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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Sociedade e meio ambiente no desenvolvimento sustentável

No dia 3 de Outubro, apresentou-se no Salão de Atos do Conjunto II do Centro Universitário Franciscano, o Prof. Afranio Almir Righes, dando continuidade ao XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extenção (SEPE), dentro do eixo de “Sociedade e meio ambiente”, abordou questões fundamentais sobre o tema “Sociedade e meio ambiente e desenvolvimento sustentável”.
Afranio iniciou dizendo que “o SEPE é uma programação muito importante, pois gera um momento de discussão para ampliar os conhecimentos entre alunos e professores”. Ao falar sobre o tema, o professor disse que o equilíbrio ambiental é “perfeito” quando o homem ainda não “entrou” no ambiente. Para ele, foi o homem pré-histórico quem começou as atividades de alteração do ambiente. Outro exemplo citado são as pirâmides, nas quais grandiosas obras eram construídas extraindo os meios do terreno (grandes pedras), e modificando-o.
Righes ressalta ser extremamente importante que a figura do ser humano tenha uma correta compreensão de como utilizar o ecossistema, sabendo confrontar o conceito de sociedade com o conceito de meio ambiente. Ele nos questiona: “Como tratar o meio ambiente?”, e logo responde que cabe a cada um de nós a sabedoria de encontrar o equilíbrio entre as nossas necessidades e o esgotamento da fonte (vulgo, meio ambiente).Esgotamento porque, segundo o palestrante, ao longo de toda existência, a partir do surgimento do homem, este só sabe aproveitar dos bens oferecidos pela natureza e a ela nada retorna. Uma  troca que poderia ser simbolizada nas ações de conservação do meio ambiente, de defesa ao ecossistema. Afinal, a natureza parece se revoltar, com enchentes, deslizamentos, incêndios, alterações climáticas... E tudo isso, no fundo, tem o homem como uma grande parcela de culpa, afirma.

Foto: Divulgação

Righes alerta para a poluição ambiental/Foto: Ezekiel Dall'Bello

  1. Zoneamento: para onde a água vai (entre 5 a 10 anos);
  1. Jardinamento: retirar as pessoas das margens de rios e áreas ribeirinhas (propícias a enchentes e deslizamentos); e
  1. Casas com sistema de captação da chuva, sendo que o palestrante alerta: “Será que vai ter água para todos?” Segundo ele, a quantidade de água é sempre a mesma, as chuvas ajudam a repor o consumo. Todavia, este consumo tende a aumentar muito, com previsão de chegarmos a 8,5 bilhões de habitantes no globo terrestre. 


“Temos que saber utilizar bem da biosfera para que tenhamos o equilíbrio” 
Afonso Righes

A natureza mostra sua cara

         O palestrante alerta que o homem está apenas usufruindo do “meio” sem tratá-lo ou repor o que dele retira. Assim, a natureza acaba apresentando alguns fenômenos, os quais são determinantes para o bem geral da nação e o seu correto desenvolvimento. Afranio ainda  cita exemplos e os justifica como formas causadoras de um problema para o desenvolvimento social.
        Para ele, o efeito estufa, por exemplo, acaba variando as temperaturas, modificando o clima, e afeta a produtividade dos solos e oceanos além de alterar a química da atmosfera. Mudanças na corrente de ar podem gerar uma nova era glacial. O simples aumento de 1°C na temperatura da Terra pode significar um declínio de 10% no rendimento e na produtividade do milho e do trigo. Você consegue calcular o preço que o cidadão vai pagar por isso? Consegue imaginar que alterações essa “simples” mudança pode ocasionar na economia mundial? “São coisas que o homem parece se recusar a enxergar”, finaliza.


Sociedade e meio ambiente: O que é sustentabilidade?

O professor conceitua sustentabilidade como “a utilização de recursos para atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender suas próprias necessidades”. Em outros termos, saber utilizar as matérias que o “meio” nos oferece sem prejudicá-lo ou esgotá-lo para o amanhã. E dentro da questão de sustentabilidade, Afranio nos informa que ela está ligada a três fatores fundamentais: ciência, tecnologia e inovação.
A ciência como sendo o resultado da pesquisa científica; a tecnologia como a forma dos conhecimentos aplicáveis na produção ou melhoria de bens e serviços e; a inovação como a maneira de criar novos produtos ou processos. O palestrante ressalta que nos países em desenvolvimento, as ligações entre sociedade, ciência e tecnologia são muito fracas. Isso é tão verdade que o sistema produtivo acaba procurando no exterior a resolução para seus problemas, e não no mercado interno, justifica.

Desenvolvimento sustentável

         Segundo Afranio, para que o planeta não siga nessa contínua decadência do equilíbrio natural, é preciso que o homem passe por uma reeducação ambiental. Segundo ele, “muitos não se preocupam com o equilíbrio ambiental dizendo que viverão o suficiente para não enfrentar esses problemas.”
         Dentro dessa reeducação, ele cita o que chama dos três “R”: Redução (consumir menos); Reutilização (aproveitar mais) e; Reciclagem (consumir e aproveitar novamente). Além disso, alerta para nossas áreas urbanas, dizendo que em 40 anos a população emigrou do meio rural para construir as cidades, concentrando-se 80% nesses centros. Esse processo foi muito rápido e, em grande parte, desorganizado. E isso resulta em problemas com os fenômenos naturais, que não foram devidamente pensados e estudados.
         Afranio  cita alguns pontos que devem ser levantados para começar a mudar a situação atual das cidades, que a todo instante se deparam, por exemplo, com o problema das chuvas. Dentre eles:
Após os devidos alertas e apresentado o passo a passo para conduzirmos a sociedade para um desenvolvimento sustentável, com equilíbrio ambiental, Afranio Righes abriu espaço para perguntas e finalizou sua palestra com uma frase de Albert Einstein, a qual dizia: “O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que olham e não fazem nada.”

Por Ezekiel Dall'Bello

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