Estudo realizado por Leandro Rozin e Ivete Palmira Sanson buscou identificar alguns dos
principais fatores que ameaçam a dependência do álcool na adolescência. Os pesquisadores analisaram 21 artigos
publicados entre 2000 e 2009, capturados nas bases de dados LILACS, BVS,
MEDLINE, COCHRANE e IBECS.
O estudo foi publicado em 2012 pela revista ACTA Paulista de Enfermagem, da Universidade Federal de São Paulo (USP), e
apresentou resultados que apontam a cerveja, como a bebida alcoólica mais
consumida entre os adolescentes. Ela traz
uma sensação de bem estar quando ingerida inicialmente reduzindo, assim, a ansiedade, a timidez e o estresse. Além disso, constatou-se a alta
influência das companhias como colegas e amigos no começo do uso da
substância.
De acordo com o Levantamento
Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas (CEBRID) - realizado em 2004 com
48.155 estudantes do ensino fundamental e médio em 27 capitais brasileiras - constatou-se que 65,2% já haviam consumido álcool alguma vez na vida. Além
disso, comparando estudos de levantamento domiciliar na faixa etária de 12 e 65
anos, entre 2001 e 2005, detectou-se aumento de 1,1% no uso da bebida.
No Brasil, uma pesquisa realizada pela CEBRID em 2006, revelou que os adolescentes
entre 12 e 17 anos (48,3%) já beberam alguma vez na vida. Destes, 14,8% bebem
regularmente e 6,7% são dependentes de álcool.
O estudo conclui que é primordial manter uma política abrangente e
significativa de saúde pública e que tenha como prioridade a mudança das
quantidades de álcool consumidas, dos padrões de consumo e dos danos posteriores.
Gisele Fernandes
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