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terça-feira, 18 de novembro de 2008

UNIFRA ganha destaque no Salão de Iniciação Científica da UFRGS

A pesquisa "Lipodistrofia e redistribuição de gordura corporal em crianças e adolescentes com HIV tratados com terapia antiretroviral" foi um dos destaques do último Salão de Iniciação Científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com a autoria da acadêmica de nutrição da UNIFRA, Tamirys Cabreira, e a orientação das professoras Vanessa Ramos Kirsten e Cristina Machado de Moraes, o trabalho vem sendo desenvolvido desde abril de 2008 no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Lipodistrofia é o nome dado às mudanças na forma do corpo. A doença é um conjunto de alterações metabólicas, como as alterações nos níveis de colesterol, triglicerídeos e resistência à insulina. Além das alteraçãoes metabólicas, há também as morfológicas como a de redistribuição de gordura corporal, criando um acúmulo na região abdominal e toráxica, aumento da gordura visceral e alargamento da região dorso-cervical. Essas alterações são encontradas em pacientes HIV/AIDS, quando estes fazem uso da terapia antiretroviral de alta potência (HAART). "A Síndrome lipodistrófica do HIV tem sido associada como um dos efeitos colaterais mais comuns em pacientes em uso de HAART, principalmente dos inibidores de protease, uma classe de medicamentos antiretrovirais", explica Tamirys.

A investigação tem como objetivo avaliar as características de síndrome lipodistrófica em crianças e adolescentes que tenham HIV e façam uso do tratamento de HAART. "São coletados dados de estado nutricional, como peso e altura, de distribuição de gordura, tais como circunferências e pregas cutâneas e exames laboratoriais de perfil lipídico e metabólico", complementa a acadêmica.

Junto à coleta de dados, são realizadas orientações nutricionais para os responsáveis pelas crianças e adolescentes. Com um controle alimentar e de medicamentos, as alterações metabólicas podem ser tratadas. Já para o tratamento das alterações morfológicas existem medidas reparadoras como a lipoaspiração de giba (também conhecidas como "pelota cervical") e parede abdominal. "Essas medidas foram adotadas a fim de minimizar distúrbios emocionais e psiquiátricos nestes pacientes", diz Tamirys. Quanto aos resultados, ela explica que ainda não foram avaliados estes dados estatisticamente, portanto ainda não se pode afirmar se os pacientes apresentam uma redistribuição da gordura corporal.

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