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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mídia e ciência um debate importante para a construção da educação

     A mídia tem um papel importante na disseminação da ciência por abranger o maior público. A população tem acesso a informação por meio dos veículos midiáticos, neste caso, o papel do jornalista é fundamental para mediação da relação entre o cientista e o público geral. O resultado do contrato entre o repórter e o cientista nem sempre é satisfatório, por inúmeros motivos, entre eles, a linguagem difícil e técnica dos cientistas, a distorção de alguns dados ou fatos por parte do repórter, mas o que não pode se negar é que, essa relação deve existir para que as pessoas fiquem informadas acerca da ciência.O professor e coordenador da pós-graduação de Meteorologia da UFSM conversou com os alunos do sexto semestre do curso de jornalismo do Centro Universitário Franciscano a respeito da cobertura que a mídia fez em alguns temporais. Segundo Ernani Lima Nascimento, “a mídia também ajuda a ciência, mas é preciso separar o ‘o joio do trigo’, pois a mídia trabalha com relatos da defesa civil e de pessoas, mas pouco utiliza fontes cientificas para explicar fenômenos climáticos”.Nascimento também falou que a rapidez e a pressão que os veículos midiáticos exigem dos repórteres colabora para que aconteçam alguns erros, ou que as informações acerca de determinados assuntos cheguem de maneira sucinta ou nivelada ao receptor.Quando o assunto é saúde, as vezes essa relação entre os veículos de comunicação e os médicos ou cientistas pode ficar tensa. Em entrevista dada ao blog do Chico Sant’anna, o superintendente regional da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, disse que as vezes a mídia faz sensacionalismo quando trata alguns fatos, e que isso, pode gerar algum tipo de pânico na população. Segundo Venâncio nem sempre o assunto que é tratado em determinado momento tem a relevância necessária para a população, ou a abordagem da mídia feita sobre determinado fato faz com que a população entenda e reaja de uma maneira diferente o que realmente está acontecendo no momento.Outro fator que pode fazer essa relação entre cientistas e a mídia não ser as melhores, é a distorção de algumas colocações dada pelos jornalistas. Essa questão é delicada e exige, também, um preparo do repórter para não cair em armadilhas e acabar divulgando coisas que não são verdadeiras. O professor Ernani fala que essas distorções acontecem porque os comunicadores precisam passar as informações de maneira clara para a população, por isso precisa simplificar o que o especialista quer dizer. Outra explicação que o professor deu para isso é a linguagem rebuscada usada pelo especialista, que acaba dificultando o entendimento entre o repórter e o cientista.Embora tenha essas diferenças entre a mídia e a ciência, o fato é que a ciência depende da mídia para divulgar os fatos, pelo menos se quiser uma abrangência maior, e que mais pessoas fiquem sabendo. E a mídia com o passar dos anos vem se interessando mais sobre o assunto.  Venâncio disse que “falta uma comunicação mais intensa entre profissionais da saúde e profissionais da imprensa”. Segundo ele, é preciso que os profissionais da saúde tenham conhecimento do dia a dia do profissional da comunicação e o jornalista entender a rotina dos profissionais da saúde. A partir desta relação, a mídia fará uma melhor cobertura e divulgação acerca da ciência. 

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