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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Seara da Ciência: difundindo ciência e tecnologia

Num mundo altamente globalizado, cada vez mais há espaço para diversos assuntos, mesmo que eles sejam de difícil entendimento como a ciência e tecnologia. A divulgação científica não é uma atividade muito recente, e seu reconhecimento pela sociedade brasileira ainda é pequeno. Uma das razões, possivelmente, é a baixa escolaridade no país (média de 6,5 anos). Além disso, há uma grande carência de professores de ensino básico qualificado nessa área, principalmente em escolas públicas, onde, no geral, as condições de trabalho são precárias e a remuneração é baixa. Pensando em melhorar essa situação, a Universidade Federal do Ceará criou a Seara da Ciência, que é o seu espaço destinado à divulgação cientifica.
A Seara foi criada em 1999 por um grupo de professores dos departamentos de Química Orgânica e Inorgânica, Matemática, Física, Biologia, Geografia e Computação e tem como objetivo estimular a curiosidade pela ciência, cultura e tecnologia.
A instituição reúne diversos projetos com o intuito de popularizar a ciência, dentre os quais se destacam: laboratório de pesquisas, salão de exposições, realização de vídeos sobre a vida e a obra de cientistas de renome nacional e cearenses, e manutenção de um portal na internet, o Seara da Ciência que recebe em média, de 4.500 a 5.000 visitas por dia, o que possibilita o acesso do público à ciência.
Além de ser um museu interativo, a Seara também promove cursos voltados para alunos de escolas públicas do estado, exposições itinerantes, produz vídeos e espetáculos de teatro. No âmbito estadual, a Seara da Ciência consolida-se como um dos principais centros de divulgação científica do Nordeste, difundindo conceitos e novas formas de aprendizado aos estudantes das escolas da rede pública e particular do Ceará.
O que dá mais relevância ao trabalho realizado na Universidade é que portais e espaços de divulgação científica ainda são pouco comuns no país, principalmente no Nordeste. E ainda mais, a maioria dos espaços está centralizada nas capitais, fator que dificulta o acesso da população das cidades mais afastadas. Na região Nordeste, somente os Estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte possuem lugares de divulgação científica nas cidades do interior.
A experiência é relatada em artigo divulgado no XXXIII Congresso do Intercom de Caxias do Sul, realizado de 2 a 6 de setembro de 2010, por Giselle Soares, estudante do curso de especializaçao do curso de Jornalismo Cientifico da Universidade Federal do Ceará (UFC),Gerlene Rodrigues, também estudante do mesmo curso, e Riverson Rios, orientador do trabalho e tutor do PET do curso de Comunicação Social da UFC.


Lucian Ceolin

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