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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O infotainment: um novo gênero televisivo

Cada vez mais o telespectador passa a fazer parte da produção de programas humorísticos, reality shows, novelas, e porque não fazer parte também dos telejornais? Os receptores buscam pautas, procuram fontes e, principalmente, interagem com a redação, ligam, criticam, opinam e participam quase que diretamente da construção de uma notícia. Em artigo publicado recentemente na XVIII COMPÓS, a pesquisadora Itania Maria Mota Gomes da UFBA, busca responder à questão e fala da informação com entretenimento. No artigo apresentado, ela descreve como o mundo globalizado interage com as informações repassadas, como cada vez mais a televisão só pensa em grandes audiências, e em como a informação se funde com o entretenimento não se preocupando se as informações são ou não corretas.
O termo também serve para alienar o telespectador aos acontecimentos, na política, na educação, na economia e na sociedade. Para Itania, o termo neologismo Infotainment, traduz o embaralhamento de fronteiras entre informação e entretenimento, e tem ocupado boa parte da energia produtiva de profissionais e investigadores de algum modo ligados à Cultura Midiática. No artigo a autora salienta que infotainment se refere a programas jornalísticos que “apelam” ao popular, enfatizando a criminalidade, a tragédia, a transgressão, o grotesco, a sexualidade, a cobertura da vida de celebridades ou a transformação da gente comum em celebridade.
O infotainment pode também ser encarado como um novo gênero televisivo. Para Itania os gêneros são formas reconhecidas socialmente a partir das quais produtores e telespectadores se localizam em relação ao conjunto da produção televisiva. Ou seja, cada vez mais os telespectadores passam a fazer parte de construção da realidade.


Bárbara Weise

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