No
dia 3 de Outubro, apresentou-se no Salão de Atos do Conjunto II do Centro
Universitário Franciscano, o Prof. Afranio Almir Righes, dando continuidade ao
XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extenção (SEPE), dentro do eixo de
“Sociedade e meio ambiente”, abordou questões
fundamentais sobre o tema “Sociedade e meio ambiente e desenvolvimento
sustentável”.
Afranio
iniciou dizendo que “o SEPE é uma programação muito importante, pois gera um
momento de discussão para ampliar os conhecimentos entre alunos e professores”. Ao falar sobre o tema, o professor disse que o equilíbrio ambiental é “perfeito” quando o homem ainda não “entrou” no
ambiente. Para ele, foi o homem pré-histórico quem começou as atividades de alteração
do ambiente. Outro exemplo citado são as pirâmides, nas quais grandiosas obras
eram construídas extraindo os meios do terreno (grandes pedras), e modificando-o.
Righes ressalta ser extremamente importante que a figura do ser humano tenha uma
correta compreensão de como utilizar o ecossistema, sabendo confrontar o conceito
de sociedade com o conceito de meio ambiente. Ele nos questiona: “Como tratar o
meio ambiente?”, e logo responde que cabe a cada um de nós a sabedoria de
encontrar o equilíbrio entre as nossas necessidades e o esgotamento da fonte
(vulgo, meio ambiente).Esgotamento
porque, segundo o palestrante, ao longo de toda existência, a partir do
surgimento do homem, este só sabe aproveitar dos bens oferecidos pela natureza
e a ela nada retorna. Uma
troca que poderia ser simbolizada nas ações de conservação do meio
ambiente, de defesa ao ecossistema. Afinal, a natureza parece se revoltar, com
enchentes, deslizamentos, incêndios, alterações climáticas... E tudo isso, no
fundo, tem o homem como uma grande parcela de culpa, afirma.
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Foto: Divulgação |
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Righes alerta para a poluição ambiental/Foto: Ezekiel Dall'Bello |
- Zoneamento: para onde a água vai (entre 5 a 10 anos);
- Jardinamento: retirar as pessoas das margens de rios e áreas ribeirinhas (propícias a enchentes e deslizamentos); e
- Casas com sistema de captação da chuva, sendo que o palestrante alerta: “Será que vai ter água para todos?” Segundo ele, a quantidade de água é sempre a mesma, as chuvas ajudam a repor o consumo. Todavia, este consumo tende a aumentar muito, com previsão de chegarmos a 8,5 bilhões de habitantes no globo terrestre.
“Temos que saber utilizar bem da biosfera para que
tenhamos o equilíbrio”
Afonso Righes
A natureza mostra sua cara
O palestrante
alerta que o homem está apenas usufruindo do “meio” sem tratá-lo ou repor o que
dele retira. Assim, a natureza acaba apresentando alguns fenômenos, os quais
são determinantes para o bem geral da nação e o seu correto desenvolvimento. Afranio
ainda cita exemplos e os justifica como formas causadoras de um problema
para o desenvolvimento social.
Para ele, o efeito estufa, por exemplo, acaba variando as temperaturas, modificando o clima, e afeta
a produtividade dos solos e oceanos além de alterar a química da atmosfera. Mudanças
na corrente de ar podem gerar uma nova era glacial. O simples aumento de 1°C na
temperatura da Terra pode significar um declínio de 10% no rendimento e na
produtividade do milho e do trigo. Você consegue calcular o preço que o cidadão
vai pagar por isso? Consegue imaginar que alterações essa “simples” mudança
pode ocasionar na economia mundial? “São coisas
que o homem parece se recusar a enxergar”, finaliza.
Sociedade e meio ambiente: O que é sustentabilidade?
O professor
conceitua sustentabilidade como “a utilização de recursos para atender as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em
atender suas próprias necessidades”. Em outros termos, saber utilizar as
matérias que o “meio” nos oferece sem prejudicá-lo ou esgotá-lo para o amanhã. E
dentro da questão de sustentabilidade, Afranio nos informa que ela está ligada
a três fatores fundamentais: ciência, tecnologia e inovação.
A ciência
como sendo o resultado da pesquisa científica; a tecnologia como a forma dos conhecimentos
aplicáveis na produção ou melhoria de bens e serviços e; a inovação como a
maneira de criar novos produtos ou processos. O palestrante ressalta que nos
países em desenvolvimento, as ligações entre sociedade, ciência e tecnologia
são muito fracas. Isso é tão verdade que o sistema produtivo acaba procurando
no exterior a resolução para seus problemas, e não no mercado interno, justifica.
Desenvolvimento sustentável
Segundo Afranio, para que o planeta não siga nessa contínua decadência do equilíbrio natural, é preciso que o homem
passe por uma reeducação ambiental. Segundo ele, “muitos não se preocupam com o equilíbrio ambiental dizendo que viverão
o suficiente para não enfrentar esses problemas.”
Dentro
dessa reeducação, ele cita o que chama dos três “R”: Redução (consumir menos);
Reutilização (aproveitar mais) e; Reciclagem (consumir e aproveitar novamente).
Além disso, alerta para nossas áreas urbanas, dizendo que em 40 anos a
população emigrou do meio rural para construir as cidades, concentrando-se 80%
nesses centros. Esse processo foi muito rápido e, em grande parte,
desorganizado. E isso resulta em problemas com os fenômenos naturais, que não
foram devidamente pensados e estudados.
Afranio cita alguns pontos que devem ser levantados para começar a mudar a situação
atual das cidades, que a todo instante se deparam, por exemplo, com o problema
das chuvas. Dentre eles:
Por Ezekiel Dall'Bello
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