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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais educação para os brasileiros

Uma boa notícia para a educação brasileira foi divulgada esta semana :Com 390 votos e 3 abstenções plenário aprovou em segundo turno,a PEC 277/08 do senado , que acaba, gradualmente, com a incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre o dinheiro do governo federal destinado à educação. O texto afirma o direito à educação básica gratuita para pessoas de 4 a 17 anos.
A matéria ainda retornará ao Senado para a votação, pois houve alterações no texto original, mas para o autor da moção o professor Isaac Roitman, a recente aprovação sem votos contrário na Câmara federal é uma notícia auspiciosa para os que lutam por uma educação de qualidade. Segundo ele, em 2010, espera-se que haja uma contribuição de R$ 7 bilhões para a educação e a aplicação correta desta quantia é de responsabilidade de toda a sociedade.
Em um país em que muitas vezes a educação não foi vista como prioridade de muitos governos é importante que haja um incentivo à educação cada vez maior. Levar as crianças desde pequenas para a escola pode ser uma estímulo para que elas gostem de estudar e também um alívio para os pais que tem que trabalhar. Ao invés de estar em casa olhando no TV ou no computador sem controle do que estão acessando as crianças podem ir ao colégio onde poderão interagir, brincar e principalmente aprender.
No Brasil a situação já foi bem pior, muitas das crianças que entravam no colégio acabam tendo que abandoná-lo em regiões mais pobres, pois eram obrigadas a trabalhar. Como iniciativas como o Bbolsa Escola a situação ficou melhor nos últimos, mas ainda temos muito para avançar até a educação dos países mais desenvolvidos.
Em 2008, 993 mil pessoas com até trezes anos estavam empregadas no país, uma queda de 19,2% em relação a 2007(1,2 milhões). O número de ocupação entre pessoas entre cinco e treze anos foi o menor da década de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior parte trabalha em atividades domésticas (51,6%). Outros 35,5% trabalhavam em atividades agrícolas. A média salarial ficou em R$ 269 mensais – o salário mínimo é R$ 465 atualmente.. A região Nordeste, mesmo registrando queda de 13,4% em 2007 para 12,3% (1,7 milhão), em 2008, ainda apresentava a maior proporção de crianças e adolescentes nessa faixa de idade ocupadas. A pesquisa aponta uma queda gradual desse índice desde 1992, quando ele estava em 19,6%.
Já a taxa de analfabetismo ficou praticamente inalterada em 2008 em relação ao ano anterior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), havia cerca de 14,2 milhões de analfabetos de 15 anos ou mais no Brasil em 2008, quando a taxa de analfabetismo foi estimada em 10,0%. Em 2007, a taxa foi de 10,1%. Os jovens de 15 a 17 anos e de 17 a 24 mantiveram os mesmos índices de um ano para o outro, 1,7% e 2,2%, respectivamente. A Pnad considerou analfabetos aqueles com cinco anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete.
O governo discordou das informações. O ministro da educação, Fernando Haddad, questionou os dados e argumentou que a queda de apenas 0,1% na quantidade de analfabetos com dez anos de idade ou mais é um ponto fora da curva na taxa média de redução dos últimos anos. O órgão entrou em contato com o IBGE para revisar as informações.
No quesito professores o estudo “Professores do Brasil: Impasses e desafios”, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco) mostra que cerca de 3 mil professores no país têm baixos salários e formação deficiente. Segundo o levantamento, elaborado pelas professoras Bernardete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto, metade ganha menos de R$ 720.
Os índices brasileiros ainda entristecem aqueles que acreditam que uma boa educação é condição básica para um bom desenvolvimento de nosso país.Mas, nosso país tem uma história ainda recente, e atos como a aprovação no plenário nos mostram que lentamente a idéia de que a educação de qualidade é primordial em um país está sendo enraizada na nossa cultura.

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