Pesquisar este blog

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Curtiu? Compartilhe conhecimento!



Após um tempo de deslumbramento pessoal, a era da tecnologia tem ganhado adeptos que utilizam as redes sociais para além do bate-papo. É o caso de professores e projetos de ensino e pesquisa que têm utilizado as redes para socializar a ciência.
Atividades interdisciplinares do PIBID Filosofia.
Fonte: arquivo pessoal.
Professora Maribel e aluna do Ensino Médio em
atividade extracurricular. Fonte: arquivo pessoal.

Em uma entrevista coletiva para o curso de Jornalismo da Unifra, a professora Najara Ferrari alertou que ainda temos poucas iniciativas de popularização de ciência. E as que existem, em geral, são transmitidas pela televisão, rádio e principalmente materiais impressos. Diante disso, uma alternativa é usufruir do poder de alcance da internet para a popularização da ciência.
Para um trabalho diferenciado nas escolas, Najara acredita que a atividade interdisciplinar é atraente e envolve os alunos, já que, nesse caso, procura-se por temas que abordem as vivências dos alunos. A professora, que também é coordenadora do PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docência) na Unifra, afirma que este é uma iniciativa que visa a propor atividades diferenciadas nas escolas públicas, já que são acadêmicos de licenciatura que planejam as atividades a partir da interação professor da escola e da academia; vê essa ideia como uma forma de desmitificar a ciência e mostrar que o mundo acadêmico quer se aproximar da realidade.
Na Unifra, o PIBID é desenvolvido pelos cursos de licenciatura, e para Gabriela Marzari, professora coordenadora do PIBID Letras Inglês, as redes são “um meio importante e eficiente de popularização da ciência”. Ela comenta que os acadêmicos são motivados a compartilhar, no perfil do PIBID Inglês, as atividades realizadas nas escolas, assim como seus objetivos. Ainda, “os trabalhos acadêmicos apresentados pelos integrantes do subprojeto são postados no grupo”, para que acontece uma troca de conhecimento entre outros projetos e a quem seguir a página na rede social. O PIBID filosofia também usufrui desse compartilhamento, usando-o “como um meio de socialização e divulgação do conhecimento”, relata o professor Diego Zanella, coordenador do subprojeto de filosofia.
No diferentes níveis de ensino, o estudo de ciência, não apenas no sentido de experiências físicas ou químicas, mas também de produção de conhecimento em geral, pode ser explorado e evidenciado na rede, já que é um meio amplo de comunicação, atingindo um número significativo de pessoas. E como mostram pesquisas, “mais de 680 mil atualizações de status por minuto são compartilhadas pelo facebook. Em um segundo, o YouTube recebe uma nova hora de vídeo e o Twitter, 4 mil novos tweets”.
Diante desse contexto e por trabalhar com um público jovem, Ricardo Costa, professor de cursinho, avalia com um bom potencial a página do facebook para a divulgação das atividades do Cursinho, sejam aulões, projetos, passeatas, tudo que é organizado colaborativamente entre professores e alunos. Já que o Alternativa Pré-vestibular, além da preparação para o vestibular, tem um foco para uma educação cidadão, de modo que o aluno faça parte da construção de conhecimento e tomada de decisões. “Acho que também é muito válido como registro das atividades. De certa forma, nosso histórico está ali, salvo”. Os alunos agradecem e começam a perceber o além da diversão que as redes oportunizam, “quem sabe usufruir para pesquisas e procurar mais informações trás uma nova utilização no meio virtual”, acrescenta a pré-vestibulanda, Edileuza Pinto 19 anos.
No colégio, a alternativa também ajuda, principalmente entre os alunos de ensino médio, que gostam de estar conectados. A professora de ensino médio, Maribel Dal Bem, possui um grupo fechado por ano com os seus alunos no qual ela posta recados, trabalhos, atividades, dicas, fotos das atividades. “Além disso, posto em meu Face também o que considero relevante do trabalho realizado”, comenta. Ela afirma que a escola não critica o uso de celulares e internet, desde que aproveitados como recursos de aprendizagem. “Vejo as redes sociais como uma forma de diálogo indispensável hoje, pois permite o planejamento a distância e o diálogo permanente entre o aluno e o professor, auxiliando a qualificar a prática pedagógica”, enfatiza.
Todos os dias mais pessoas se conectam e começam a fazer parte do mundo virtual. Usufruir dessas facilidades cotidianas para compartilhar conhecimento é uma alternativa a mais de inserir os alunos ao aprendizado e popularizar a ciência. Até por que há muito mais ciência no nosso dia a dia do que os estudantes imaginam, e trocar experiências online é um modo de construir aprendizagens.



Luana Iensen

Nenhum comentário: