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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Surto de desinformação causa erro global

No dia 10 de agosto deste ano a Organização Mundial de saúde (OMS) anunciou o fim da pandemia da Influenza H1N1, conhecida popularmente como gripe suína. Ao invés de causar alívio esta informação trouxe à tona inúmeras questões sobre a veracidade deste surto pandêmico. Alguns especialistas na área da saúde questionam se OMS errou ou cedeu a interesses econômicos dos laboratórios que produzem a vacina, e afirmam que não houve pandemia.
A médica espanhola Tereza Forcades, especialista em medicina interna e doutora em saúde pública, tomou frente nesta busca pela verdade e apresentou dados científicos que relatam que o mundo não estava em pandemia. Segundo a médica, e próprio manual da OMS, para ser pandemia a gripe deveria apresentar um novo subtipo nunca circulado entre os humanos. Já neste quesito já se pode verificar falha evidente: as epidemias de gripe nos anos de 1918 e 1977 eram do tipo A/H1N1, dado que pode ser corroborado pelo fato de pessoas acima dos 66 anos serem imunes a doença.
Outro fator que chama a atenção é o número de mortes. Desde o início da gripe, em setembro de 2009 ,os óbitos foram de 137 na Europa e 3.559 no restante do mundo, porém a gripe sazonal mata anualmente entre 40.000 a 220.000 pessoas. Tereza Forcades acredita que tudo isso se deu devido a interesses econômicos dos laboratórios e a dependência das nações em relação a este tipo de mercado.
E a imprensa? A rapidez da informação não leva mais à apuração minuciosa? Sabe-se que o evento gripe H1N1 vendeu sim, publicações de forma pandêmica. E não teria como ser diferente: o mundo estava em pânico. Diariamente um novo óbito estampava a capa de um jornal, a televisão mostrava as precauções que a população deveria tomar e as revistas trouxeram reportagens sobre a “pandemia”. Vivemos em dias que um espirro era pior que um palavrão. Os gripados eram vistos como leprosos na Idade Média e a máscara cirúrgica era acessório básico nas ruas mundiais.
 Temos aqui uma sessão de organizações que não cumpriram o seu papel primordial: A OMS deu um alerta infundado, os governos não defendem sua saúde e cofres públicos e a imprensa não investiga fatos e, sequer, revela a verdade. Apenas as mídias alternativas, que não estão ao alcance da massa, apresentaram entrevistas como a da médica Tereza Forcades.
A única pandemia que nos assola é da desinformação, a cada minuto apresentando um novo subtipo e passando com facilidade entre humanos.

Rita Barchet

3 comentários:

Lucian Ceolin disse...

Muito bom o texto. Informações precisas e equilibradas.Excelente jornalista está surgindo em nosso curso.

Andressa Sarturi disse...

O texto nos esclarece os números exatos de pessoas que contrairam a gripe A. além disso aborda que a desinformação entre as pessoas, em nosso meio que é o jornalismo, falta profissionais capacitados em se especializar em alertar a população.

Pedro Pavan disse...

O "surto de desinformação" é realmente um dos principais problemas globais em relação a saúde. A mídia em geral muitas vezes compra uma ideia que lhe foi fornecida por certas fontes e a repassa como sendo verdade única. A busca por mais informações, mais fontes, não comprando uma idéia imediata deve ser o foco principal de quem quer se defender do surto de desinformação.