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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quando fazer previsão de comportamento influencia atitudes futuras

     No momento em que uma pesquisa pede às pessoas para fazer uma previsão de comportamento, ela não explica que tais ideias podem influenciar os entrevistados no futuro. Para debater sobre o assunto os pesquisadores da Universidade de São Paulo, Leandro Leonardo Batista e Renato Narciso Cancela, levaram ao XXXIII Intercom em Caxias do Sul, os estudos sobre o Efeito da Auto-Profecia e como isso pode contribuir para o consumo sustentável.
     Através de estudos de casos de marketing e pesquisas de opinião os pesquisadores desenvolveram hipóteses, envolvendo responsabilidades socioambientais, como por exemplo,as intenções de compras de produtos que obtiveram resultados positivos de maior consumo após o estímulo dado com pesquisas de opinião. Os pesquisadores relacionam e descrevem no texto, os fenômenos que explicam as influências no comportamento futuro a partir de estímulos dados através dessas pesquisas prévias.
    O objetivo da investigação é explorar o potencial do efeito para incentivar ações socialmente desejáveis tais como jogar pilhas e baterias usadas em locais apropriados, e não, no lixo comum.
    Um exemplo de comportamento foi apresentado pelos dados do IBOPE de 2007. Coerentemente, em torno da metade da população dos maiores estados do Brasil acredita que reciclar é uma obrigação social (92%), mas não o fazem (70%). Portanto,concluem que estes indivíduos têm atitude incoerente em relação ao comportamento de fato.
     Self- Profecy, o fenômeno apresentado no artigo, é estudado há mais de 30 anos nos Estados Unidos e desperta pouco interesse no Brasil, mas, segundo eles, poderia ser um recurso utilizado para persuadir a população a ir do discurso à prática de bons hábitos de consumo mais sustentável. Fazer previsões de comportamentos pode influenciar os mesmos no futuro, defendem os autores.

Daiane Costa

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