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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

UFRJ define seu sistema de cotas

Em reunião realizada na última quinta feira(19/08), a UFRJ definiu a porcentagem que será estabelecida em seu sistema de cotas.
Ficou definido que 20 % dos alunos provenientes de escola pública serão beneficiados, o que representa o dobro do que fora discutido antes.Sendo assim, as vagas para o ano que vem ficaram divididas da seguinte maneira: 40% serão destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), que utiliza o Enem como fase única; 40% ficarão com o vestibular tradicional da instituição, composto de provas discursivas; e 20%, com o sistema de cotas.Embora tenha sido considerada um avanço, a medida não incorporou cotas para negros e índios, como defendiam estudantes e servidores daUFRJ.

Lucian Ceolin

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Opinião: polêmica e medo desnecessários

Hoje, o questionamento principal é: como informar bem a população, se nem os próprios especialistas e as organizações responsáveis não sabem ou dão equivocadamente um diagnóstico? No caso da Gripe A H1N1, caberia à OMS e aos especialistas da saúde estudarem bem os casos enquanto estavam em estágio inicial para evitar qualquer parecer precipitado. E caberia também à mídia, não alardear a informação antecipadamente, para que, antes de qualquer alarme e pânico mundial, pudesse já se ter uma explicação científica. A repercussão que a mídia alcança também afeta os estudos e os testes, pois pressiona os órgãos competentes a terem uma explicação rápida, o que sem maiores dados gera equívoco e caos no mundo.
Ao recorrer do parecer dado no ano 2009, que indicava como pandemia a Gripe A H1N1, a OMS se mostra ineficaz em suas pesquisas e conclusões no que diz respeito ao seu papel: saúde pública mundial.
A mim fica claro que a mídia, mesmo com seus prós e contras, é único meio que pode ao mesmo tempo informar e explicar à população quais as diretrizes a serem seguidas nesses casos, e também levar aos responsáveis como a OMS, as reivindicações da população.
A polêmica e o medo que se instaurou no mundo inteiro durante o período crítico da Gripe A, levaram ao uso de máscaras, álcool gel em escolas e lugares públicos, compra ilegal do medicamento Tamiflu, fechamento de fronteiras, cancelamento de vôos e precauções desmedidas em torno de uma doença que era tratada como ameaçadora e exterminadora.
O que coube aos jornalistas naquele estágio do problema foi feito. Ou seja, repassar indicações da OMS quanto a possíveis prevenções da doença e, mais tarde, quando veio a vacina, noticiar como ela seria aplicada.
Se houve erro no diagnóstico da epidemia, o mesmo papel foi cumprido: noticiar, informar.
No momento em que veio á furo a existência de um novo vírus, o que poderia ser feito era recorrer a OMS, ao Ministério e as Secretarias de Saúde a fim de um parecer dos órgãos responsáveis. O que acabou acontecendo, foi que nem estes sabiam do que se tratava. Os jornalistas informaram o que lhes foi repassado.
Creio que não é ao nosso papel desconfiar da OMS, que é o órgão supremo em saúde, e que rege todos os países dentro de uma norma mundial. Se todas as organizações de saúde no mundo seguem essas regras, ousaria qualquer mídia usar outro diagnóstico? Como exemplo, a opinião baseada na entrevista da médica espanhola Tereza Forcades, que mostra dados científicos de que a gripe A H1N1 matou menos que a gripe comum mata todos os anos.

