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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os passos da mídia em relação ao tema ambientalismo

A biodiversidade em 2010 está em foco. Discussões no mundo todo sobre o assunto tomam conta de planos de políticas pública. A natureza e a humanidade caminham juntas, uma pertence a outra. As ações da primeira interferem na segunda e vice-versa. Ambas se sustentam no mesmo espaço, e a abordagem jornalística ambiental tem caminhado na construção de um discurso midiático de ligação entre as partes.Tais questões são propostas por Camila Pelegrini Motta em paper apresentado no GP Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade, X Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação durante o XXXIII Congresso do Intercom.
A questão ambientalismo começou a aparecer com maior frequência, na imprensa internacional, depois da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972. Segundo McCormick, quando em abril dos anos 70 os norte-americanos se reuniam na maior manifestação ambientalista da história, o Dia da Terra, revistas e jornais do mundo estampavam o ambientalismo como questão pública fundamental. Na revista Time, o meio ambiente era o tema dos anos 70, e para a revista Life, tratava-se de um movimento que ia dominar a nova década.
A autora referencia que desde os anos 70 no Brasil, jornalistas como Randau Marques e suas matérias sobre poluição industrial, Lúcio Flávio Pinto e as reportagens sobre a Amazônia, e Elson Martins, que assistiu de perto o aparecimento da liderança de Chico Mendes na luta pela criação da Reservas Extrativistas no Acre, deixaram importantes contribuições para a história do jornalismo ambiental.
No Brasil, a imprensa preocupava-se com problemas ambientais da Amazônia. Mas a mídia, em geral, abriu espaço à descoberta do buraco na camada de ozônio e as primeiras hipóteses sobre o impacto das atividades humanas no aumento do aquecimento global. E foi a partir da metade da década de 1980 que as investigações sobre o jornalismo ambiental começaram a ser realmente publicadas no Brasil.
Hoje, segundo o pesquisador, a presença da mídia alternativa como divulgadora do discurso ecológico, através do jornalismo, com as novas tecnologias vem colaborando para as mudanças de consciência sobre o debate sobre o meio ambiente. O jornalismo, principalmente em sua vertente mais alternativa, como um ofício que visa a formação da opinião pública, a responsabilidade para com a sociedade, e a valorização da cidadania e da democracia, acompanha há algumas décadas o movimento como narrador dos fatos relevantes do tema ao longo do tempo.




Alessandra Tonatto Noal

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