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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Internet: um novo futuro

Você já pensou em um mundo onde pessoas criativas constituem a classe dominante? Um futuro de mudanças através do ciberespaço e das novas tecnologias seria possível?
É o que afirma o cientista social inglês Richard Barbrook, da Universidade de Westminster. Segundo ele, no futuro haverá uma nova classe dominante, de mudança de uma elite industrial para uma da era da informação, onde as pessoas farão novas coisas de novas maneiras ou com novas tecnologias.
Barbrook aborda esses temas em seus dois livros, disponível na internet gratuitamente, é claro, “The Class of the new” (“A classe do novo”) e “Futuros imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global”. Este segungo livro começa com história do autor aos sete anos de idade em Nova York no ano de 1964, visitando a Feira Mundial onde se prometia que em 20 anos estaríamos tirando férias na lua, haveria fusão a frio e inteligência artificial. Foi também nesse ano que a visão de futuro mudou e surgiu uma nova: a da internet.
O autor se inspirou na publicação de “Entendo a mídia”, do filósofo canadense Herbert Marshall Mcluhan, que levantou a hipótese de quando a mídia, as telecomunicações e a computação se fundissem, uma nova sociedade seria criada, não mais baseada na imprensa, mas sim na rede de computadores. Mcluhan previu isso cinco anos antes da internet ser criada.
    Para Barbrook, as pessoas que trabalham com a internet hoje serão a nova classe, a classe criativa, e toda a sociedade estará voltada para essa atividade. No entanto, o cientista ressalta que a criatividade não deve estar restrita a um pequeno grupo social, porque ela existe em toda a população, e a criatividade em massa é melhor do que aquela originada apenas por alguns indivíduos.Ele ressalta também que a internet é uma ferramenta útil, não uma tecnologia redentora. E ao darmos poder demais a ela, ignoramos que nós mesmos somos os seus criadores, podendo intervir no futuro como quisermos. 
   Qual é o novo futuro? O cientista afirma que essa é uma tarefa para os seus leitores decidir. E que sabe apenas das qualidades que devem ter os novos donos do futuro: espírito democrático, coletivista, igualitário e global.

Bruno Garrido
Texto produzido com base na entrevista com Richard Barbrook,publicada na revista Ciência Hoje de junho de 2009.

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