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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A pluralidade de vozes na cobertura jornalística sobre a dengue

A análise sobre a cobertura da dengue a partir de matérias selecionadas e publicadas no jornal do Comércio (JC) nos anos de 2002,2004,2006,2008 foi o tema do artigo apresentado  por  Isaltina Maria de Azevedo Mello Gonçalves e Luis Marcelo Robalinho Ferraz,professores do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A pesquisa foi discutida no Intercom, realizado de 06 a 08 de setembro corrente, em Caxias do Sul. O objetivo do trabalho foi refletir a respeito da cobertura jornalística e ao mesmo tempo discutir sobre a tentativa da imprensa em criar um espaço democrático na produção da noticia.
Com relação à Dengue foi verificado que as informações divulgadas pela midia se enquadram em quase todos critérios de noticiabilidade. Tornaram-se noticia pela imprevisibilidade, pelo peso social, pela quantidade de pessoas envolvidas, pela proximidade geográfica e pela atualidade.
Os autores afirmam que as informações sobre a dengue vindas da imprensa, têm como base a fala de diferentes atores envolvidos com o assunto, a exemplo de gestores públicos, cidadãos e pacientes. Na busca por construir um aspecto democrático, a mídia atua no espaço publico no sentido de dar voz a todos, mas sob uma gerencia própria que visa revelar diferentes pontos de vista. Muitas vezes são contrários entre si, mas numa clara intenção de parecer plural, mostrando uma credibilidade em seu discurso.
Conforme as informações reveladas no texto, os especialistas na área da saúde pública estão sendo os preferidos da mídia para dar voz sobre o tema relacionado à Dengue. A razão está ligado pelos órgãos de saúde concentrarem mais técnicos e dados precisos sobre a doença, além de serem os responsáveis pelas ações de prevenção e controle sobre o mosquito.
Os pesquisadores defendem nas suas considerações finais que a mídia constitui em seu discurso uma polifonia aparente na intenção de criar um espaço democrático repartido, dentro da matéria, a partir de diferentes perspectivas sociais como poder público, iniciativa privada sociedade civil organizada e cidadão comum.

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