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terça-feira, 2 de maio de 2017

Psicologia, Ciência e Internet: entrevista com André Rabelo do canal Minutos Psíquicos

André Rabelo é doutorando em
Psicologia na UNB
A criatividade é impulsionada de mentes inquietas. Esse é o caso de André Rabelo, que produz conteúdo para internet com o propósito de instigar e divulgar a ciência para jovens.
Rabelo é formado em Psicologia e mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, é doutorando do programa de pós-graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da UnB e professor do curso de psicologia no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF).

Além disso, é o autor do blog SocialMente e do canal do youtube Minutos Psíquicos, onde desde 2014
 publica vídeos curtos sobre psicologia e o universo. 


Em entrevista para Renata Teixeira, 
acadêmica de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra - RS), Rabelo conta sobre o trabalho e o interesse pela produção de conteúdo para internet. 







Qual a proposta inicial do canal? 
Rabelo: A proposta do canal Minutos Psíquicos é oferecer vídeos curtos, didáticos e objetivos sobre psicologia e ciência de um modo mais amplo. Os vídeos tem como base os conhecimentos científicos mais atuais dos quais dispomos e a linguagem adotada busca instigar a curiosidade e compreensão dos assuntos.

Como surgiu a iniciativa? 
Rabelo:Eu sempre me senti insatisfeito com o material disponível na internet e na mídia sobre ciência, especialmente sobre psicologia. Eu não encontrava muita coisa falando sobre as coisas que eu andava lendo e adorando conhecer, principalmente relativo às pesquisas científicas. Então pensei que eu mesmo podia fazer algo pra preencher essa lacuna, e foi ai que eu comecei o blog SocialMente e alguns anos depois o Minutos Psíquicos.


A equipe é formada por pesquisadores ou as informações dos vídeos vem de outras fontes? 

Rabelo:Eu sou pesquisador e produzo o conteúdo da maior parte dos vídeos. O resto da equipe está mais voltado para a parte técnica de produção das ilustrações e edição dos vídeos. As informações dos vídeos vêm principalmente de artigos científicos, livros, sites especializados e matérias jornalísticas de qualidade.

Qual o público-alvo dos vídeos? 
Rabelo:Qualquer pessoa interessada na mente e no comportamento humano, mas especialmente de adolescentes pra cima.

Vocês acham que conseguem atingir um público mais jovem, que talvez não se interessaria pela ciência, por conta das ilustrações dos vídeos e linguagem mais coloquial dos vídeos? 
Rabelo:Sim, acredito que isso possa influenciar sim.

Como são escolhidos os assuntos abordados nos vídeos? 
Rabelo:Não tem uma regra rígida, mas geralmente eu tento manter um equilíbrio entre os temas que eu já tinha planejado abordar, os temas mais pedidos pelas pessoas nos nossos vídeos e perfis de redes sociais e os temas que estão mais atuais na mídia (ex: jogos olímpicos). Tenho dois critérios que acho importantes pra dar prioridade pra um tema: quanta informação de qualidade disponível existe sobre aquele assunto e o quão geral, interessante e chamativo é o assunto.


Vocês tratam nos vídeos, até mesmo assuntos, que são vistos como tabu e que a grande mídia não costuma abordar, como por exemplo o suicídio. Como é a resposta dos internautas a respeito disso? 
Rabelo:Até o momento, a reação do público de um modo geral aos temas que abordamos tem sido muito positiva. As pessoas gostaram muito do vídeo sobre suicídio, por exemplo, e o mesmo serviu pra grande maioria dos outros temas. Não estou conseguindo me lembrar agora de algum tema que não tenha sido bem recebido pelo público por mais polêmico que fosse.

A internet é aliada para disseminar conhecimentos sobre ciência ou é um empecilho por conta das inúmeras informações incorretas que circulam na rede? 
Rabelo:No momento, acho que as duas coisas. Ela pode ser uma grande aliada, mas muitas vezes não têm sido. O problema não está na internet em si porque ela é só uma ferramenta. O problema está com quem a usa e com as suas respectivas motivações. Muitas pessoas estão mais interessadas em ganhar cliques e audiência do que em disseminar conhecimento científico com embasamento e pra isso apelam bastante. É uma pena, é um desserviço e atrapalha o esforço de quem está tentando promover uma mudança cultural a respeito de como a ciência é vista e tratada na nossa sociedade.

Como funciona para apoiar no Patreon?  
Rabelo:É só a pessoa entrar na nossa pagina no Patreon e se inscrever para nos patrocinar. Ela pode doar diferentes quantias por mês e pode interromper a sua doação quando quiser. As pessoas que têm nos apoiado por lá são responsáveis pela maior estabilidade nas publicações e o crescimento do nosso canal, eles fazem muita diferença e nos motivam a querer melhorar sempre o nosso conteúdo!

Por Renata Teixeira para a disciplina de Jornalismo Cientifico


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