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sábado, 29 de novembro de 2008

Pílulas inteligentes acenam com terapias inovadoras

Medicamentos integrados a dispositivos eletrônicos de última geração prometem novas terapias para disfunções do trato digestivo

A Philips Research deve apresentar, na abertura da Reunião Anual e Exposição da American Association of Pharmaceutical Scientists (AAPS), no domingo, em Atlanta, nos Estados Unidos uma nova tecnologia em pílula inteligente, a “iPill”. Esse processo acena com o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias para disfunções do trato digestivo como a doença de Crohn, colite e câncer de cólon ─ um dos tipos mais comuns da doença no Brasil.
Em 2001, a primeira pílula-câmara foi aprovada pela Federal Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, para aplicações em diagnósticos. A iPill é uma cápsula do mesmo tamanho de uma pílula-câmara, projetada para ser engolida e passar naturalmente pelo trato digestivo. Ela pode ser programada eletronicamente para controlar a distribuição de medicamentos, segundo critérios pré-definidos.
A pílula-câmara define sua localização no trato intestinal medindo a acidez local do ambiente. Áreas diferentes do trato intestinal têm perfis de pH (nível de acidez) distintos: o estômago é altamente ácido, mas essa situação se altera no intestino superior. Com essas informações sobre o pH e os dados sobre os tempos de deslocamento da cápsula, a localização no intestino pode ser determinada com razoável precisão. O mecanismo libera o medicamento do recipiente por meio de uma bomba controlada por microprocessador, o que permite programar a liberação de medicamentos. Além disso, a cápsula foi projetada para medir a temperatura local e transmitir os dados para uma unidade receptora externa.
“A combinação das informações de navegação, da administração controlada de medicamentos e do monitoramento do trato intestinal promete fazer da tecnologia uma ferramenta de pesquisa importante para o desenvolvimento de medicamentos”, avalia o especialista chefe em administração de medicamentos Karsten Cremer da Pharma Concepts GmbH, em Basiléia (Suíça). “Em especial, reconheço o potencial dessa tecnologia para melhorar o perfil e a seleção de candidatos a receber medicamentos, o que pode acabar acelerando o desenvolvimento de novas drogas.”

Fonte: SCIAM
Por Bruna Berwanger de Andrade

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