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terça-feira, 25 de agosto de 2015

A indicação de produto transgênico pode sumir das embalagens

Associação Brasileira de  Saúde Coletiva - Abrasco
O Projeto de Lei (PL) nº 4841 de 2008 foi votado e aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 29 de Abril. Agora, tramita no Senado. A PL é de autoria do deputado Luis Carlos Heinz e propõem modificação na legislação de rotulagem de produtos transgênicos no país.  Com essa alteração, o símbolo “T”, que aparece nas embalagens informando que o produto contém alguma proteína transgênica, deixa de ser obrigatório, fazendo com que os consumidores não obtenham essa informação na hora da compra. A nova lei também elimina a cobrança da rotulagem para produtos de origem animal e rações. Os transgênicos são organismos geneticamente modificados usados para aperfeiçoar a produção agrícola.  A utilização dessas estruturas despertam controvérsias sobre a segurança dos produtos consumidos. Algumas pesquisas indicam que a proteína transgênica produz precocemente alterações nas células do corpo humano, causando diversos tipos de câncer, além do aumento da resistência a antibióticos e um elevado número de alergias. O engenheiro agrônomo e agroecologista, doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Leonardo Melgarejo, avalia o consumo de produtos transgênicos de alto risco para a saúde do ser humano. Melgarejo afirma, que por mais que não hajam estudos exatos comprovando os efeitos negativos dos produtos, todos os indícios apontam para consequências maléficas ao bem estar da população consumidora. Segundo ele, a aprovação da nova lei seria um grande retrocesso para a agroecologia e para a política e segurança do consumidor de uma forma geral. Na enquete que realizamos 30 pessoas foram escutadas e indagadas sobre a aprovação do Projeto de Lei no mês de Abril. Desse total, 26 não estavam informadas sobre o deferimento realizado na Câmara dos Deputados no dia 29. Apenas quatro pessoas relataram ter lido ou ouvido algo sobre o assunto. A pedagoga e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Waléria Fortes de Oliveira comentou ter lido sobre a aprovação nas redes sociais. O sociólogo mestre em Ciência Sociais pela UFSM Marcus Rodrigues, atesta não saber até que ponto há uma passividade da população perante há decisões dessa magnitude. “Não sei até que ponto as pessoas são passivas e até que ponto há um custo pra informação, comenta o sociólogo. Rodrigues acredita que não vivemos e presenciamos uma mídia democrática e que o monopólio midiático do país funciona como a bancada que aprova essas leis.“ Acredito que seja uma violação ao direito à informação do consumidor”, conclui o cientista social.

Por Helena Moura e Julia Machado 

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