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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Excesso de ruídos no trabalho pode provocar doenças

Um dos maiores problemas em locais de trabalho é a poluição sonora. O ruído é o grande vilão e pode atingir níveis de intensidade perigosos para a saúde e para a segurança dos trabalhadores. As fontes dos ruídos são as mais diversas, como máquinas e suas vibrações, inclusive tudo o que está ligado diretamente ao prazer dos seres humanos como esportes e hobbies, mas as metalúrgicas são os locais de trabalho mais atingidos pela poluição sonora devido as horas intensas de trabalho e barulho.
Esses ruídos podem interferir na vida dos trabalhadores e, caso não sejam tomadas providências necessárias, alguns problemas podem ocorrer a curto e longo prazo. Segundo Deise Guex, fonoaudióloga e coordenadora de Programas de Controle e Monitoramento audiológico nos PCAs – Programas de Controle Auditivo na indústria, os efeitos negativos da poluição sonora nos seres humanos vão desde zumbidos e recrutamento (sensibilidade a sons intensos) até a surdez, entre outros como dificuldade para entender a fala em ambientes ruidosos e/ou dificuldade para discriminar palavras (disability).
O uso do protetor auditivo é necessário para a precaução desses problemas comenta Felipe Vergara, engenheiro e professor do curso de Engenharia Acústica da UFSM, "O ser humano aguenta 85 dB (A) durante oito horas de exposição diária" e, "Portanto, é preciso o uso do abafador ou fones de ouvido em ambientes de trabalho onde ultrapassem esses decibéis". Vergara ainda comenta que, cada vez mais, o protetor auditivo se torna mais específico para cada tipo de profissão como, por exemplo, os músicos e os metalúrgicos: "É uma tendência para melhorias na precaução desses problemas de saúde".
No Brasil as doenças ocupacionais que alcançam maior destaque são DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (risco ergonômico) e PAINPSE - Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (risco físico), afirma Deise Guex. Um dos maiores problemas em relação aos ruídos é que não são devidamente notados em sua potencialidade lesiva e não são vistos como fatores de desencadeamento de doenças. Depois de instalada a perda auditiva não há reversão, portanto, a prevenção deve ser feita desde sempre.

Por Bruno Barichello, Carlos Eduardo dos Santos Flores, Luiz Otávio Prates

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