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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fim da pandemia H1N1

Depois de tanta polêmica sobre o vírus H1N1 e com a nova declaração da OMS sobre o fim da pandemia, muitas pessoas ainda desconhecem tal informação.  A equipe foi às ruas ouvir o que a população sabe e diz sobre o assunto. E constatou que muitos dos entrevistados não se importaram com a notícia de que não era mais necessário tomar essa vacina. O fato de que muitos não sofreram com efeitos colaterais, fez com que a vacina se tornasse algo banal.

Renato Alves, 33 anos, Aviador, disse que não teve conhecimento da declaração da OMS sobre o fim da pandemia da gripe H1N1. Mesmo informado sobre as notícias, para ele não faz muita diferença, pois afirma que tomaria  a vacina mesmo em outra circunstancia. ''Pode ser que a OMS tenha se precipitado, mas de qualquer forma é uma segurança estar previnido''. Nele a vacina não provocou nenhuma reação, nem mesmo dor no braço.

Segundo Mireille Lins, 29 anos, a única reação foi a dor no braço: ''Depois da vacina meu braço ficou muito dolorido por uns dias''. Ela também não teve conhecimento da nova declaração, e disse se sentir enganada. Ela só tomou a vacina porque com o anúncio de uma pandemia, foi necessário ser imunizada. Afirma ainda que se não é caracterizada uma pandemia, não havia urgência em tomar uma vacina que não se sabe do que  e como é feita.

Já Renata Henriques, 26 anos, disse ter tido reações negativas á vacina, ''Fiquei alguns dias com febre e de cama, me sentindo desconfortável, fora a dor no braço. Quase não conseguia mexê-lo ''. Ela ouviu comentários sobre o fim da pandemia e disse, ríspidamente, que essa caracterização da gripe em pandemia com certeza foi um acordo para vender mais vacinas. Segundo ela, se não fosse o anúncio de gripe pandêmica, não teria tomado a vacina. ''Todos ficam com medo diante de uma pandemia, com esse risco precisamos no proteger, por isso tomei a vacina''.

A dona de casa Vani Hoffman, 63 anos, disse que ouviu boatos sobre os riscos da vacina e decidiu por não se imunizar. Não soube da declaração da OMS, e quando informada achou que o fato foi falta de consideração com a população.

O aposentado Geraldo Motta, 64 anos, tomou a vacina mas não teve nenhum efeito colateral e tão pouco sabia sobre a declaração da OMS.

Alberto Santos, 60 anos, disse ter se imunizado, e logo após teve efeitos colaterais semelhantes a uma gripe comum mas não procurou orientação médica, e tomou remédio em casa.  “Senti dor de cabeça, dor no corpo e febre, tomei remédios para dor”. Soube sobre a declaração da OMS pelo jornal, mas disse não ter prestado muita atenção no assunto.

A conselheira tutelar, de São Pedro do Sul, Cristine Metz, afirma que não sabia da declaração da OMS. Ela fez a vacina mesmo estando consciente de seus efeitos colaterais.

A colega de Cristine, conselheira Liliane Weber Milani também não sabia da declaração. Ela fez a imunização e não teve nenhum efeito colateral. Quando questionada sobre os riscos que vacina poderia oferecer, Liliane afirma que soube através de comentários de outras pessoas. “ Eu ouvia falar de sintomas da própria gripe, como febre e também diarreia. Também diziam que morriam mais pessoas em função da gripe comum do que da gripe A” destacou.

A agente administrativa, Sagiane Konflanz, não sabia dos efeitos colaterais da imunização. Após ser vacinada teve febre. Ela afirma que os efeitos colaterais deveriam ter sido mais abordados pelos profissionais da saúde e pela mídia. Sobre a declaração da OMS, Sagiane diz que os especialistas deveriam ter tido mais atenção. “São pessoas inteligentes e que tem conhecimento. Deveriam ter ciência de que estão lidando com pessoas, com vidas”.

A estudante de economia, Mirian Pinheiro, 19 anos, ainda tem dúvidas. “Não sei se vou tomar a vacina. Estou gripada e me disseram que isso colabora para a pessoa ter alguma reação” afirmou. Ela também não sabia da declaração da OMS.


Andressa Scherer, Cacau Baraúna e Caroline Rocha

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