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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dança sobre rodas


Fugindo dos limites impostos pela vida, o grupo de dança Extremus nasceu de um projeto da UFSM e conta com crianças e adolescentes de ambos os sexos que se apresentam em várias cidades do estado, emocionando plateias, e provando que o corpo humano pode se superar.
São inúmeros os benefícios que a prática da dança traz. Patrícia Hommerding, professora de fisioterapia da Unifra, explica: “Eles demonstram que estão gostando, notamos que a auto estima deles aumenta. Focamos bastante na ação de sair do solo pra cadeira e vice versa e é notável a melhora deles. Assim como melhora o desempenho corporal, melhora também a qualidade de vida”.
A modalidade tem como proposta a inovação e a descoberta de novos movimentos corporais, buscando uma conscientização social sobre as potencialidades que uma pessoa portadora de deficiência tem, dessa forma, contribuir de uma maneira mais eficaz para quebrar barreiras de inclusão social.
Maria Gorete Brandão conta que o filho, Marcos B. Junior, hoje com 15 anos, adorava viajar para se apresentar com o grupo Extremus, no qual fez muitas amizades. Segundo ela, por ser uma criança comunicativa, promove a interação dos colegas de grupo, e o avanço de sua comunicação pessoal se deve à dança. Recentemente Marcos se apresentou na X Mostra Artística em cadeiras de rodas. Com a chegada da adolescência, o jovem decide se afastar da dança e dar prioridade aos amigos e outras atividades. Por ter iniciado na dança muito cedo, Marcos lembra com carinho de todos os momentos que a dança proporcionou, mas sorridente diz que seu tempo já passou.
A dança, como qualquer atividade física feita com prazer, melhora o desempenho psicológico, pois a criança ou adolescente, ao saber de suas funções diárias, ocupa o seu tempo com esse exercício, além de melhorar o funcionamento dos ossos e músculos.
O professor e coordenador do curso de psicologia Felipe Schroeder enfatizam que a dança para os cadeirantes é muito importante, pois a arte em si, aperfeiçoa as aptidões do indivíduo, traz bem estar e deve ser incentivada desde a infância. Felipe complementa: “A dança melhora a auto-estima, a expressão corporal, a comunicação, a expressão dos sentimentos, aumentando a sensibilidade. É fundamental os cadeirantes, por ter uma limitação, conseguirem se inserir ao grupo e com a sociedade através da arte”.

Por Fernanda Ramos e Lidiana Betega

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