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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Música no ambiente educacional mostra resultados benéficos ao aprendizado infantil

A inclusão da música no ambiente escolar, além de valorizar o conteúdo, ajuda a desenvolver a mente, o raciocínio e a concentração. Sons, ritmos, timbres e intensidades distintas ajudam a estimular o cérebro. O livro Educação Musical e Pedagogia: pesquisas, escutas e ações, aborda essa questão.

Uma das autoras, a professora e pedagoga Cláudia Bellochio, comenta que “a música é um conhecimento que potencializa o desenvolvimento”. Para ela, a música na sala de aula é uma forma de se comunicar. “Sempre foi um elemento mediador das relações entre ensinar e aprender, mesmo quando não tem uma linguagem constituída de letras”, afirma.

A autora ressalta a importância do profissional da área da pedagogia para conduzir aulas com música. “Lutamos para a inserção da formação musical na pedagogia porque o profissional vai trabalhar com a criança, e a criança é musical. Ela leva a música para dentro da escola e, muitas vezes, o professor não tem a formação. Ele sequer sabe reconhecer essa linha de contato com seu aluno como algo potente para a continuação do processo de escolarização,” afirma a autora.

A educadora especial Juliane Corrêa, conta que a inserção de música no aprendizado de crianças que possuem necessidades especiais também é muito importante. “As crianças têm dificuldades de aprendizagem, não conseguem aprender de maneira tradicional. Elas precisam de técnicas e metodologias. Então, ao invés de contar para ela uma história lendo, contamos uma história sonorizando”, explica. De acordo com a educadora, ao invés de fazer uma brincadeira para a criança adquirir tons no seu corpo, deve-e fazer uma atividade musical para ela adquirir esses tons.

A música deve receber mais espaço nas salas de aula, pois ela tem grande capacidade de auxiliar no ensino, além de beneficiar a relação familiar. Corrêa exemplifica um caso de um aluno com autismo: “o pai toca teclado, mas nunca investiu no filho porque acreditava que nunca iria aprender, mas o menino ficava perto do pai observando. Quando percebi isso levei um teclado para aula e deixei que ele explorasse o instrumento. Quando o pai percebeu que ele conseguia tocar algumas notas, ele começou a ensinar seu filho e a relação entre eles melhorou”.

Músicas, sons e ruídos têm seus benefícios. Cabe ao profissional saber a melhor maneira de aproveitá-los. Para isso, vale a busca por conhecimento de como inserir essa metodologia de modo correto na sala de aula, pois todos são beneficiados.


Diego Oliveira e Laura Bacim

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