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quinta-feira, 7 de março de 2013

Estudos despublicados em 2012



A cada ano o número de estudos científicos despublicados no Brasil e no mundo aumenta devido a algum tipo de fraude. Forjar dados e plagiar trabalhos alheios são as incidências de fraudes mais comuns entre estudos e pesquisas. A ganância e a ambição por novas propostas de trabalho e avanço na carreira levam os cientistas a querer publicar a qualquer custo, como ocorreu nos casos tratados nesta reportagem.
Encabeçando a lista dos trabalhos científicos fraudulentos de 2012, aparece Hisashi Moriguchi, que alegou ter avançado sobre a tecnologia de uma pesquisa ganhadora do prêmio Nobel, do biólogo Shinya Yamanaka que fez a descoberta de células adultas reprogramadas para voltar a um estágio inicial. Moriguchi anunciou que a sua descoberta possibilitava a cura de falências cardíacas terminais. Logo após o anúncio, as Universidades de Harvard e de Massachusetts, dos EUA, alegaram que Moriguchi não havia utilizado as instalações das universidades, como haveria relatado em sua publicação. Como resultado, o fraudador perdeu o emprego na Universidade de Tokyo.

O psicólogo holandês Diederik Stapel virou o queridinho da mídia ao apresentar pesquisas comportamentais. Ele afirmava que o fracasso poderia servir como motivação para o sucesso, por exemplo, propagandas de cosméticos podiam fazer as mulheres sentirem-se feias, comparar-se com outros poderia fazer com que a pessoa perseverasse mais, mas que isso não a tornaria mais feliz. O problema é que a pesquisa foi quase ou inteiramente falsificada. De acordo com o Retraction Watch, 31 de seus trabalhos já foram despublicados.

Um trabalho publicado no International Journal of Andrology (“Periódico Internacional de Andrologia”) em 2008 alegou que os celulares diminuíam a contagem de esperma e causavam alterações adversas nos testículos de coelhos. O trabalho foi despublicado em 2012, pois o autor não tinha autorização de publicação de seus co-autores e os dados apresentados não tinham precisão.

E por fim, uma pesquisa matemática exibida em 2010 também foi retirada das publicações por ser considerada um erro administrativo e não conter conteúdo científico. 

Nenhum deles supera a marca de 35 trabalhos despublicados de Hyung-In Moon, um cientista coreano que levou a ideia de revisão de um trabalho científico por cientistas da mesma área, para um nível completamente diferente. Ele revisou os próprios trabalhos, usando nomes falsos para dar a impressão de legitimidade. Além de admitir ter falsificado vários dados nos estudos ele ainda assumiu forjar um estudo sobre doença hepática e outro sobre uma planta anticancerígena.

Leia a matéria completa.


Por  Luíza Oliveira e Nathalia Ruviaro

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