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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pesquisa revela que mais da metade dos brasileiros associam C&T a mais benefícios para a humanidade

No ano de 2015 o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizaram a quarta edição da pesquisa Percepção Pública da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. De acordo com as pesquisas divulgadas pelo CGEE, os objetivos principais dos relatórios, a priori, foi realizar um levantamento atualizado sobre interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à Ciência e Tecnologia. Após, foi produzido uma análise da evolução dessa percepção pública sobre a área na última década.
A justificativa do projeto baseia-se em conhecer as percepções e até onde vai o conhecimento da população brasileira em Ciência e Tecnologia (C&T). A partir disso, também é possível compreender, segundo a pesquisa, as vertentes econômicas, políticas, culturais, educacionais da C&T. O que leva, por vezes, impulsionar e ampliar a área de conhecimento afim de restaurar e aprimorar políticas públicas em educação cientifica. Além de atrair os jovens – público alvo- a se inserir em pesquisas e carreiras científicas.


Meios de comunicação e como falar sobre Ciência e Tecnologia

Os resultados de 2015 apontam que 61% dos brasileiros declararam ter bastante interesse por assuntos relacionados a Ciência e Tecnologia - em conseguinte ficou Esportes, Moda e Política – porém, em comparação a pesquisa anterior divulgada em 2010, os interesses declarados em C&T foram de 65% da população.  Por mais que haja bastante interesse, o modo de consumir esse conteúdo, por vezes, fica prejudicado pelo pequeno suporte e auxilio que recebe – não só falando de conteúdo, mas também, de material humano para realizar pesquisas e inovações na área. Mesmo com o advento da tecnologia e o contínuo “boom” das mídias digitais o acesso a essa informação ainda é pequeno pelos meios tradicionais.
Na pesquisa, os entrevistados declaram que o meio que mais absorvem conteúdo com frequência sobre C&T é na TV. Em segundo lugar ficou a internet com a infiltração das redes sociais. Contudo, a maioria também indicou que “nunca, ou quase nunca” se informam sobre esta temática a partir dos outros meios como: jornal, rádio, revista, livros e conversas informais com amigos. O número que já era reduzido em 2010 para as pessoas que acessavam este conteúdo por meio de livros e revistas decaiu ainda mais em 2015.  Os dados revelam uma queda de 12% para 6% em 2015. Porém, o rádio ainda é a última opção para consumir conteúdo sobre C&T.
O que podemos tratar como evolução - nada mais efetivo e instantâneo – a aparição da internet e das redes sociais que obtiveram um aumento bastante relevante para a pesquisa. De 23% declarados consumidores em 2006, os resultados neste âmbito, foram para 48% em 2015.


Satisfação do público com as descobertas científicas 

 A partir disso, é possível verificar no estudo a noção de satisfação na publicação das descobertas cientificas pelos meios de comunicação. Segundo os dados, cerca da metade dos brasileiros credita que os veículos de comunicação noticiam de maneira satisfatória as descobertas na área de C&T. Todavia, ainda 20% avaliam satisfatória, no mesmo nível, a população considera que a informação não é satisfatória. Os motivos seriam o conteúdo da matéria, a escolha da linguagem – por vezes de difícil entendimento -, a incredibilidade das fontes, descompromisso/desinteresse com as causas e consequência que as aplicações em C&T podem trazer, e também, a matéria ser, por vezes, tendenciosa. 

Divulgação da Ciência 

A pesquisa também aborda questões como visitações a espaços públicos, culturais e com valor científico. Assim, conforme os resultados, foi possível observar que o interesse dos brasileiros em participar e/ou visitar esses projetos cresceu significativamente nos anos de 2006 a 2015. A participação em feiras e olimpíadas elevou-se de 13% para 21%. Visitas na Semana Nacional de C&T, de 3% para 8%. Já a ida a museus ou centros de C&T aumentou de 4% para 12%. O estudo aponta que o crescimento mais efetivo se deu em regiões que tinham uma situação mais vulnerável em termos de infraestrutura de C&T, além é claro, da ausência de estratégias significativas para a divulgação da ciência.  
Esse trabalho desenvolvido pelo CGEE em parceria com o MCTI, ressaltou alguns pontos positivos para o nosso país tendo em vista conhecer o público brasileiro e como eles se apropriam dos projetos voltados Ciência e da Tecnologia.  De acordo com os números, a última pesquisa (2015) revela que cerca da metade da população (54%) opina que a C&T está associada “só a benefícios” para a humanidade. Outros 19% acreditam que a C&T atende-se por trazer “mais benefícios do que malefícios”. Só 4% dos entrevistados declaram que os malefícios prevalecem. Segundo o relatório, as opiniões equivalem a todos as faixas de renda e escolaridade em todas regiões do Brasil, prevalecendo um pouco mais na região Sul. 

Confiança e credibilidade 

A consequência assertiva destes resultados, advém, segundo os entrevistados, na confiança nos cientistas.  O texto traz que os cientistas ligados a instituições públicas tem o nível mais alto de confiança entre os atores sociais desde 2006. Ficando acima de jornalistas e até médicos. Assim, por meio deste estudo pudemos perceber que os brasileiros estão cada vez mais acreditando que estudos ligados a C&T são, de fato, relevantes para a sociedade. Além é claro de trazer grandes inovações que buscam facilitar e melhorar a qualidade de vida. Para finalizar a pesquisa, 78% dos brasileiros apoiam a iniciativa de haverem maiores investimentos de recursos públicos para a C&T. Com isso, o país avança e colhe frutos cada vez mais significativos para estabelecer uma garantia a população de evolução.  

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