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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Educomunicação e ciência, em busca do ensino

Uma das presenças no XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Intercom, ocorrido em Caxias na semana que passou, foi a do professor da USP Ricardo Alexino Ferreira, doutor em Ciências da Comunicação, e que discutiu a Divulgação Cientifica Midiática no Campo Educomunicativo: o jornalismo no formato transversal.
Segundo Ricardo Ferreira, antes dos anos 90 a comunicação e educação pareciam dois campos contraditórios entre si. Só depois dessa década é que começaram a aproximar as duas áreas. É quando surge a educomunicação.
Com divergências ou aproximações, as duas áreas procuram completar uma a outra, não como partes independentes mas como interseções. Assim novos projetos vão se concretizando. Conforme a implantação de licenciatura em Educomunicação na ECA-SP, o corpo docente afirma que formará profissionais voltados para a inter-relação Comunicação/Educação.
Para o pesquisador, a midialogia científica enquanto divulgação cientifica no jornalismo cientifico, a ciência e a educação se fundem de uma forma tão intensa que se torna difícil distinguir uma da outra. Assim elas formam um terceiro elemento multi e transmidiático, que pode se chamar educomunicação.
Outro ponto destacado pelo autor é que a escola que transmitia o “conhecimento o vê sendo midiatizado”. Para o pesquisador, a escola deveria aprender as informações e produções dos meios e ressignificá-los para uma produção dos sentidos dos fenômenos. Com isso completaria um ciclo de aprendizado. Em oposição, tem-se uma ciência midiática, mas pouco educativa. Ele fala ainda, que uma característica dada às matérias jornalísticas de divulgação na contemporaneidade é uma visão pragmática do papel das ciências. Sempre há, ou quem sabe sempre vai existir, perguntas como “Para que serve a ciência” ou “qual o resultado?”. Basta esperar.




Maurício Araujo

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