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segunda-feira, 30 de junho de 2008

A música como remédio

Trocar as caixas de remédios por caixas de som. Essa talvez seja uma saída mais barata e até mesmo menos nociva ao organismo humano. Nos últimos anos pesquisadores de diversos lugares do mundo tem investido em estudos que comprovem a eficácia da música como um aliado a recuperação de algumas doenças. Através da musicoterapia, tratamento desenvolvido com sons, ritmos, melodias e harmonia alguns médicos tentam desenvolver e restaurar funções em seus pacientes. Problemas físicos, mentais, motores, casos de obesidade, depressão, ansiedade, fobias, estresse, acidente vascular cerebral (AVC) são alguns dos problemas que têm dado à musicoterapia a chance de comprovar sua eficiência. Durante a Segunda Guerra Mundial, na tentativa de distrair os soldados internados, as enfermeiras colocavam música nos alojamentos médicos. A partir dessas experiências, os médicos perceberam que muitos dos soldados enfermos que estavam em nos locais onde havia música se recuperavam mais depressa do que outros que não escutavam. Hoje, além das pesquisas cientificas sobre o assunto, muitas academias já possibilitam aos seus alunos especialização e formação em musicoterapia. E ao contrário do que pensa o senso comum, não se trata de uma terapia alternativa, mas sim de a uma intervenção terapêutica, no qual seu objeto é o estudo do comportamento sonoro do paciente. Conforme o musicoterapeuta Haroldo Campos, logo no inicio do tratamento é feita uma ficha com características do paciente. Nela deverão conter dados importantes sobre o mundo sonoro do individuo. A partir daí, as intervenções musicais passam a ser feitas, e se moldam de acordo com a reação de cada pessoa. Além disso, existe ainda a possibilidade de tratamentos coletivos. "Para trabalhos em grupo é necessário que se reconheça uma deficiência em comum" salienta Campos. No entanto se de um lado há quem perceba a música como um ótimo analgésico, de outro há quem diga que suas funções não podem ser comprovadas. De acordo com o estudo realizado em 2006, intitulado "Music for pain relief" os pesquisadores Cepeda MS, Carr DB, Lau J, Alvarez H perceberam que "escutar a música reduz sim os níveis de intensidade da dor e suas necessidades de opiáceo, mas o valor destes benefícios é de pequena importância e, conseqüentemente, o diagnóstico desta melhoria se torna obscura". O opiácio mencionado pelos pesquisadores trata-se de uma substância química derivada do ópio. Ela, assim como endorfinas, dinorfinas e encefalinas são alguns dos inibidores para a dor mais utilizados na medicina. Essas substâncias, quando em consumidas em dosagens desmedidas podem trazer danos a saúde. É isso que torna faz cada vez mais, médicos em geral encontrarem na musicoterapia uma forma segura de tratamento. Sem reações ou contra-indicações, ela ainda é a única que o consumo em excesso não vai agredir o organismo dos pacientes.
fontes:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_
http://www.cochrane.org/reviews/en/ab004843.html
http://
redebrasileiradetransdisciplinaridade.net

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