acima de 40 anos. Engana-se, porém, quem pensa que a enfermidade atinge apenas as pessoas dessa faixa etária. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que toda criança deve ter sua pressão medida durante as consultas médicas, pelo menos uma vez ao ano, a partir dos três anos de idade. A diferença em relação aos adultos está na forma de tratar – não-medicamentosa. Na maioria dos casos de hipertensão infantil, as modificações no estilo de vida, como dieta e atividade física, são suficientes para reverter o quadro.

Cerca de 75% das pessoas hipertensas procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento. Para atende-las, o Ministério da Saúde dispõe de um Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, que compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos da doença. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.

Dicas para tratar a Hipertensão

- Evite ficar parado. Caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador;
- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas;
- Tente levar os problemas do dia-a-dia de maneira mais tranqüila;
- Mantenha o peso saudável, através de uma alimentação adequada e exercícios regulares;
- Compareça às consultas regularmente; não abandone o tratamento; e tome a medicação de forma criteriosa, conforme orientação médica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)

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