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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O crédito da discórdia



Independente do que se diga – é consenso que urge a necessidade de se rever conceitos e atitudes que possam preservar a sustentabilidade do planeta. Aviltar o meio ambiente em nome do progresso não é mais visto como um ônus aceitável para se atingir metas de crescimento. A crescente preocupação com a questão ambiental está norteando as relações entre poder público e iniciativa privada pelos quatros cantos do planeta.

Por ano são lançadas mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera – o principal gás causador do aquecimento global. Uma das determinações do Protocolo de Quioto instituiu o mercado de carbono como um dos mecanismos para reduzir os custos no corte de emissões. Seja visto como uma concessão para poluir ou uma ferramenta para amenizar a ação predatória do homem - a comercialização de créditos de carbono não fica limitada ao Protocolo de Quioto.

O mercado global de carbono deve movimentar mais de US$ 100 bilhões só em 2008. Por aqui, o Departamento de Desenvolvimento de Mercado da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) acredita que ainda neste ano o Brasil deva comercializar créditos de carbono provenientes de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Entraves burocráticos e falta de regulamentação impedem o ingresso do país neste novo mercado. Países signatários que precisam reduzir as emissões de gases do efeito estufa estão disponibilizando US$ 1 bilhão para esse mercado em transações comerciais.

Cresce o número de bolsas de carbono – Bolsa do Clima de Chicago, Bolsa do Clima Européia, Bolsa de Energia da Áustria, no Brasil a BM&F (trabalha por enquanto somente com o leilão de créditos de carbono). Integram a lista ainda países como Alemanha, Índia, França. O lobby verde ganha força e mostra ser o novo filão do mercado econômico.

Um comentário:

Blog disse...

Deixei! Tá bom! rsrsr
R.