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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Jornalismo científico em busca da qualidade da informação

O artigo “A contribuição do jornalismo na popularização da ciência”, desenvolvido por Greyce Mara França e Ocimar Santiago Ramires, professores do núcleo de jornalismo científico da UFMS, aborda a popularização da ciência em relação à qualidade da informação jornalística nos textos científicos.
O avanço da tecnologia fez com que o jornalismo se desenvolvesse quantitativamente, porém, na área científica a qualidade não cresceu junto com a quantidade.
Alguns fatores foram diagnosticados para essa falta de qualidade na informação. Um deles é o despreparo dos profissionais, que “devem buscar a popularização e a educação em ciência, visando promover a formação de cidadãos capazes de perceber a ciência em todas as dimensões, como fonte de prazer, de transformação da qualidade de vida e das relações entre os homens”, segundo os autores.
O Núcleo de Jornalismo Científico(NCJ) da UFMS fez uma análise nos últimos anos da ciência e tecnologia e percebeu que é necessário uma prática cotidiana de tornar a pauta científica um noticiário para fazer com que o público leigo se interesse pelo assunto.
Os personagens responsáveis pela divulgação da ciência e tecnologia debateram em workshop realizado durante a semana nacional de ciência e tecnologia em outubro de 2004, sobre os possíveis “nós a serem desatados”. A relação pouco amigável entre pesquisadores e jornalistas e as iniciativas tímidas de pesquisadores na popularização do seu trabalho estavam entre as principais constatações.
Para tentar sanar parte dos problemas, o NJC implantou uma agência de notícias no Estado do Mato Grosso do Sul através de um portal de ciência e tecnologia. A finalidade é qualificar jornalistas interessados, criar um espaço para educar o cidadão e formar profissionais de Jornalismo especializado em ciência e tecnologia.
O núcleo atua em três áreas para popularizar a ciência, aliar o ensino, através da disciplina de jornalismo científico, a extensão, na realização de Oficinas para a capacitação de profissionais, e a interatividade social, através do portal Ciência e Notícia.
O núcleo de jornalismo científico traz em sua essência uma concepção de priorizar métodos mais críticos e menos superficiais para que a educação científica venha até a sociedade de forma democrática e eficiente”, finalizam França e Ramires.
O relato da experiência foi apresentado no Intercom 2010, XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, em Caxias do Sul de 2 a 6 de setembro.
Pedro Pavan

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