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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Medicina nuclear ganha novo investimento no Brasil

O governo de São Paulo, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia assinaram um acordo nos 53 anos do Instituto de Pesquisas sobre Energia Nuclear (Ipen), na quinta-feira, dia 3 de setembro, conforme divulgou o Jornal da Ciência.
Será instalado um reator multipropósito brasileiro (RMB) para pesquisas na área de medicina nuclear. Além de demandar um investimento de US$ 500 milhões, o projeto também necessitará de seis anos para a conclusão do empreendimento.
O reator produzirá radioisótopos, elementos químicos radioativos que, administrados em pacientes, passam a emitir suas radiações no órgão para qual são conduzidos. Este processo auxilia no mapeamento de doenças como tireóide, através da absorção do Iodo-131 pela glândula. Os radioisótopos são utilizados tanto em diagnósticos como em terapias. Um exemplo é o tratamento do hipertireoidismo e alívio da dor para certos tipos de câncer dos ossos.
Com o investimento, o Brasil vai garantir a auto-suficiência de produção de molibdênio-99, substância que serve de matéria-prima para a fabricação dos geradores de tecnécio, um radiofármaco usado em 80% em exames diagnósticos de medicina nuclear nas áreas de oncologia e cardiologia. O Brasil produz cerca de 5% da produção mundial de molibdênio ao custo de R$20 milhões ao ano. Só quatro reatores no mundo produzem o conteúdo, sendo que dois deles estão parados por motivos técnicos.
Na mesma data também foram inauguradas as instalações de transferência e transporte de radioisótopos para a área de radiofarmácia do instituto, o que vai tornar o processo mais rápido e mais seguro. O novo sistema enviará os elementos via tubulações subterrâneas aos mais de 300 centros médicos que utilizam os radiofármacos no país. Até então, eles eram enviados em blindagens, que pesavam até 700 kg.
Mais informações aqui, aqui e aqui.
Camila Gonçalves

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