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quarta-feira, 10 de junho de 2015

A busca pela cura do câncer de mama: deveríamos começar tudo de novo?

             Uma pesquisa realizada por Daniel Guimarães Tiezz revelou que os esforços e gastos com o desenvolvimento de novas terapias para a o câncer de mama não têm sido a melhor estratégia para redução da mortalidade pela doença. O câncer de mama é a neoplasia maligna que mais afeta as mulheres nos dias atuais.
            Segundo um levantamento de dados, no ano de 1975, a taxa de incidência era de 105/100.000 mulheres/ano nos Estados Unidos.  Essa razão foi aumentando gradativamente e, hoje, atinge uma taxa bruta de 126/100.000 mulheres/ano naquele país, um aumento de 19,5%. Em todo o mundo, foram registrados 1,6 milhão de casos da doença com 522 mil mortes no ano de 2012.
            A proporção de mortes por casos novos é da ordem de 24,9% em países mais desenvolvidos e atinge 36,7% em países menos desenvolvidos onde, atualmente, se concentra mais da metade de todos os casos diagnosticados em todo o mundo.
            A pesquisa mostrou que não só a incidência de câncer de mama, mas das neoplasias malignas em geral, está aumentando em todo o mundo. Existe uma relação direta entre o desenvolvimento socioeconômico e o aumento da incidência da doença. A "busca pela cura do câncer" vem desviando a atenção das medidas básicas de prevenção primária da doença que, dentro da conjuntura atual, seria uma medida razoável para minimizar os efeitos futuros dos avanços tecnológicos.

Priscilla Sousa Toledo

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