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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cibercultura ambientalista: estratégias e mobilização

Global e independente, assim é definida pelos pesqusiadores a organização que atua para defender o ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem atitudes e comportamentos, investigando, expondo e confrontando crimes ambientais, com o propósito de fazer as pessoas a adotarem novos conceitos.
Presente em 43 países de todos os continentes, o Greenpeace conta com o apoio de 4.384.000 ciberativistas e mais de 3.875.000 colaboradores. No Brasil, mais de 70 pessoas trabalham nos escritórios de São Paulo, Manaus e Brasília, 250 voluntários, 47 mil colaboradores e 300 mil ciberativistas. Com estes números é certo que o ciberespaço está concentrado em uma comunicação não necessariamente midiática, mas interativa, comunitária, que engloba diferentes culturas e uma pluralidade de conceitos.
Katarini Miguel, mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Bauru propôs uma discussão prático-teórica relacionada à cibercultura dentro deste movimento ambientalista, avaliando a experiência comunicativa, na tentativa de compreender o funcionamento de ferramentas virtuais como o ciberativismo e as redes sociais. A autora levanta questionamentos sobre a construção da comunicação ambiental na internet. “A dinâmica da sociedade contemporânea exige novas perspectivas de investigação dos fenômenos tecnológicos, que implicam em mudanças sociais e culturais”, explica.
Segundo ela, o site da ONG, visualmente bem construído e atualizado, traz uma grande quantidade de informação logo na página inicial. Assuntos ambientais em destaque, acompanhados de imagens impactantes chamam a atenção. Na home Page as informações sobre destruição ambiental, estão seguidas de notícia com link para mais informações. Também, ícones de redes sócias colaboram para a divulgação do conteúdo.
Os atores sociais estão configurando os movimentos ambientais tornando-os difusores de informação e protagonistas de uma cibercultura diferenciada, com a proposta de mobilização pela rede. O espaço ambientalista é um fenômeno social recente que busca a interação, conquista adeptos, mesmo considerando os limites técnicos da própria comunicação virtual.
A pesquisadora defende que a tendência que se avalia no portal do Greenpeace, é da interatividade restrita a encaminhamento de mensagens, assinatura de petições e comentários. Portanto, a cibercultura ambientalista fascina porque encurta processos burocráticos consegue ser ágil e instantânea, fatores que vão ao encontro da dinâmica dos movimentos populares.
A pesquisa foi apresentada no XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom, 2010, em Caxias do Sul, na semana passada.

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