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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Depressão está aliada a baixa qualidade de vida em jovens da região sul do Brasil

A depressão e outros transtornos de nível psicológico afetam a qualidade de vida do ser humano. As pesquisas em torno dessas patologias começaram a ser discutidas amplamente a partir do final do século XIX. Sobretudo, a depressão é uma doença que afeta o público jovem e idoso, e tem relação direta com as mudanças ocasionadas pela a vida moderna e os conflitos sociais vivenciados nas esferas urbanas.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), a depressão pode ser caracterizada por um período mínimo de duas semanas durante as quais predomina um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ou rabugento, além de outros sintomas físicos como alteração no apetite, peso, sono e atividade psicomotora.

Em artigo publicado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, em 2011, pesquisadores e profissionais da área da psicologia, saúde e comportamento da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) investigaram a relação da qualidade de vida e depressão em jovens entre 18 e 24 anos, da cidade de Pelotas (RS). Foram escolhidos 1.560 jovens de forma aleatória. A motivação da pesquisa foi a pequena quantidade de pesquisas acadêmicas realizadas com o público jovem no Brasil, especialmente localizados na região sul do país.

O estudo avaliou a associação entre depressão e qualidade de vida. Foram analisadas as diferenças entre os sujeitos com e sem depressão, bem como as características daqueles com ideação suicida. Foi apontado que há maior incidência e associação com os transtorno psíquicos em sujeitos com seguinte perfil: sexo feminino, de classe social situada entre os padrões D e E, usuário de derivados do tabaco, álcool e psicofármacos. Fatores relevantes como transtornos de ansiedade e risco de suicídio também entram nas características presentes nos indivíduos da amostragem.


A relação direta dos portadores da doença com a baixa qualidade de vida é evidenciada na pesquisa que apontou o diagnóstico precoce e o tratamento dos transtornos como condição importantes para o aumento na qualidade de vida.


Renan Mattos

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