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terça-feira, 13 de maio de 2008

Ocupação irregular compromete córregos

Isolado e sem uma infra-estrutura de moradia capaz de dar condições necessárias para um desenvolvimento humano e social, a invasão do Km 3 é apenas uma das área de Santa Maria que não apresentam boas condições de saneamento básico para os seus moradores.

Localizado na região leste da cidade, a invasão é separada dos outros bairros pelos muros da Santa Fé vagões de um lado, e árvores da região da serra do outro. Uma exclusão não somente territorial, mas também de infra-estrutura. O local tem acessos precários, onde o caminho por trilhas no meio do mato é um dos trajetos mais rápidos para se chegar.

A região é habitada por catadores que utilizam os materiais reciclados para retirar o seu sustento. É o caso da moradora Maria Conceição, de 52 anos e que vive no local há apenas um ano. –“Como aqui somos todos pobres, sem renda, somos obrigados a trabalhar com o lixo dos outros para ganhar o nosso dinheirinho.”

Segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a invasão não possui rede de esgoto, apenas mangueiras improvisadas a céu aberto que levam água até as residências. Para a Corsan, como o local é uma área irregular, não há nenhum projeto de melhorias no saneamento básico do local.

A invasão do Km 3 é uma área da prefeitura e sem regularização, o que torna difícil a implantação de sistemas de melhoramentos. Segundo Marian Moro, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade, há um projeto de construção de casas, porém, existem leis estaduais de preservação ambiental, apoiados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que barram as obras.

Apesar de não ser possível a regularização do local, muitos moradores têm a esperança de que isso se reverta. –“Sei que aqui não é o melhor lugar para morar, mas espero que algum dia seja regularizado”. explica o catador Carlos Schwetz, 38 anos.
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