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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Esporte, um produto à venda

 O esporte surgiu no século 18 e foi uma releitura de práticas populares em uma sociedade que crescia. O espaço rural estava perdendo importância. A corrida de cavalo foi a primeira atividade esportiva em todo o mundo, inclusive no Brasil que teve sua primeira sede esportiva no Rio de Janeiro. O remo também foi um dos esportes mais importantes nesse momento.
Após o surgimento da tecnologia, outros esportes foram ganhando destaques, como atividades que envolvem bicicletas e automóveis.
Segundo o pesquisador, Victor Andrade de Melo, em entrevista para a revista Ciência Hoje, “o esporte é um produto comercial como qualquer outro”.
Em seu livro “História Comparada do Esporte”, Melo, fala sobre a origem da prática esportiva, de seu uso comercial e político, e da popularidade do futebol, a paixão nacional, e um dos elementos que ajudam a entender a construção de um país.
Para o pesquisador, quando o futebol começou a ser popular no Brasil, não havia jogadores negros. Entre as décadas 10 e 20, o futebol tinha outra relação com a identidade nacional. O autor comenta que muitos jogadores são conhecidos pelas marcas e não pela nacionalidade. Isso faz com que exista uma redução na relação entre esporte e identidade nacional.
Para ele, o esporte é, em grande medida, um produto que atinge um mercado impressionantemente, de cifras bilionárias. Considerando partes significativas dos envolvidos com o campo, o mais importante não é competir, sequer vencer, o importante é vender. Os grandes eventos podem trazer benefícios para as cidades que os sediam, como por exemplo, a Copa do Mundo.
Após a Segunda Guerra Mundial, quando o esporte dramatizou muito o enfrentamento típico da Guerra Fria, a ciência avançou bastante. As relações entre política e esporte seguiram fortes, pois as competições esportivas estão entre os eventos com maior penetrabilidade mundial. De mesma maneira que outras manifestações culturais, o esporte terá uma relação forte com a política no sentido mais amplo.
Uma das chaves para entender a popularidade do esporte é que ele é muito adequado às construções simbólicas. “O fascínio não é gerado apenas porque o poder a usa; o oposto também é verdade: o poder faz uso do esporte porque ele é fascinante”, conta o pesquisador.

Foto: UFRJPor Denise Rissi e Franciele Bolzan

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