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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Calvo Hernando e os conceitos

 

Manuel Calvo Hernando morreu aos 88 anos. Foto: arquivo.   

Os conceitos de difusão, divulgação, jornalismo e comunicação, discutidos pelo jornalista Manuel Calvo Hernando, se baseiam em Pasquali (1979),que os distingue da seguinte forma:
     Difusão é o envio de mensagens elaborado em códigos ou linguagens universalmente compreensíveis. É a totalidade do universo receptor disponível em uma unidade geográfica, sociopolítica, cultural etc. O que caracteriza esse tipo de difusão é que pressupõe que o destinatário de uma mensagem conheça o tema.
·   A divulgação seria o envio de mensagens, elaborados mediante a transcodificação de linguagens críticas e linguagens incompreensíveis à totalidade do universo receptor disponível. Na divulgação se parte, em geral, de que a mensagem se dirige a um público formado por pessoas de distinta preparação e, neste caso, a divulgação faz alguns científicos informar o público dos resultados de suas investigações.
·  Entende-se por disseminação o envio de mensagens elaborados em linguagens especializadas a preceptores seletivos e restringidos.
Assim, para Calvo Hernando, a divulgação seria a tarefa de transmitir ao grande público, em linguagem acessível e decodificada, informações científicas e tecnológicas. Suas formas são as conferências, bibliotecas, cursos, revistas, cinema, rádio, jornal. Já a difusão científica é a missão do investigador de transmitir ao público os conhecimentos sobre sua disciplina. Por fim, a disseminação científica é a transmissão, por parte dos investigados, de informações científicas e tecnológicas para seus pares ou especialistas no mesmo setor da ciência.
Em tal cenário, o jornalismo científico  consiste na missão do jornalista de divulgar, através dos meios de comunicação de massa e linguagem acessível, informações científicas e tecnológicas, distinguindo-se da divulgação não pelo tema,mas sim o veículo a ser utilizado.
Para Hernando, o conceito de divulgação científica é mais amplo que o de jornalismo científico. Compreende todo o tipo de atividades de ampliação e atualização do conhecimento. A divulgação nasce no momento em que a comunicação de um feito científico deixa de estar reservada, exclusivamente, aos próprios membros da comunidade investigadora ou as minorias que dominam o poder, a cultura ou a economia.
O jornalismo científico, em sua tarefa de entregar o conhecimento a sociedade, é uma fonte de ensinamento e aprendizagem que busca ser compreensível.
O jornalismo científico manifestou sua maturidade como especialista informativo e como instrumento de desenvolvimento e de educação ao celebrar, em Tóquio, a primeira Conferência Mundial de Jornalistas Científicos (de 10 a 13 de novembro de 1992). Hoje, esta especialidade não é só uma dimensão da sociedade tecnológica, mas também um fator de câmbio e uma parte da indústria de conhecimento que produz, distribui e transfere informação científica e tecnológica.


Pós-industrial jornalismo científico
A melhoria da relação entre ciência e jornalismo pode estar na expansão do que é considerado como informação. Há certo limite de complexidade, além do qual o compromisso é opção vital para a busca de sentido.
Se fornecer ao público informações para ajudar a entender melhor o mundo ao redor é se comunicar, e se a mídia, ciência e público está incluído na ideia de que comunicação não é apenas um critério objetivo, a comunicação também reflexão e adaptação à realidade.

Adaptado de Manuel Calvo Hernando : http://www.manuelcalvohernando.es/articulo.php?id=8

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