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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cemitérios são um problema ambiental

Que os corpos se decompõem após serem enterrados, todo mundo sabe. Mas a falta de estrutura e planejamento na construção dos cemitérios causa danos ao meio ambiente e as pesquisas sobre o problema são recentes se considerado o histórico das civilizações.
No Brasil, desde 2003, há uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios horizontais e verticais. Em 2006 foi acrescentada a proibição de cemitérios em Áreas de Proteção Permanente, mas não é obrigatória a reconstrução dos cemitérios antigos.
A contaminação do solo por causa dos cemitérios é dada pela decomposição dos corpos, mesmo em caixões sem contato direto com a terra. Durante a degradação dos cadáveres são liberados dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), amônia, entre outros. Além do necrochorume, o líquido formado pela decomposição dos corpos, estão grandes quantidades de bactérias como as que causam tétano, febre tifóide e disenteria, e diferentes tipos de vírus como da hepatite. Cada quilo de massa corpórea do cadáver gera 0,6 litro de necrochorume, que pode conter ainda metais pesados dos adereços de caixões, químicos utilizados para maquiar ou embalsamar o corpo. É um dos principais poluentes também por ser líquido e de fácil penetração no solo.
O pesquisador e geólogo Leziro Marques Silva, da Universidade de São Judas Tadeu, em São Paulo, estudou a situação de 600 cemitérios do Brasil, 75% municipais e 25% particulares, e descobriu que 15% a 20% apresentam o subsolo contaminado devido ao necrochorume, o por meio de análises de amostras de água do lençol freático sob os cemitérios ou próximo.
E como está a questão dos cemitérios em Santa Maria?

Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br/153040

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