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quarta-feira, 18 de março de 2009

PROCESSO DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO CAUSA CONTROVÉRSIAS

Imagine dar a luz a oito bebês? De forma natural, as chances de tal fato acontecer são extremamente remotas. Porém, através do processo de fertilização in vitro é possível alcançar tal façanha. Foi o que aconteceu a Nadya Suleman em 26 de janeiro de 2009. A californiana de 33 anos já havia dado a luz a outros seis filhos, pelo mesmo sistema.
Há 30 anos a ciência tem dado a possibilidade para inúmeras mulheres realizarem o sonho de serem mães através de fertilização artificial. A técnica consiste na retirada de óvulos do ovário da paciente, seguida pela fertilização com um sêmen no laboratório e uma posterior transferência dos embriões para o útero. Esse processo é indicado nos casos em que há baixa incidência de espermatozóides, alterações hormonais ovulatórias ou infertilidade sem causas aparentes.
O nascimento dos óctuplos de Nadya Suleman, ressuscitou questões relacionadas a essas técnicas na imprensa, que retomaram a abordagem da temática sob múltiplos ângulos. Uma das questões pertinentes diz respeito à quantidade de embriões que devem ser transplantados para o útero materno. O número ideal não necessita ser superior a duas unidades e, o processo deve ser realizado quantas vezes forem necessárias.
Outro ponto abordado pelos jornalistas, pautados por estudos científicos, são os riscos que os bebês submetidos a esta técnica de fertilização podem vir a sofrer. Segundo reportagem publicada no site G1 em 26 de fevereiro, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças publicou um estudo afirmando que os fetos concebidos através de fertilização in vitro (FIV) têm um aumento na possibilidade de adquirirem determinadas doenças.

Entre as enfermidades, destacam-se defeitos congênitos como má formação do esôfago e reto, um espaçamento entre as câmeras cardíacas e lábios fissurados. No entanto, a reportagem afirma que dados mais definidos exigirão novas pesquisas, incluindo o acompanhamento sistemático desses bebês ao longo da vida.

Em contraponto a essas publicações, o médico brasileiro João Sabino, especializado no assunto, acredita que as técnicas de reprodução assistida não apresentam riscos extras para os fetos, alegando que as doenças investigadas nesses estudos apresentam uma incidência muito reduzida.
O primeiro bebê in vitro do mundo, nascido em Londres, Louise Brown, completará 31 anos de em 25 de junho deste ano. Até então, Louise não apresentou nenhum problema vinculado a fertilização artificial que foi submetida e há dois anos atrás deu a luz a uma menina pelo processo de reprodução natural.
Imagem: google imagens



Por Bruno Barichello, Rejane Fiorenza e Mariana Silveira

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