Carolina Brum

Surto de desinformação causa erro global

No dia 10 de agosto deste ano a Organização Mundial de saúde (OMS) anunciou o fim da pandemia da Influenza H1N1, conhecida popularmente como gripe suína. Ao invés de causar alívio esta informação trouxe à tona inúmeras questões sobre a veracidade deste surto pandêmico. Alguns especialistas na área da saúde questionam se OMS errou ou cedeu a interesses econômicos dos laboratórios que produzem a vacina, e afirmam que não houve pandemia.
A médica espanhola Tereza Forcades, especialista em medicina interna e doutora em saúde pública, tomou frente nesta busca pela verdade e apresentou dados científicos que relatam que o mundo não estava em pandemia. Segundo a médica, e próprio manual da OMS, para ser pandemia a gripe deveria apresentar um novo subtipo nunca circulado entre os humanos. Já neste quesito já se pode verificar falha evidente: as epidemias de gripe nos anos de 1918 e 1977 eram do tipo A/H1N1, dado que pode ser corroborado pelo fato de pessoas acima dos 66 anos serem imunes a doença.
Outro fator que chama a atenção é o número de mortes. Desde o início da gripe, em setembro de 2009 ,os óbitos foram de 137 na Europa e 3.559 no restante do mundo, porém a gripe sazonal mata anualmente entre 40.000 a 220.000 pessoas. Tereza Forcades acredita que tudo isso se deu devido a interesses econômicos dos laboratórios e a dependência das nações em relação a este tipo de mercado.
E a imprensa? A rapidez da informação não leva mais à apuração minuciosa? Sabe-se que o evento gripe H1N1 vendeu sim, publicações de forma pandêmica. E não teria como ser diferente: o mundo estava em pânico. Diariamente um novo óbito estampava a capa de um jornal, a televisão mostrava as precauções que a população deveria tomar e as revistas trouxeram reportagens sobre a “pandemia”. Vivemos em dias que um espirro era pior que um palavrão. Os gripados eram vistos como leprosos na Idade Média e a máscara cirúrgica era acessório básico nas ruas mundiais.
 Temos aqui uma sessão de organizações que não cumpriram o seu papel primordial: A OMS deu um alerta infundado, os governos não defendem sua saúde e cofres públicos e a imprensa não investiga fatos e, sequer, revela a verdade. Apenas as mídias alternativas, que não estão ao alcance da massa, apresentaram entrevistas como a da médica Tereza Forcades.
A única pandemia que nos assola é da desinformação, a cada minuto apresentando um novo subtipo e passando com facilidade entre humanos.

Rita Barchet

Opinião: quem acredita na OMS?

A primeira vez que se ouviu falar de gripe suína, era só mais uma notícia. Aí foram várias notícias e todo mundo se apavorou! Todos compraram seu álcool gel, deixaram de comer carne de porco, e até os ambulantes lucraram com a venda de Tamiflu, medicamento para quem contraía o vírus.
A gripe mudou de nome, aulas em várias cidades foram adiadas e tudo parecia solucionado com a chegada da vacina da para a nova gripe. De acordo com Teresa Forcades, médica espanhola e phD em saúde pública, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pecou ao publicar várias informações erradas sobre a doença.
E nós, aspirantes a jornalistas? Que fonte que eu vou seguir para informar o meu leitor? Eu não posso ignorar um assunto tão importante como este, mesmo que talvez não fosse merecedor de tanta importância. A informação é um direito de todos. E sobre um assunto tão polêmico que apavorou o mundo então, nem se fala!
No jornalismo, a gente deve confirmar se cada informação prestes a ser publicada é verdade. Do contrário o veículo de comunicação pode perder a credibilidade e o jornalista, culpado, perde o emprego.
Mas estamos envolvendo toda a população! É muito mais que o emprego de alguém! É saúde! Saúde mundial! E depois que vacinar um grande número da população e descobrir que a vacina talvez não fosse a solução, ou pior ainda, fosse maligna, é tarde demais...
Cabe aos órgãos de saúde e aos governos passar informações corretas. A informação de que a gripe é uma pandemia é passada pra gente, que conta isso pra sociedade. Depois vem a OMS e diz "opa! Foi um engano, não era uma pandemia!" e a gente tem que desmentir ao leitor. E quem sou eu, uma acadêmica de jornalismo, para duvidar da OMS? E que condições eu tenho para descobrir e provar que este órgão está equivocado? Nenhuma. Mas é a nossa fonte e o porquê de publicar tudo que nos passam, mesmo que uma hora seja assim e na outra assado? Para garantir o emprego de uma pobre jornalista!

