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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Psicologia cognitiva para explicar fenômenos cotidianos

André Luiz Souza tem PhD em Psicologia Cognitiva
André Luiz Souza é PhD em psicologia cognitiva e escreveu para seu blog Cognando, integrante do Science Blogs do Brasil, desde 2010, quando foi convidado pelo comunicador e apresentador Átila Iamarino, apresentador do programa Nerdologia. O pesquisador escreveu no blog até 2016, atualmente trabalha na área de psicologia cognitiva, a partir de experimentos, na Universidade do Alabama, Estados Unidos, onde também fez seu pós-doutorado.
Hoje ele faz experimentos e pesquisas a fim de compreender o comportamento humano. Por exemplo, por que falamos palavrões quando nos machucamos sem querer? André foi atrás desse fenômeno e fez um experimento com três diferentes grupos de pessoas, para chegar à conclusão de que, sim, ‘xingar’ pode dar a sensação de diminuir a dor no momento em que machucamos uma parte do nosso corpo. 
Outro experimento interessante foi da “cognição corporificada”. “Ela consiste em provar que conforme estamos no espaço físico, acima ou abaixo de algo ou de alguém, mudamos nosso ponto de vista sobre algo ou alguém”, explica André. Ele apresentou diferentes smartphones para pessoas que estavam subindo e descendo uma escada rolante. Ao fim do experimento, ele chegou a conclusão de que as pessoas tendem a achar o objeto mais bonito e eficiente quando estão subindo a escada, ou seja, em uma posição acima do que lhe é mostrado. Os artigos e textos do blog Cognando mostram que a ciência está no dia a dia de todos nós, e que é possível explicar fatos simples ou complexos das relações sociais, como terminar um relacionamento, a tristeza e a saudade, através da psicologia cognitiva. 
Para André, no Brasil, há pouca incentivo à iniciação científica, quanto à experimentações e pesquisas. Aqui, ele estudou o desenvolvimento da linguagem em crianças, como que elas adquirem e produzem o conhecimento da língua falada de cada região e a aquisição dos verbos.
Quando começou o blog brasileiro, André pensou em chegar nas pessoas com uma linguagem mais simples, já que, para o pesquisador, o brasileiro não tem costume de ler. Por isso ele abordou temas como fim de relacionamento, ciúmes, redes sociais, para explicar seus estudos e tornar a ciência algo mais próximo do nosso dia a dia. Quando ele escreveu sobre temas como ansiedade e depressão, conta que foram os textos mais lidos, diversas vezes. “Eu recebia de trinta a quarenta emails por dia de pessoas pedindo ajuda ou conselhos sobre os transtornos, e eu falava mais como amigo do que como profissional”, relata. Para ele, a ansiedade e depressão em jovens hoje em dia, que se tornou epidêmica, é o resultado da grande quantidade de informações que absorvemos todos os dias, e não conseguimos captar e compreender tudo. Por isso, André recomenda muito exercício para o cérebro, leitura, energia e alimentação.
Atualmente, nos Estados Unidos, o pesquisador ainda trabalha com estudos de cognição, realizando experimentos, por enquanto, não está mais escrevendo publicações. 

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