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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novas descobertas para prevenção de Alzheimer

Três novos genes que estão associados a um aumento do risco de se desenvolver o Mal de Alzheimer(DA), doença que leva à perda progressiva da memória e da capacidade cognitiva foram publicados na revista Nature Genetic, edição de outubro.

Em dois estudos independentes, realizados na França e no Reino Unido, pesquisadores identificaram mais três genes de suscetibilidade denominados clusterina. O estudo britânico envolveu mais de 16 mil pessoas.
Em entrevista a colunista de Genética da Revista Veja Mayana Zatz, o neurologista que trabalha com pesquisas sobre a Doença de Alzheimer, Dr David Schlesinger explicou quais os benefícios da nova descoberta. Segundo o pesquisador, a medicina ainda não chegou ao ponto de conseguir determinar o risco exato de desenvolvimento da DA, assim como da maioria das doenças genéticas causadas por múltiplos genes. É sabido que pessoas com variante e4 tem três vezes mais risco de desenvolver a doença de Alzheimer. No entanto, pessoas que possuem essa variante podem nunca ter a doença, enquanto outras que não possuem, podem desenvolvê-la.
Como a perda de memória e da capacidade cognitiva pode ter várias causas, não existe um diagnóstico de certeza, mesmo que o paciente já apresente demência. Em algumas situações, o declínio cognitivo pode ser a combinação de DA com outras causas, como pequenos derrames.
Na entrevista, David afirma que com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a doença de Alzheimer está se tornando cada vez mais freqüente. Dessa forma, identificar novos genes e mecanismos responsáveis pela DA abrem novas perspectivas de tratamentos.

Para o pesquisador, todos têm um risco grande de desenvolver Doença de Alzheimer, desde que não tenhamos uma morte prematura. Pessoas que chegam aos 85 anos de idade tem risco de 30%, aproximadamente. O risco para derrame é modificável com medicações e comportamentos saudáveis (dieta do mediterrâneo, ingestão de vinho, exercício físico regular, exercício mental regular, etc). Assim, as pessoas que souberem que têm um risco aumentado, terão um estímulo maior para prevenir o declínio cognitivo, através dos testos preditivos disponibilizados.

Fonte: Site Revista Veja - Coluna de Genética por Mayana Zatz

Gilkiane Cargnelutti

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