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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

De olho no tempo em Santa Maria

Passou a ser quase rotina assistir nos últimos noticiários reportagens mostrando cidades arrasadas por temporais no sul do Brasil. As marcas da mudança do clima tem assustado a população tamanha a força da natureza. E outubro vem reunindo estes fenômenos.
No último final de semana, as rajadas de vento atingiram alguns bairros da cidade de Santa Maria no centro do RS, destelhando casas e arrancando orelhões. Na capital gaúcha, segunda-feira, 5 de outubro, muita destruição, alagamentos e problemas com a rede elétrica foram algumas das conseqüências causadas pelo caos das recentes tempestades.
Ainda não recuperados da chuva de granizo que varreu há pouco tempo o município de Itaara, também localizado na região centro do Rio grande do Sul, cabe saber se as cidades estão preparadas para “defender-se” desses novos e violentos eventos climáticos? No caso de Santa Maria, a meteorologia pode prever com antecedência esses fenômenos e reduzir estragos e mortes?
A aluna de meteorologia e estagiária do núcleo de Geodesastres do INPE, Elisa Glitzenhirn, explica que a variação da atividade climática no espaço de tempo, tem relevância predominante na resultante dos fenômenos. Ela conta que a posição geográfica tem influência neste aspecto: “Santa Maria está situada em um relevo de depressão rodeada de uma extensa cadeia montanhosa. Portanto, tem uma parcela benéfica, pois impede que tempestades mais severas se aproximem da região. E quando estas passam, já chegam sem força ao se instalar sobre a cidade. Em questão de minutos pode se diminuir ou aumentar a intensidade de um grande temporal. Por isso a importância do espaço de tempo”.
Por outro lado, afirma as conseqüências desastrosas que podem ser causadas pelo relevo: “Supondo que ocorresse um tornado em Santa Maria. A chance de ele sair da cidade é de certa forma impossível. Ele vai destruir tudo que puder enquanto tiver força porque não há lugar para o escoamento devido à parede de montanhas que nos cerca. Como as pessoas falam popularmente: “Santa Maria está dentro de um buraco”. E é verdade, por essa razão o tornado vai ficar batendo e voltando para o mesmo lugar.
Ela também comenta que a variação da temperatura tem ajudado muito na não intensificação das chuvas na região. Elisa fala que estamos e tivemos um pouco de sorte: “A nossa sorte é que na última terça-feira à noite, dia 6, esfriou antes chover. Se tivesse continuado quente como foi durante o dia e chovesse, cairiam granizos gigantes do tamanho ou quase como bolas de basquete,porque ao esfriar repentinamente ocorre uma inversão térmica que desfaz o fenômeno. Em dois minutos a temperatura baixou 10 graus. Isso foi uma característica do relevo da cidade que ajudou muito”.

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Jonathan, sou a Elisa gostaria que fizesse umas correçoes no texto, pois acho que fui mal interpretada. Meu email é elisa.glitzenhirn@homail.com.

Jonathan disse...

oquei podemos conversar...