Gabriela Perufo

Fim da pandemia H1N1

Depois de tanta polêmica sobre o vírus H1N1 e com a nova declaração da OMS sobre o fim da pandemia, muitas pessoas ainda desconhecem tal informação.  A equipe foi às ruas ouvir o que a população sabe e diz sobre o assunto. E constatou que muitos dos entrevistados não se importaram com a notícia de que não era mais necessário tomar essa vacina. O fato de que muitos não sofreram com efeitos colaterais, fez com que a vacina se tornasse algo banal.

Renato Alves, 33 anos, Aviador, disse que não teve conhecimento da declaração da OMS sobre o fim da pandemia da gripe H1N1. Mesmo informado sobre as notícias, para ele não faz muita diferença, pois afirma que tomaria  a vacina mesmo em outra circunstancia. ''Pode ser que a OMS tenha se precipitado, mas de qualquer forma é uma segurança estar previnido''. Nele a vacina não provocou nenhuma reação, nem mesmo dor no braço.

Segundo Mireille Lins, 29 anos, a única reação foi a dor no braço: ''Depois da vacina meu braço ficou muito dolorido por uns dias''. Ela também não teve conhecimento da nova declaração, e disse se sentir enganada. Ela só tomou a vacina porque com o anúncio de uma pandemia, foi necessário ser imunizada. Afirma ainda que se não é caracterizada uma pandemia, não havia urgência em tomar uma vacina que não se sabe do que  e como é feita.

Já Renata Henriques, 26 anos, disse ter tido reações negativas á vacina, ''Fiquei alguns dias com febre e de cama, me sentindo desconfortável, fora a dor no braço. Quase não conseguia mexê-lo ''. Ela ouviu comentários sobre o fim da pandemia e disse, ríspidamente, que essa caracterização da gripe em pandemia com certeza foi um acordo para vender mais vacinas. Segundo ela, se não fosse o anúncio de gripe pandêmica, não teria tomado a vacina. ''Todos ficam com medo diante de uma pandemia, com esse risco precisamos no proteger, por isso tomei a vacina''.

A dona de casa Vani Hoffman, 63 anos, disse que ouviu boatos sobre os riscos da vacina e decidiu por não se imunizar. Não soube da declaração da OMS, e quando informada achou que o fato foi falta de consideração com a população.

O aposentado Geraldo Motta, 64 anos, tomou a vacina mas não teve nenhum efeito colateral e tão pouco sabia sobre a declaração da OMS.

Alberto Santos, 60 anos, disse ter se imunizado, e logo após teve efeitos colaterais semelhantes a uma gripe comum mas não procurou orientação médica, e tomou remédio em casa.  “Senti dor de cabeça, dor no corpo e febre, tomei remédios para dor”. Soube sobre a declaração da OMS pelo jornal, mas disse não ter prestado muita atenção no assunto.

A conselheira tutelar, de São Pedro do Sul, Cristine Metz, afirma que não sabia da declaração da OMS. Ela fez a vacina mesmo estando consciente de seus efeitos colaterais.

A colega de Cristine, conselheira Liliane Weber Milani também não sabia da declaração. Ela fez a imunização e não teve nenhum efeito colateral. Quando questionada sobre os riscos que vacina poderia oferecer, Liliane afirma que soube através de comentários de outras pessoas. “ Eu ouvia falar de sintomas da própria gripe, como febre e também diarreia. Também diziam que morriam mais pessoas em função da gripe comum do que da gripe A” destacou.

A agente administrativa, Sagiane Konflanz, não sabia dos efeitos colaterais da imunização. Após ser vacinada teve febre. Ela afirma que os efeitos colaterais deveriam ter sido mais abordados pelos profissionais da saúde e pela mídia. Sobre a declaração da OMS, Sagiane diz que os especialistas deveriam ter tido mais atenção. “São pessoas inteligentes e que tem conhecimento. Deveriam ter ciência de que estão lidando com pessoas, com vidas”.

A estudante de economia, Mirian Pinheiro, 19 anos, ainda tem dúvidas. “Não sei se vou tomar a vacina. Estou gripada e me disseram que isso colabora para a pessoa ter alguma reação” afirmou. Ela também não sabia da declaração da OMS.


Andressa Scherer, Cacau Baraúna e Caroline Rocha