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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Há vida em outros planetas?


Muitas pessoas olham para o céu e perguntam: Será que existe vida em outro planeta? A ciência cada vez mais intensifica seus estudos em busca da resposta. Já são conhecidos mais de 350 planetas extrassolares na via láctea. Seriam eles habitáveis? O sistema solar foi o único sistema planetário conhecido por muito tempo. As descobertas dos primeiros planetas a orbitarem outras estrelas foram anunciadas nos anos 1990. Eram planetas gigantes, como Júpiter, com massas equivalentes ou superiores a 300 vezes a da Terra. O desenvolvimento de instrumentos mais sensíveis, porém, permitiu detectar planetas menores, e, em 2006, foram descobertos planetas do tipo terrestre, ou seja, com massa inferior a oito vezes a da Terra. Poderiam estes planetas oferecer condições favoráveis ao estabelecimento da vida, como a conhecemos? Para estudar a possibilidade de vida em um exoplaneta(ou planeta extrassolar), a astrobiologia usa o conceito de zona habitável, definida como a região ao redor da estrela , onde as condições físicas favorecem a existência de água no estado líquido na superfície do planeta. A zona habitável depende do tipo de estrela e, portanto, dos parâmetros estelares, como luminosidade e temperatura. Depende ainda das condições planetárias, dadas pela dinâmica do planeta, como taxas de intemperismo, concentração atmosférica de gases de efeito estufa, bem como a razão entre área continental e a área oceânica. Recentemente foi descoberto exoplanetas potencialmente habitáveis ao redor da estrela Gliese 581, produzindo futuros alvos para missões de detecção de sinais de vida fora da terra e nos oferece um novo olhar sobre o nosso planeta. Para caçar estes exoplanetas, são utilizados instrumentos na terra e dois satélites nem órbita. Eles acompanham o movimento das estrelas. Água é essencial para a vida humana, e para determinar se um exoplaneta pode oferecer condições adequadas para a existência de água no estado líquido, é necessário saber a temperatura média global, que depende de variáveis como albedo(medida relativa da quantidade de luz refletida, o que ocorre sobre superfícies de maneira direta ou difusa.),taxas de intemperismo(são efeitos permanentes que produzem materiais totalmente distintos entre si e da rocha original: os solos, que permanecem no local onde se formam, e os sedimentos, que são movimentados pelos agentes de erosão.) e composição química da atmosfera. Outra necessidade para o exoplaneta ser habitável, é o gás carbônico. Junto ao vapor da água, e o metano, é um gás de efeito estufa. Estes gases mantêm as temperaturas da superfície em níveis adequados à nossa sobrevivência. Se eles não existissem, as temperaturas seriam altas de dia e baixíssimas à noite. Ao que tudo indica, o primeiro exoplaneta descoberto na órbita da estrela Gliese 581, pode ser uma “superterra”, com massa oito vezes superior à terrestre, e localizado a 20 anos-luz do sol. Os cálculos feitos por cientistas indicam que é uma zona habitável e, apesar das esperanças, nada garante que existe vida no local. A ciência avança rapidamente na descoberta de um novo planeta. Estudos estão sendo feitos, e quem sabe daqui alguns anos o que antes parecia utopia, pode vir a acontecer, e poderemos habitar outro planeta.


Daniel Bueno
Esta matéria foi produzida com base em artigo publicado na Revista Ciência Hoje, edição janeiro/fevereiro de 2010

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