
Para tudo isso ocorrer perfeitamente, a medula óssea funciona continuamente na produção de células, que tem vida curta e precisam de reposição.
Mas alguns fatores prejudiciais, impedem o bom funcionamento da medula, são casos doenças e substâncias químicas tóxicas. Assim, o organismo sofre inúmeras alterações provocadas pela baixa produção das células sanguíneas.
Em muitos desses casos, o transplante de medula é realizado afim de melhorar a produção de células, o procedimento é feito através de um rigoroso tratamento que retira do organismo a sua própria medula e por meio de uma transfusão, uma nova medula é inserida no organismo.
Para explicar como é o procedimento, a enfermeira Maria Luiza Frederich, 29, respondeu algumas perguntas que esclarecem as dúvidas de quem quer se tornar doador e ajudar a salvar vidas. Ela conta que qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante, em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
Mas tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor, a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil.Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação. É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta que o doador envie um e-mail para redome@inca.gov.br.
Para o médico hematologista Luiz Carlos Cardoso, 45, a doação e um procedimento que se faz em um centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Muitas pessoas não se importam de passar por este procedimento se for para salvar a vida de outras pessoas. Ananda Delevati, estudante de jornalismo, 21, se cadastrou como doadora de medula óssea ao saber a importância do seu ato e diz que está pronta para fazer a cirurgia quando alguém precisar. Segundo ela, ainda há muito preconceito em relação ao tema, as pessoas tem uma crença comum de que este é um procedimento complicado. “Penso que as pessoas deveriam se importar mais com poder salvar uma vida, do que com um possível incomodo que possam ter com a cirurgia. Todos deveriam ser doadores de medula óssea”, conclui a estudante.
Foi de uma pessoa decidida, como a estudante Ananda, que a Santameriense Rejane da Costa Martins, 34, recebeu a medula óssea há um ano. ”Minha vida é normal hoje, graças a ajuda que outra pessoa me prestou à um ano atrás, devo a minha vida e ela e sempre serei grata por esse gesto.”, completa a transplantada.
Mais informações sobre os procedimentos em Santa Maria, na aapecan, pelo telefone (55)3025-9400 ou http://www.aapecan.org.br/
Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro, mas para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
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