Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Medula Óssea: Uma questão de salvar vidas

Vulgarmente conhecido como tutano, a medula óssea é um tecido que se localiza no interior dos ossos e é responsável pela produção de plaquetas, glóbulos vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos(leucócitos).Ela é responsável para o bom funcionamento do organismo, por isso deve estar sempre em perfeitas condições.As plaquetas são as células responsáveis pela coagulação do sangue, evitando sua perda excessiva.. As hemácias, por sua vez, realizam o transporte do oxigênio para todo o corpo e retira do pulmão o dióxido de carbono para ser eliminado do organismo. Os leucócitos são responsáveis pelo sistema imunológico e reagem a qualquer corpo estranho.
Para tudo isso ocorrer perfeitamente, a medula óssea funciona continuamente na produção de células, que tem vida curta e precisam de reposição.
Mas alguns fatores prejudiciais, impedem o bom funcionamento da medula, são casos doenças e substâncias químicas tóxicas. Assim, o organismo sofre inúmeras alterações provocadas pela baixa produção das células sanguíneas.
Em muitos desses casos, o transplante de medula é realizado afim de melhorar a produção de células, o procedimento é feito através de um rigoroso tratamento que retira do organismo a sua própria medula e por meio de uma transfusão, uma nova medula é inserida no organismo.
Para explicar como é o procedimento, a enfermeira Maria Luiza Frederich, 29, respondeu algumas perguntas que esclarecem as dúvidas de quem quer se tornar doador e ajudar a salvar vidas. Ela conta que qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante, em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.


Mas tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor, a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil.Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação. É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta que o doador envie um e-mail para redome@inca.gov.br.

Para o médico hematologista Luiz Carlos Cardoso, 45, a doação e um procedimento que se faz em um centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.


Muitas pessoas não se importam de passar por este procedimento se for para salvar a vida de outras pessoas. Ananda Delevati, estudante de jornalismo, 21, se cadastrou como doadora de medula óssea ao saber a importância do seu ato e diz que está pronta para fazer a cirurgia quando alguém precisar. Segundo ela, ainda há muito preconceito em relação ao tema, as pessoas tem uma crença comum de que este é um procedimento complicado. “Penso que as pessoas deveriam se importar mais com poder salvar uma vida, do que com um possível incomodo que possam ter com a cirurgia. Todos deveriam ser doadores de medula óssea”, conclui a estudante.

Foi de uma pessoa decidida, como a estudante Ananda, que a Santameriense Rejane da Costa Martins, 34, recebeu a medula óssea há um ano. ”Minha vida é normal hoje, graças a ajuda que outra pessoa me prestou à um ano atrás, devo a minha vida e ela e sempre serei grata por esse gesto.”, completa a transplantada.


Mais informações sobre os procedimentos em Santa Maria, na aapecan, pelo telefone (55)3025-9400 ou http://www.aapecan.org.br/


Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro, mas para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

Nenhum comentário: